quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Ela é a Voz

Cocteau e Lavigne facilitam outras Vozes
por maneco nascimento

As vozes de Jean, nas vezes da dramaturgia de cena de José à voz sabatinada, à arte e expressão de teatro em drama, práxis de Solo, diálogos e solilóquios da personagem ao(s) Outro(s) e da atriz Cláudia à personagem desafiada.

O amor, a paixão, as esperas, buscas, os (des) encontros, em sempre despedidas. O humano em + de vozes e falas sociais que escondem, ou mostram razões e (des) desrazões da natureza humana expiada. 

O eu no outro, o isto e aquilo que está no cerne do humano. O discurso público espia o privado em que se expia o que somos, como estamos e a que chegamos quando frágeis, ou fortes expressões de sentimentos humanos. 

De 25 a 27 de setembro
sempre às 20 horas
no Theatro 4 de Setembro.
"A Voz Humana"
(Cláudia Ohana é A Voz Humana/divulgação)

Texto de Jean Cocteau
Direção José Lavigne
Com Claudia Ohana
Produção Caravana Produções e Ohana Produções
(As Vozes de Cocteau em Ohana/divulgação)

[“A Voz Humana” subiu aos palcos pela primeira vez em 1930, pela voz da atriz Berthe Bovy. Na altura, a peça foi vaiada. Ao longo dos tempos, este tem sido um dos monólogos mais cobiçados pelas mais variadas atrizes.
Maria Barroso, Eunice Muñoz, Isabel de Castro e até mesmo o coletivo Raquel Dias, Margarida Cardeal e Ana Moreira foram algumas das mulheres que já deram voz às palavras do poeta francês.
No texto de Jean Cocteau, a amante ama verdadeiramente um homem, que lhe mente e lhe foge por entre os dedos. A sua única forma de agarrá-lo é usar a palavra, fazer-lhe chegar a sua voz, através de uma linha telefônica.
«Linhas cruzadas» é a expressão utilizada para justificar os enganos das conversas que acontecem por engano, ao telefone. Cruzadas são também as linhas que unem aquela mulher, que encontramos sozinha em casa, ao seu amante. Cruza-se a mentira com a chantagem, a vontade com a desilusão. O telefone toca e ela atende.
Num segundo – e no outro ele parece estar muito longe. A distância entre esta mulher e aquele homem está presente na encenação: a atriz desloca-se num espaço cenográfico genialmente desenhado, que permite uma combinação, diríamos,, quase perfeita, com a luz e a sombra. Também a cenografia nos permite compreender e mergulhar no jogo de manipulação entre aquele casal.
A “voz humana” surge em título para se opor a um silêncio inumano ou a uma distância desumana de quem parece falar do outro lado, mas não responde ou não age. Mas numa peça quem deve responder é esse terceiro ausente na escrita, mas infinitamente visado, que é o público. Num mecanismo demasiado simples, suspeitosamente simples, a voz humana opõe-se à máquina, à voz que vem pela máquina e através dela.

Claudia Ohana mergulha nesse universo de sofrimento e dor causado pela ruptura de uma relação amorosa, até, onde somos capazes de chegar por amor, ou por desamor. Com a direção de José Lavigne, que optou por um cenário instalação do artista plástico Edgar Duvivier, iluminação de Felipe Lourenço, visagismo de Pino Gomes, e figurinos de Carla Garan. Trazendo para esse drama, uma beleza plástica que transforma toda a dor, sofrimento e sangue desse texto, em algo belo aos olhos.


É a alma que comove o outro na alma. É isto, uma voz.A alma é um nome para a experiência que o corpo é.]


De Jean Cocteau














(teatro, cinema, poema, romance, designer, Voz humana Cocteau/imagem reprodução)

Jean Maurice Eugène Clément Cocteau foi um poeta, romancista, cineasta, designer, dramaturgo, actor, e encenador de teatro francês. Em conjunto com outros Surrealistas da sua geração, Cocteau conseguiu conjugar com mestria os novos e velhos códigos verbais, linguagem de encenação e tecnologias do modernismo para criar um paradoxo: um avant-garde clássico.


Cineasta da França Nascido em 5 de julho de 1889 Morte em 11 de outubro de 1963, aos 74 anos.


De Cláudia Ohana


(teatro, cinema, teledramaturgia, música, canto, Voz humana Ohana/imagem reprodução)

Cláudia Ohana é uma atriz brasileira do teatro, cinema e televisão e cantora brasileira. Nasceu em 6 de fevereiro de 1963, há 52 anos, no Rio de Janeiro, RJ. Foi casada com o cineasta Ruy Guerra, de 1981 a 1984. Sua filha é Dandara Guerra. Seus irmãos, João Emanuel Carneiro e Cristina Ohana. Seus pais, Arthur José Carneiro e Nazareth Ohana.

A atriz rebentou para a luz da Terra em 1963, no ano em que Jean Cocteau foi alçado às Estrelas. Agora a Voz de Cocteau é Voz de Cláudia Ohana, em "A Voz Humana".

De 25 a 27 de setembro
sempre às 20 horas
no Theatro 4 de Setembro.

"A Voz Humana"
com Cláudia Ohana
de 25, 26 e 27 de setembro
(sexta domingo)
às 20 horas
no Theatro 4 de Setembro.

Serviço:
Ingressos, na bilheteria do Theatro
R$ 60,00(inteira) e R$ 30,00(meia)
Informações: (86) 3222-7100/ (86) 9 9971-0205/ (86) 9 9514-8466
                 
imagens/divulgação

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