sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Transversal artístico

a língua, o corpo, as cênicas
por maneco nascimento

Todo Dia é Dia D, disse o poeta em torquatálias licenças de discurso de ser como é e sempre será. Todo dia  é dia Dele, para recepcionar música, teatro, dança e o transversal artístico que sempre lhe caiba, no grande coração que pulsa todo sangue e injeta olhar voltado à arte e cultura que aqui e alhures conquistamos e abre braços a nosotros que respiramos o artístico.

O dia 03 de setembro também foi Dia D à dança escolástica, ao teatro em práxis do riso e do entretenimento e à dança, novamente, em registro das boas experiências e legado às memórias e histórias, em livro, de um corpo falante, nascido na terra de Piauís, e que cunhou fronteiras do mundo em nome do fazer cênico. 

A arte do ator, seu corpo, sua voz, suas falas sócio culturais, o exercício de ser estar arte expressada em franca expansão da natureza e espírito humanos.

Na cronologia de sorrir à janela, teatro infanto juvenil, com "Casimira Quietinha"; a Escola Estadual de Dança "Lenir Argento"; "Um Bico para Velhos Palhaços", Harém 30 Anos e "Corpo no Mundo", de Lina do Carmo, na esteira do dia de programação comemorativa dos 121 anos do Theatro 4 de Setembro.

10 da manhã, no 4 de Setembro, "Casimira Quietinha", de Waldilio Siso, direção de Avelar Amorim. Encontros e desencontros do amor e paixões rurais, traquinagens, maneirismos e um humor do escatológico ao mambembe circense, de linguagem experimentada

 (Casimiros quietinhas em apresentação no 4 de Setembro/fotos M. Montelo)

Alex Zantelli, Edithe Rosa, Eristóteles Pegado e Roger Ribeiro fazem a graça e alçam a dramaturgia original a tempo de gracejos e novidade de bom elenco a se rir-se, feito o "o único animal que ri de si mesmo" às falas aristotelianas.


(tipos de humor casimiro quietinho/fotos M. Montelo)

Às 15 horas, no palco do Theatro 4 de Setembro, números representativos da Escola "Lenir Argento", em seu matiz de turmas e graus de exercícios escolásticos, da dança facilitada, ao viço e curiosidade de corpos aprendendo a falar. Crianças, adolescentes e primeiras juventudes em ascensão, dançando alegria e felicidade à aprendizagem da partitura do corpo. 

Números populares, em intertextual do clássico com o contemporâneo, às coreografias de temáticas da cultura dos nordestes ampliados.

As apresentações e o(a)s aprendizes da arte de corpos falantes da Escola Estadual de Dança "Lenir Argento" se representou muito bem, em seu turno de partícipes das comemorações dos 121 anos do Theatro 4 de Setembro.
(temas de nordestes populares/fotos M. Montelo)

No horário da noite, a partir das 19 horas, a hora e a vez da augusta matraca cênica veio na identidade hareniana. "Um Bico para Velhos Palhaços", do Harém 30 anos. Com texto do romeno Matéi Visniec e dramaturgia de cena, de Arimatan Martins, o espetáculo fez e bem das suas e seu público recebeu + uma vez as picardias harenianas do homem brasileiro no centro da cena. 

Vindo de uma semana de baterias aquecidas, em maratona cênica do FestLuso 2015 Ano Tarciso Prado, o Harém ainda encontrou muito gás para encenar e manter o vigor com que o Grupo desempenha há trinta anos sua arte e ofício de teatro.

E demonstrar ao público das comemorações dos 121 anos do Theatro 4 de Setembro, que aprendeu de cor a lição de ser Harém e estar exercitando, continuamente, o fazer teatral na cidade e construindo a memória cultural hareniana, na língua, linguagem e interações estéticas, consignadas ao histórico do teatro brasileiro que por aqui se pratica, muito bem, obrigado!

Foi uma apresentação a não dever o ato cênico de ator e método a nenhum dos intérpretes dos Velhos Palhaços. Fernando Freitas, Francisco de Castro e Francisco Pellé estão impagáveis na trama e dramas populares de imersão memorial do circo universal e vidas de palhaços. 

(o Velho Palhaço Fernando Freitas/fotos Marcos Montelo)

(o Velho Palhaço Francisco de Castro/fotos Marcos Montelo

(o Velho Palhaço Francisco Pellé/fotos Marcos Montelo)

Cumprem ritos e rituais artísticos ao universo conspirador em favor da arte e deixam a cena local + rica. Uma apresentação de delicados feitos, a tempo de cada um dos atores, em seu exercício do exercício do fingimento e persuasão convincente da recepção.

Após a apresentação de "Um Bico para Velhos Palhaços", foi tempo de recepcionar a literatura de memórias do corpo falante de Lina do Carmo.

"Corpo do Mundo" foi lançado, no Café Literário "Genu Moraes", a partir das 20h30 a público seleto de amigos, admiradores, bailarinos, intérpretes criadores e toda a gente que atendeu ao proclamo de prestigiar a nossa Lina do Carmo e a boa novidade de uns contados de sua história e memória da pele vertida à dança.

(Lina do Carmo, na mesa de autógrafos/fotos M. Montelo)

Na composição da mesa para ofícios e registros (in)formais, Lina do Carmo, a autora; Fábio Novo, secretário de Estado de Cultura do Piauí; Airton Martins, presidente do Harém 30 anos, que apoiou esse serviço de Lançamento do Livro; Datan Izaká, diretor da Escola Estadual de Dança "Lenir Argento" e Arimatan Martins, diretor artístico do Harém 30 Anos e do Theatro 4 de Setembro.

(autora e autoridades culturais/ fotos M. Montelo)

Nas falas que quebraram protocolo e serviram aos oficiais registros, o sentimento foi o mesmo. De alegria, respeito, orgulho e prazer em receber, + uma vez e em + uma boa nova, a artista piauiense Lina do Carmo. Airton Martins, amigo pessoal da artista e registrador de convivências artísticas culturais com a coreógrafa, depôs em favor das boas relações de trabalho e interações estéticas compartilhadas.

Lina dispensa acentos, A alegria em voltar à casa, lançar o livro na cidade e ser recepcionada por pessoas que conviveram, convivem, admiram a pessoa e seu trabalho expandido. Em acolhimento carinhoso de ambas as partes envolvidas nessa interrelação confirmada, nas idas e vindas ao Piauí, nos projetos demonstrados à apreciação pública no estado.

No sempre bom encontro do retorno a nós, que a admiramos e guardamos expectativas de ver que novas escritas esta artista das falas do corpo nos apresentará. Esse sentimento da artista para com nosotros esteve presente nas suas falas, durante a sua doce presença de lançamento do livro em Teresina.

Fábio Novo expressou o + respeito pela artista. Pelo movimento que o corpus criativo da dança detém e expande em nosso estado criador da dança. Projetos, propostas, necessidade da manutenção de investimentos ao fazer artístico da dança representativa e que muito representa o Piauí.

E, em nome da pasta oficial que assina seu desempenho e apoio à arte e cultura, adquiriu duas dezenas de exemplares do livro "Corpo no Mundo", a serem doados às bibliotecas públicas do Estado e a professores da área fim.

A Gentileza concedida é de gerar cultura de gentileza, de valoração da arte e cultura, olhar curioso à obra ali lançada e leitura detida que, com certeza, trará muitas informações aos profissionais de dança da cidade e aos leitores contumazes e voltados à cultura artística, que aqui e alhures se pratica e é de ótima referência às artes cênicas.

(presenças muito significativas à Lina/fotos M. Montelo)

Uma hora feliz de adquirir, receber um autógrafo carinhoso e levar consigo uma obra indispensável a pesquisa e estudo de uma experiência maturada na linguística e linguagem do corpo em  "Corpo do Mundo", de Lina do Carmo.

(sessão de autógrafos/fotos M. Montelo)

Ainda na noite de comemorações, a partir das 21 horas, no Espaço Cultural "Osório Jr."/BCD, a atração foi o Projeto Cultural Quinta Rock, em sua segunda edição.

Projeto de parceria entre a Secretaria de Estado de Cultura do Piauí e o Movimento AutoralRock, a Quinta Rock é movimentada pelo Althernativa Produções Artísticas.

Na noite do dia 03 de setembro, a voz do rock autoral local foi show. Aumenta que é rock, é autoral! E as bandas mandaram ver. Na abertura, a Banda Real Fate. Depois + rock'roll com Psycho Bitch, Fronteiras Blues e o dinossauro in rock piauiense, Edvaldo Nascimento. 

Final de noite, a todo estilo, ritmos pancada rock e as sonoridades autorais foi, com certeza, na pauta do Projeto Cultural Quinta Rock. Ieieh!

Um dia 03 intenso e fogo fátuo de arte e cultura às comemorações do aniversário da Casa de eseptáculos. E ainda tem +, nesse dia 4, dia mesmo em que, oficialmente, nasceu o Theatro 4 de Setembro. 

Tudo gera ações culturais no alvorecer do dia 4, às 6h30, na Praça Pedro II e secunda dia adentro até às festas de entrega do Troféu e Livro "Theatro 4 de Setembro 120 Anos - História e Imagens de um Símbolo Cultural", + humor + música tradicional de raiz portuguesa + convidados, amigos e público afim do Theatro 4 de Setembro, partir das 19 horas, no palco da Casa do Theatro. 

Uma semana que se instalou muito produtiva, de interação artística e integração cultural.


Comemorações de 121 Anos do Theatro 4 de Setembro.
Realização: Governo do Estado
Secretaria de Estado de Cultura do Piauí
fotos: Marcos Montelo

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