quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Os dias eram assim...

nas comemorações de 121 anos
por maneco nascimento

O dia 02, terceiro dia de comemorações de aniversário de 121 anos do Theatro 4 de Setembro correu bem, dentro do estimado e das respostas obtidas, com o reverbero dos dois primeiros dias, que marcaram estrada confirmada às recepções assomadas nas expectativas de atração da cidade ao Theatro 4 de Setembro.

(essa Casa que amamos/acervo secult)

Franklin Pires e seu Abracadabra, em percurso de formação de plateia e encanto desta a suas empreitadas de teatro adaptado e autoral, ganhou o dia de público e audiência para "Cinderela - Um Musical". O argumento, roteiro, textos e enredo divertido e histriônico, a um dos clássicos universais infantis + representados e revisitados, no mundo, fizeram a coisa esperta.

Pires tirou a fábula do lugar sobrecomum e a nova versão fabular vista, baseada em adaptação livre, não comprometeu nem o enredo original, seja de Perault, ou dos Grimms.

Elenco concentrado e eficaz para atrair a atenção de público infantil. Gleyciane Sisley (Cinderela), Gislene Danille (Fada Mãedrinha/Mádrasta), Franklin Pires (rei Pai da borralheira/Príncipe filho), Alex Zantelli (meia irmã, Griselda/rei Pai do Príncipe) e Marcelo Rego (meia irmã, Driele) estão em franco resultado de teatro atrativo e encantador ao universo infante.

(O Baile, de Cinderela - Um Musical/foto Marcos Montelo)

Mas, a partir das 18 horas, o Theatro 4 de Setembro teve uma das melhores surpresas e atração musical muito feliz de realização. O Show era em homenagem a maior cantora do Brasil, de todos os tempos. Um Quarteto em Elis honrou repertório em afinados solfejos de vozes femininas e juvenis impactantes.

O Show "Elis Vive 70 Anos" reúne as intérpretes Samara Andrade, Juliana Lima, Paula Milena, Chelsea Dayse. Um time de vozes na canção para não perder de vista, nem de ouvidos. 
 (um Trem Azul de memórias/fotos Marcos Montelo)

Um repertório escolhido a dedos pelo diretor musical, Sílvio Rosário, professor de teclado/piano do Projeto Música Para Todos (Luís Sá/Instituto Santa Rita). O professor Rosário é o grande responsável pelo Quarteto em Elis, também realizou arranjos muito eficientes, às músicas do show, que mantêm a força da melodia original e trazem novidades de quem estuda, pesquisa, ousa e venera a boa e velha MPB.

Essas meninas, em reproduzidos vestidos, figurinos (Bid Lima), que representaram quatro grandes momentos de shows na carreira de Elis Regina, são + a economia em cantar, sem espalhafato, voltadas exclusivamente às canções, gestos limpos, pensados, tranquilos e dentro de uma mis-en-scène equilibrada e madura para cantoras/intérpretes tão jovens. Deram uma qualidade superior a todo o show, que acabou rápido e deixou um gostinho de que se queria muito +.

(Essa Mulher sabe ser feliz na canção/fotos Marcos Montelo) 

Foi uma noite esplêndida e as comemorações do aniversário do 4 de Setembro reuniram charme, beleza, talento, ousadia compensada, na força do estudo, pesquisa e redondo olhar para fazer o melhor. 


("Um rascunho. Uma forma nebulosa, feita de luz e sombra. Como uma estrela. Agora eu sou uma estrela.", Fernando Faro/fotos Marcos Montelo)

E o desfile musical de Divas, as novas Divas da música interpretada a sítios locais. Salvo a ausência de direção de palco, toda a performance artística do Quarteto em Elis venceu todas as expectativas.

("Agora o braço é uma linha, um traço, um rastro espalhado em brilhante...", Fernando Faro/fotos Marcos Montelo)

A companhia luxuosa dos músicos, Roberto Carvalho, bateria; Lucas Santana, guitarra; Vinícius Maciel, baixo; Sílvio Rosado, piano/teclados + o grupo de cordas virtuosas, chelo (Valdomiro); violino 1 (Júlio); violino 2 (júnior) e o técnico de som, Alisson Diego, completaram a conspiração em trama a biscoitos finos, de afinada competência em realizar um grande show.

Reiterando que, salvo a ausência de uma direção de cena, qual poderia fechar o círculo de louvores ao que mereça ser bem louvado, todo o deslizar de músicas, [Arrastão, Como Nossos Pais, Fascinação, Gracias a la Vita, Águas de Março, Maria Maria, Nada Será Como Antes, Se eu quiser falar com Deus, entre outras peroladas memórias do repertório da Eliscóptero], cantadas em solo, trio ou quarteto, fizeram da noite e da iniciativa d'Essa(s) Mulher(es), em quatro vozes ao Quarteto em Elis, um deslumbre e doce deleite aos ouvidos da plateia que deteve o privilégio de conferir "Elis Vive 70 Anos", no início da noite do dia 02 de setembro.

("E todas as figuras são assim: desenho de luz, agrupamentos de pontos, de partículas, um quadro de impulsos, um processamento de sinais...", Fernando Faro/fotos Marcos Montelo)

Show planejado para + cedo, horário das 18h, para atrair a geração de Elis, os setentões, o(a)s fãs de sua canção e a melhor idade que quisesse sair de casa, conferir uma ótima agenda e voltar cedo, levando consigo uma boa memória de Elis, funcionou. As vozes representadas nas nereidas, que ali se instalaram e mandaram ver, não decepcionaram o público atento.

Havia uma plateia considerável e distintiva da atração, alguns idoso(a)s atenderam ao reclame e uma assistência interessada e fascinada pela novidade. Houve até um ao vivo, para tevê, dentro do show, em segundo momento, depois das cortinas fechadas e reabertas.

Quarteto em Elis cumpriu o rito de homenagem e, certamente, Elis teria amadrinhado essas doces meninas se as visse cantar. 

E quem achou que já havia visto tudo, ledo engano. Ainda teve o Boca da Noite, com a Banda Aclive e seu público volumoso e o público contumaz do Boca, que veio também ver a Aclive e superlotar as arquibancadas, passeios, Bar do Club dos Diários e entorno do Espaço Cultural "Osório Jr.". Foi o bicho!

O Grupo, uma inclinação para sucesso. Bom repertório, diverso, quente, bem cantado e uma energia atomizada à felicidade da canção, em vultoso sinal da arte e artista locais, da música que se insiste em manter atenta em Teresina. O show deu uma subida, na noite, a partir das 19h e alguns minutos, ou 20h e poucos  + de expectativas ao início do show must!

Essa aclividade que a Banda manda ver, no carisma de cantar e se impor no palco é 10+. No repertório diverso, de Raimundo Soldado a Elis Regina e muita ópera pop MPB rock'n rounds, sounds e vezes de ser Aclive, enquanto for essa boa juventude que a brisa canta aos ritmos, talentos e desejos e vontade de só ser sons e tons e melodias e expansão da felicidade musical.

(Banda Aclive em plena aclividade musical/foto ascom/secult)

Thales Brandt, na bateria; Edilson de Sousa e Láryos Lima, nas guitarras selvagens cuspidoras de melodias filtradas em cordas de aço e Yuri Raphael, o carismático e feliz cantor, no baixo e vocal, sobem a temperatura quando tocam e afinam em doce aclividade. Sabem do tocado e não são obrigados ao sistema, como brinca um amigo. Essa Banda Aclive É!

A noite de comemorações de aniversário de 121 anos do Theatro 4 de Setembro começou muito bem, obrigado! E terminou com muito + sabor de liberdade artística, consignada ao artista local. A Aclive encerrou sua atuação lá pelas 21h48 e deixou aquela sensação de que, se insistisse em tocar um pouco +, ninguém arredaria o pé.

Nesse dia 02 de setembro, foi agenda para se regurgitar por alguns dias, lamber a memória e lembrar como é bom ouvir e escutar quem sabe cantar e tocar um instrumento. A música fez-se +!

Às memórias do que aconteceu, neste último dia 02 de setembro e quando perguntado do testemunho, sempre se poderá dizer: "os dias eram assim... nas comemorações de 121 anos do Theatro 4 de Setembro".

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