por maneco nascimento
"Se o povo não tem pão, que coma brioches!" (frase atribuída a rainha francesa Maria Antonieta, que teve, assim como o marido Luis XVI da França, morte pela guilhotina revolucionária)
Salvo as devidas proporções de contextos do século XIII, que culminaram em seu tempo de terror no calor da Revolução Francesa e as novas idiossincrasias e descasos administrativos nos novíssimos dias da primeira quinzena e meia do século XXI, na republiqueta monárquica das terras piaghuys, de reizinhos e suas nababescas consortes e corte tupiniquim, algo há em comum. O descaso com quem o governo deveria apresentar respeito. É artista? Que coma poeira.
Com a mudança de faixa de governo do Piauí, transferida do ombro do rei morto de esperto para o do príncipe imberbe, destraquejado das ações de políticas públicas de cultura e de gestão que fuja do casuísmo e absolutismo doméstico familiar, ficaram as dívidas de ações culturais e contratos de serviços prestados por artistas da cidade.
As dívidas beiram de outubro de 2013 e seguem até março de 2014. A atriz Alinie Moura, depois de amargar todo tipo de desculpas da Fundac e as estratégias de quiabo dos escritórios de embromação, resolveu criar um Grupo na facebook (FUNDACMEPAGUE) e fazer-se atitude de cobrança ao governo do estado.
(manifesto FundacMePague/reprodução)
A primeira manifestação pública, de cobrança, ocorreu dia 17 de junho, a partir das 8 da manhã, no Clube dos Diários. Era o oportuno momento de lançamento do projeto que soma + de três décadas, o Encontro Nacional de Folguedos que nesse ano acontecerá em julho, num espaço alugado de um empresário de sistema de televisão local, no entorno do bairro Dirceu Arcoverde, zona sudeste, terra do atual gestor da Fundac.
O espaço natural dos Folguedos, o Complexo Poliesportivo do Albertão, bairro Redenção, levou uma rasteira das novas ordens da cultura do estado fundaquiano. E durante o lançamento dos Folguedos, os artistas, com cachês atrasados nos escritórios da Fundac, desde o ano passado, chamaram a atenção da imprensa. E nas redes sociais também compartilharam intenções e receberam solidariedade.
“Mais um dia se passa e a Fundac ainda nos deve, não só o nosso
pagamento mas o devido respeito aos artístas do Piauí.Pagementos pendentes do
Folguedos ano passada(2013), Operet de Natal(2013), Reveillon de fim de
ano(2013). Será que vamos ficar nessa cunversinha de leva e trás de quem tá lá
diz que foi culpa da gestão passada e quem já saiu diz que a culpa é de quem
chegou...Vamos nos contentar em ficar secando as canelas indo na Fundac para
ouvirmos o mesmo papinho!? Nós fizemos um trabalho para A FUNDAÇÃO CULTURAL DO
PIAUÍ! não foi pra beltrano e nem cicrano!
POR ISSO AMANHÃ CONVOCO TODOS QUE SE SENTEM INCOMODADOS COM ESSA SITUAÇÃO A COMPARECER AO CLUBE DOS DIÁRIOS NO CENTRO DE TERSINA, VAMOS PROTESTAS CONTRA ESSA BÁRBARIA QUE OS ARTISTAS PASSAM PARA RECEBER O SEU DEVIDO PAGAMENTO QUE NOS É DE DIREITO, ÁS 8:00 HS DA MANHÃ, LEVEM SUS CARTAZES, TAMBORES, APITOS...SUAS INDIGNAÇOES!
#MEPAGUEFUNDAC
POR ISSO AMANHÃ CONVOCO TODOS QUE SE SENTEM INCOMODADOS COM ESSA SITUAÇÃO A COMPARECER AO CLUBE DOS DIÁRIOS NO CENTRO DE TERSINA, VAMOS PROTESTAS CONTRA ESSA BÁRBARIA QUE OS ARTISTAS PASSAM PARA RECEBER O SEU DEVIDO PAGAMENTO QUE NOS É DE DIREITO, ÁS 8:00 HS DA MANHÃ, LEVEM SUS CARTAZES, TAMBORES, APITOS...SUAS INDIGNAÇOES!
#MEPAGUEFUNDAC
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Desde dia 18 de abril, data em que os profissionais de teatro se deslocaram para o município de Bom Jesus do Gurgueia e prestaram serviço na encenação do espetáculo da paixão de Cristo, que aguardam serem pagos. Os artistas foram acionados, dois dias depois da apresentação, a pagarem a nota de serviço e entregarem no gabinete do deputado Fábio Novo.
Foi uma súbita e boa notícia há muito aguardada o telefonema recebido na manhã do dia 24 de junho. Todo mundo cumpriu a orientação da produção do espetáculo. Os cachês devem ter errado as contas dos profissionais de teatro envolvidos no Projeto de Bom Jesus. Dia 18 de junho fez dois meses que aguardam seus cachês. Até esse dia 26 de junho, não há nenhum sinal de honrar o compromisso de serviço prestado. Nada mudou desde abril.
Então surgiu uma dúvida. Por que essa intempestiva esperança de pagar os artistas exatamente no dia em que havia uma reunião no MP Procuradoria da Justiça do Estado? Se a caldeira resfriou depois da reunião, pra que se precipitar? Quem sempre perde é o mesmo artista de sempre, que confia nos velhos truques de quem manipula recurso público.
Então, nunca Antonieta esteve tão presente nessa republiqueta monárquica. E se não têm dinheiro para pagar as contas, que os artistas comam poeira. Para os discursos redundantes de diretores do departamento de ações culturais da fundac, de que artistas são encrenqueiros, aqui vai um recado: artista pode até comer poeira, já que brioches é de cultura francesa, mas não sem reclamar Muuuuito!
E Viva a Revolução FundacMePague!
Dado histórico -
(Marie Antoinette, por Élisabeth Vigée-Lebrun - 1783/wikipédia)
"Maria Antônia Josefa Joana de Habsburgo-Lorena (em alemão: Maria Antonia Josepha Johanna von Habsburg-Lothringen; francês: Marie Antoinette Josèphe Jeanne de Habsbourg-Lorraine) (Viena, 2 de novembro de 1755 —Paris, 16 de outubro de 1793) foi uma arquiduquesa da Áustria e rainha consorte de França e Navarra. Décima quinta e penúltima filha de Francisco I, Sacro Imperador Romano-Germânico, e da imperatriz Maria Teresa da Áustria, casou-se em abril de 1770, aos quatorze anos de idade, com o então delfim de França (que subiria ao trono em maio de 1774 com o título de Luís XVI), numa tentativa de estreitar os laços entre os dois inimigos históricos.
Na primavera de 1775, o criticado programa econômico do ministro das finanças Jacques Turgot, levou a graves distúrbios, com a eclosão de motins em toda a França, conhecidos como a "Guerra da Farinha". Foi nessa ocasião que se atribuiu falsamente a Maria Antonieta a frase: "Se o povo não tem pão, que coma brioches!" (...) Depois da fuga de Varennes, Luís XVI foi deposto e a monarquia abolida em 21 de setembro de 1792; a família real foi posteriormente presa na Torre do Templo. Nove meses após a execução de seu marido, Maria Antonieta foi julgada, condenada por traição, e guilhotinada em 16 de outubro de 1793.
Após sua morte, Maria Antonieta tornou-se parte da cultura popular e uma figura histórica importante,2 sendo o assunto de vários livros, filmes e outras mídias. Alguns acadêmicos e estudiosos acreditam que ela tenha tido um comportamento frívolo e superficial, atribuindo-lhe o início da Revolução Francesa; no entanto, outros historiadores alegam que ela foi retratada injustamente e que as opiniões a seu respeito deveriam ser mais simpáticas.
fonte: (www.wikipédia.com.br/pesquisa em 26.06.2014, às 16h46)
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