Xilos em estética de cinema e amor
por maneco nascimento
Ao ser questionado em onde estava o sertão de sua obra, o cineasta
Douglas Machado respondeu, pragmaticamente, que o sertão está dentro dele
mesmo. Uma tarde agradável e uma conversa rica de aprendizados, sensibilidade,
sinceridade de trabalho e arte cultura compartilhadas.
Desta feita, o Projeto "Folhetos do Sertão", da Trinca Filmes,
apresenta um delicado flagrante da artista plástica Yolanda Carvalho e um
cinzelado olhar de Douglas para as falas e amor da xilogravurista.
O filme documentário, da série "Folhetos do Sertão", número 1, traz o tema de pé direito alto "Poesia na madeira".
O filme documentário, da série "Folhetos do Sertão", número 1, traz o tema de pé direito alto "Poesia na madeira".
O cotidiano criativo, em ambiente natural, da artista plástica, vai
tomando forma e preenchendo de luz, fotografia econômica e sentenciada na
temática afinada, técnica refinada de captar a humanidade e olho mágico de
cinema destrinchado em silêncios, ruídos nativos da natureza que entorna a
casa/ateliê de Yolanda.
Vida e arte sentidas em imagens, detalhes, o complexo fotogramatizado no
simples, na estética e técnica da linguagem licenciada em rigor poético ao
cinema.
(na boa conversa/imagem colhida de www.capitalteresina.com.br/créditos Gabriel Torres/CT)
Na pauta do Salipi a Palestra "Retalhos Nordestinos", conversa facilitada por Douglas Machado e Yolanda Carvalho + a companhia do público de alunos, professores, autores, convidados locais e de outros estados, que dividiram a emoção de encontrar-se com Douglas e seu jeito sincero de falar de seu trabalho e defender o que + lhe dá prazer, documentar arte, cultura, criadores e memória nacional para recortes intangíveis e antropologias conjugadas.
Na pauta do Salipi a Palestra "Retalhos Nordestinos", conversa facilitada por Douglas Machado e Yolanda Carvalho + a companhia do público de alunos, professores, autores, convidados locais e de outros estados, que dividiram a emoção de encontrar-se com Douglas e seu jeito sincero de falar de seu trabalho e defender o que + lhe dá prazer, documentar arte, cultura, criadores e memória nacional para recortes intangíveis e antropologias conjugadas.
(público de poesia na madeira/imagem colhida de www.capitalteresina.com.br/créditos Gabriel Torres/CT)
Da artista plástica, duas apaixonadas demonstrações do fazer artístico. Uma ao vivo, durante o téte a téte, no auditório, e outra "aprisionada" em "Poesia na madeira", o filme.
Da artista plástica, duas apaixonadas demonstrações do fazer artístico. Uma ao vivo, durante o téte a téte, no auditório, e outra "aprisionada" em "Poesia na madeira", o filme.
Entre cabras, cães, pássaros e os sons da natureza preservada, e tornada
sonoplastia do documentário, Yolanda vai nos privilegiando com seu amor pelo
riscos, traços, desenhos, taco (placa de madeira à matriz da xilo), cunhas,
tintas, papel e o produto final, a xilogravura de única peça e temática
rigorosa e expressionista.
Sobre o cineasta, é sempre um prazer ouvir o artista, poeta das imagens, documentarista,
diretor de cinema, editor, roteirista e criador apaixonado pela sétima arte,
Douglas Machado.
Aprendo em qualquer encontrão que a vida me possibilite com o cineasta.
De Cipriano, Ariano, Dobal, Vilaça, Assis Brasil, Limeira, entre tantos,
colhidos na delicadeza de máquina de cinema de Douglas, sempre uma lição de
arte planejada e cuidadosamente finalizada.
Esse o mistério e a mágica, do fazer cinema, de Machado que parceriza talento garimpado com Gardênia Cury, no laboratório da Trinca Filmes.
Esse o mistério e a mágica, do fazer cinema, de Machado que parceriza talento garimpado com Gardênia Cury, no laboratório da Trinca Filmes.
"Folhetos do Sertão", com o primeiro número da série dirigido
à "Poesia na madeira", à voz de Yolanda Carvalho, uma sinfonia luxuosa em
fotogramas e imagens em movimento para memórias, histórias e delicadezas de
cinema.
Orgulhosamente, réu confesso, declaro o quanto apaixonado pelo cinema de
Douglas Machado e o cinzel cunhado na fotografia que fala nos silêncios e
ruídos poéticos, nas falas sociais e discursos intrínsecos proféticos e força
da arte de criar e defender identidade e pertencimento com o tema tornado vida
de cinema.
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