Será de Palhaços e Lusofonia sem Fronteiras
por maneco nascimento
O Harém faz 30 anos em 2015 e, neste
ano, será de também começar as comemorações com nova montagem.
Em sua décima sexta empreitada, “Um bico para velhos palhaços”, do romeno Matéi Visniec, com direção de Arimatan Martins, estreia brevemente.
No
elenco, afinado, a nova montagem confirma o nome dos afiadíssimos Fernando Freitas, Francisco de Castro e
Francisco Pellé.
(as Marias Francisca, Fernanda e de Castro são é Loucas e Abrigo de grandes atores, Pellé, Fernando e Castro/acervo Harém)
Do Harém - O Grupo Harém de
Teatro conseguiu ao longo de trinta anos celebrar resultados que se
justificam não só pela prática saudável do exercício cênico, mas,
especialmente, pelo planejada estratégia de sedimentar um histórico e uma
memória para os autos do teatro brasileiro que reinventasse as formas do fazer
teatral e definisse o homem no centro da cena.
Dessa forma é que todos os processos de pesquisa e
montagens do repertório de espetáculos do Grupo Harém mantiveram uma finalidade
de propósitos de premiar autores locais, nacionais e por vezes internacionais,
mas sempre considerando o fio do labirinto da linguagem universalizada à aldeia
local, as escritas e falas da personagem aos desenhos dramatúrgicos em que o
homem fosse sujeito do próprio discurso e se autorreconhecesse como manipulador
da própria arte de criação.
Entende o Grupo Harém de Teatro que a melhor
invenção para a cena nacional está em aproximar culturas, visibilizar o
exercício teatral manifestado, mas especialmente possibilitar o escambo de
experiências em que indivíduos e sociedades reforcem razão e sensibilidade e se
reconheçam na arte e cultura apropriadas.
Do dramaturgo - O dramaturgo Matéi Visniec, começou a escrever na Romênia dos anos
1970, sob o regime de Nicolae Ceausescu.
(o dramaturgo romeno Matéi Visniec/divulgação)
O autor, no entanto, sentia-se
atraído pelas vanguardas do início do século 20 sobretudo pelo surrealismo,
dadaísmo e expressionismo. A união entre sua postura politizada e o
aprofundamento subjetivo em seus textos agora podem ser conferidas.
A obra teatral de Visniec se resume a
mais de 30 textos. Sua dramaturgia se distingue por não ficar presa ao
teatro político convencional, nem a completa estilização. O autor mesmo
caracteriza seu teatro como “frequentemente político, mas não realista”.
Do diretor da montagem - É ator, diretor, poeta, compositor de
letras musicais o diretor de teatro Arimatan Martins.
(Ari, para os amigos, esse mago da cena local/divulgação)
Formado em Artes pelo
Centro de Artes das Laranjeiras – CAL, do Rio de Janeiro e, entre os trabalhos
que dirigiu estão:
·
Os Dois Amores de Lampião Antes de Maria Bonita e Só Agora Revelados
(1985) de Francisco Pereira da Silva;
·
A Farsa do Advogado Pathelin (1987) de autor anônimo do Século
XVI;
·
Raimunda Pinto, Sim Senhor! (1992) de Francisco Pereira da Silva;
·
Auto do Lampião no Além (1996) de Gomes Campos;
·
O Princês do Piauí (1999) de Benjamim Santos;
·
Diário de Uma Ladra (2007);
·
O Sonho do Fauno (2009) de Rubens Nery Costa;
·
A Casa de Bernarda Alba (2009) de Federico Garcia Lorca.
Em 2012 passa a desenvolver um
projeto de trabalhos autorais denominado de “tetralogia hareniana”, iniciando
com o espetáculo:
·
Macacos Me Mordam! - A Comédia abordando a temática “arte ciência”, e
·
Abrigo São Loucas (2013) com a temática “arte e política” em que o autor
faz um inventário da política piauiense, que não deixa de ser a nacional.
Ficha Técnica da nova montagem hareniana -
Texto Original: Matéi
Visniec; Encenação: Arimatan Martins;
Interpretação: Francisco de Castro, Fernando Freitas e Francisco Pellé;
Cenografia e
Adereços: Emanuel de Andrade; Figurinos: Bid Lima;
Iluminação: Assaí Campelo; Sons e Efeitos: José Dantas;
Visual Gráfico: Paulo
Moura (irmão de criação); Fotografias: Margareth Leite;
Produção e Vendas: Soraya Guimarães; Realização: Grupo Harém de Teatro.
(arte divulgação, de Paulo Moura [irmão de criação]/acervo hareniano)
Vem riso solto por ai. Ninguém perde por esperar,
nem sofre por bem rir. Rir faz bem à pele e ao coração da cidade que verseja
teatro quando é tempo de conspirar artes cênicas.
Para logo, “Um bico para velhos palhaços” e, para agosto, FestLuso 2015, na agenda do Harém de Teatro.
Evoé, Harém 30 Anos!
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