Casos de obras roubadas no país
(Figura em Azul - T. do Amaral/galeria estadão/foto reprodução)
“Lembre outros casos de roubo a obras de arte no Brasil
Ladrões levam importantes obras nacionais e
internacionais tanto de coleções de museus quanto particulares
11 de maio de
2009 | 16h 59
As
telas roubadas durante um assalto na Rua Estados Unidos, no
Jardim América, fazem parte de uma imensa lista de obras de arte roubadas no
País. No domingo, dia 10, ladrões invadiram a casa de Ilde Maksoud - ex-mulher
do dono da rede de hotéis de mesmo nome - e levaram as telas as telas Cangaceiro e Retrato de Maria, ambas de Candido
Portinari; Figura em Azul,
de Tarsila do Amaral; e A Crucificação
de Jesus, de Orlando Teruz. Juntos os quadros são avaliados em pelo
menos R$ 3,5 milhões.
Relembre outros roubos - a museus e
de coleções particulares - que ameaçam importantes obras de arte:
Pinacoteca
No
dia 11 de junho de 2008, ladrões roubaram quatro telas da Estação Pinacoteca,
no centro de São Paulo. Os quadros Mulheres na
Janela (1929), óleo
sobre cartão de Di Cavalcanti; O Pintor e seu
Modelo (1963),
gravura de Pablo Picasso; Minotauro,
Bebedor e Mulheres (1933),
outra gravura de Picasso; e O Casal (1919), guache sobre cartão de Lasar
Segall, foram levados durante o dia. Três homens armados entraram no museu,
pagaram ingresso e renderam funcionários.
Recuperadas,
as obras voltaram a ser expostas no museu em agosto do mesmo ano. A obra Minotauro, Bebedouro e Mulheres, de
Picasso, foi a última a ser recuperada pela polícia: a suspeita é de que ela
tenha sido guardada na Favela de Paraisópolis, na região do Morumbi, na zona
sul da cidade. No entanto, foi recuperada na Rodovia Raposo Tavares, onde foi
abandonada.
No
dia 7 de agosto, foram recuperadas as obras Mulheres na
Janela e O Casal, que já voltaram para a
Pinacoteca. O Pintor e seu Modelo, também de Picasso, foi recuperada no último
dia 19 de julho.
Masp
Em
dezembro de 2007, um grupo invadiu o Museu de Arte de São Paulo (Masp) e roubouO Lavrador de
Café, de Cândido Portinari, e O Retrato de
Suzanne Bloch, de Pablo Picasso, avaliados em R$ 100 milhões.
As telas foram recuperadas em janeiro
de 2008 e quatro pessoas envolvidas com o roubo foram condenadas à prisão com penas
que vão de 3 a 9 anos de prisão. As obras foram guardadas em uma casa em Ferraz
de Vasconcelos, na Grande São Paulo.
Galeria
Thomas Cohn
O
quadro Preparando o
Enterro na Rede, do pintor Candido Portinari, foi levado da galeria
Thomas Cohn em dezembro de 2005. Avaliada em R$ 2 milhões, a obra foi levada da
galeria na Avenida Europa, também na região dos Jardins. Preso pelo roubo, o
ladrão confessou o crime e disse que o quadro foi guardado em uma chácara
abandonada na cidade de Cotia, na Grande São Paulo.
Museu
Chácara do Céu
Em
março de 2006, homens armados levaram A Dança,
de Pablo Picasso, e O Jardim de
Luxemburgo, de Henri Matisse, do museu Chácara do Céu, em Santa
Tereza, no centro do Rio de Janeiro. Além do Picasso e do Matisse, eles levaram
as obras Os Dois
Balcões, de Salvador Dalí, e Marinha,
de Claude Monet. No total, elas são avaliadas em US$ 50 milhões.
Fragmentos
da obra A Dança,
de Picasso, foram encontrados em uma fogueira no Morro dos Prazeres, também em
Santa Tereza. Depois do roubo, o quadro de Matisse era oferecido em um site de
leilões virtuais da Bielo-Rússia, com lance mínimo de US$ 13 milhões.
A
Galeria
Em 2003, A Galeria, do marchand
Valdemar Szaniecki, na Rua Bela Cintra, foi roubada em janeiro de 2003. Três
homens invadiram o local e levaram cinco quadros dos artistas Carybé e Bonadei,
avaliados em R$ 120 mil.
Os
bandidos levaram Menina com Chapéu e Paisagem,
uma pintura a óleo sobre tela, de 65x58, de 1942, com a assinatura A. Bonadei e
data no canto superior direito. O quadro tinha uma etiqueta do Departamento de
Belas Artes do Conselho Britânico.
Roubaram
ainda quatro Carybés: O
Navio, pintura a óleo sobre tela medindo 50x70 assinado e datado de
1986 no canto inferior direito; A Galinha
Legorne, têmpera vinil, de 50x35, assinado e datado 1986 no canto
inferior direito; e dois Orixás,
em têmpera vinil, medindo cada um 33x23 centímetros, com assinatura no canto
inferior direito.
Roubo
à família Klabin Lafer
Um dos maiores roubos à famílias que
colecionam obras de arte foi em 2001, quando 15 quadros foram levados da casa
da família Klabin Lafer. Edmir Cordeiro de Oliveira, de 27 anos, acusado de ser
um dos autores do crime foi preso. Ele sonhava em vender as obras de Tarsila do
Amaral, Portinari e Di Cavalcanti para um colecionador americano e aposentar-se
da "vida do crime".
Em sua casa foram achados os quadros,
avaliados em R$ 10 milhões. Quatro homens chegaram à casa do empresário Jacob
Klabin Lafer, no Jardim Europa, e renderam os seguranças. Depois de roubar as
joias do cofre da família, os assaltantes passaram a recolher os quadros. Eram
dois de Di
Cavalcanti, dois de Portinari, um de
Tarsila do Amaral, um de Volpi, um de Pancetti, um de Guignard, dois de Manabu
Mabe, três de Teruz e dois outros cujos autores não foram identificados pela
polícia. Colocaram tudo dentro de um Audi A-4 da família e fugiram no veículo.”
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirA questão primordial não está no patrimônio financeiro surrupiado pelos marginais. O que acredito ser mais relevante, é a apropriação do legado cultural deixado pelo Pintor Candido Portinari. Uma obra dessa grandeza, certamente não será mais exposta, por questões óbvias, e o deleite de uma só pessoa (que também é marginal, pois adquiri ou adquiriu obra furtada), em nada ira acrescer a cultura da humanidade. Outro fato que não consigo entender é o porquê de uma pessoa adquirir uma obra que não poderá ser deleitada?. Explico. O prazer de se ter uma obra de um gênio como Portinari seria poder expô-la, mostrá-la a amigos, a sociedade, demonstrar o bom gosto a todos, principalmente a sociedade influenciando-a positivamente no que tange a construção de um mundo melhor.
ResponderExcluir