Poeta das curvas
por maneco nascimento
“É verdade que o estilo – compreendido como maneira comum de um grupo de artistas ou de uma época – confina com a técnica, tanto no sentido de herança e transformação, quanto na questão de ser procedimento coletivo. O estilo é o ponto de partida de todo projeto criador; por isso mesmo, todo artista aspira a transcender esse estilo comum ou histórico.” (Paz, Octavio. O Arco e a lira; tradução de Olga Savary. - Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982. [Coleção Logos])
A noite do dia 05 de dezembro de 2012 trouxe uma notícia esperada, mas não desejada, no entanto necessária à renovação da espécie, ao descanso dos justos e à continuidade de ascendência metafísica.
“Morreu, nesta quarta-feira (5), Oscar Niemeyer, aos 104 anos. O arquiteto carioca, que completaria 105 anos em 15 de dezembro, estava internado desde o dia 2 de novembro, no Hospital Samaritano, Rio de Janeiro, onde chegou a princípio para realizar alguns exames e com quadro de desidratação. Neste período, ele apresentou hemorragia digestiva e houve piora em sua função renal. Na terça-feira (4), uma infecção respiratória levou a uma piora no estado clínico de Niemeyer. No boletim, divulgado na tarde desta quarta-feira, as notícias não eram muito boas. Niemeyer precisou ser sedado, por conta de uma infecção respiratória, respirava com a ajuda de aparelhos e seu estado de saúde era considerado grave.” (ofuxico.terra.com.br/ notícias/Morre o arquiteto Oscar Niemeyer, aos 104 anos/Por Ará Rocha 05.12.2012 21:56:19)
O brilhante artista das pranchetas da arquitetura moderna brasileira construiu, desde a década de 1940, uma carreira invejável, cultural, solidária, incomum, mesmo para aqueles que o neguem, e uma memória das formas e desenhos transformados em palpáveis e belas expressões da identidade do artista e poeta das curvas da arquitetura edificada.
(Oscar Niemeyer/foto colhida de ofuxico.terra.com.br)
por maneco nascimento
“É verdade que o estilo – compreendido como maneira comum de um grupo de artistas ou de uma época – confina com a técnica, tanto no sentido de herança e transformação, quanto na questão de ser procedimento coletivo. O estilo é o ponto de partida de todo projeto criador; por isso mesmo, todo artista aspira a transcender esse estilo comum ou histórico.” (Paz, Octavio. O Arco e a lira; tradução de Olga Savary. - Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982. [Coleção Logos])
A noite do dia 05 de dezembro de 2012 trouxe uma notícia esperada, mas não desejada, no entanto necessária à renovação da espécie, ao descanso dos justos e à continuidade de ascendência metafísica.
“Morreu, nesta quarta-feira (5), Oscar Niemeyer, aos 104 anos. O arquiteto carioca, que completaria 105 anos em 15 de dezembro, estava internado desde o dia 2 de novembro, no Hospital Samaritano, Rio de Janeiro, onde chegou a princípio para realizar alguns exames e com quadro de desidratação. Neste período, ele apresentou hemorragia digestiva e houve piora em sua função renal. Na terça-feira (4), uma infecção respiratória levou a uma piora no estado clínico de Niemeyer. No boletim, divulgado na tarde desta quarta-feira, as notícias não eram muito boas. Niemeyer precisou ser sedado, por conta de uma infecção respiratória, respirava com a ajuda de aparelhos e seu estado de saúde era considerado grave.” (ofuxico.terra.com.br/ notícias/Morre o arquiteto Oscar Niemeyer, aos 104 anos/Por Ará Rocha 05.12.2012 21:56:19)
O brilhante artista das pranchetas da arquitetura moderna brasileira construiu, desde a década de 1940, uma carreira invejável, cultural, solidária, incomum, mesmo para aqueles que o neguem, e uma memória das formas e desenhos transformados em palpáveis e belas expressões da identidade do artista e poeta das curvas da arquitetura edificada.
(Oscar Niemeyer/foto colhida de ofuxico.terra.com.br)
Algumas gerações
entenderam e geraram orgulho e respeito a sua obra espalhada pelo Brasil, sua
terra natal e em todo o mundo que o convidou para deixar uma marca oscarniemeyerana.
Brasília, a capital federal, em suas inovadoras formas, a sede da ONU, Conjunto
da Pampulha, na Belô, e muitas outras virtuoses criativas mundo adentro.
“Oscar Ribeiro de Almeida de Niemeyer Soares nasceu no bairro de Laranjeiras, no Rio. Formou-se em arquitetura e engenharia na Escola Nacional de Belas Artes em 1934. Trabalhou no escritório dos arquitetos Lúcio Costa e Carlos Leão, onde integrou a equipe do projeto do Ministério da Educação e Saúde. Por indicação de Juscelino Kubitschek (1902-1976), então prefeito de Belo Horizonte, Niemeyer projetou, no início dos anos 1940, o Conjunto da Pampulha, que se tornaria uma de suas obras brasileiras mais conhecidas. Era casado com Anita Baldo, com quem teve apenas uma filha, Anna Maria Niemeyer, que morreu no dia 06 de junho passado, aos 82 anos. Ele deixa cinco netos, treze bisnetos e quatro trinetos." (Idem)
A imprensa internacional lhe reudeu homenagens. O site espanhol El Mundo, por exemplo, definiu Niemeyer como o último símbolo do século 20 e, o El País o alcunhou como o “poeta das curvas” por conta do estilo marcante de suas obras sinuosas. Suas obras em Brasília e na ONU foram destacadas pelo Wall Street Journal e o Washington Post o descreveu como uma das mais famosas mentes criativas da arquitetura. (fonte: ofuxico.terra.com.br/05/12/2012 23:43:00)
“Todo estilo é histórico e todos os produtos de uma época, desde seus utensílios mais simples até suas obras mais desinteressadas, estão impregnados de história, isto é, de estilo. “(Paz, Octavio. O Arco e a lira; tradução de Olga Savary. - Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982. [Coleção Logos])
Oscar Niemeyer construiu história, estilo inconfundível, memória arquitetônica e se tornou referência, incomparável, ao mundo por seu histórico de reinvenção da arquitetura, renovação da arquitetura ao Brasil e mundo exterior.
[Era um dos “100 maiores génios vivos”, ocupando o 9º lugar na lista de 2007 da empresa de consultoria global Syntetics. Entre suas mais de 600 obras destacam-se o Conjunto Arquitetônico da Pampulha (Belo Horizonte), A Igreja de São Francisco de Assis (Belo Horizonte), Cataguases, a Sede das Nações Unidas, o Banco Boavista, Parque do Ibirapuera (com pavilhões de exposições em homenagem ao aniversário de 400 anos da cidade), inaugurado 21 de agosto de 1954, Edifício Copan (São Paulo), Palácio da Alvorada e Palácio do Planalto, ambos em Brasília, entre outros.] (ofuxico.terra.com.br/ notícias/Morre o arquiteto Oscar Niemeyer, aos 104 anos/Por Ará Rocha 05.12.2012 21:56:19)
Morre o poeta das formas e das curvas edificadas, fica a saudade de sua presença física, consolada pelos traços que saltam aos olhos e embelezam cada espaço público nesse Brasil afora. Toda vez que se depara com algo pensado e feito forma concreta pela mente de Niemeyer, se quer crer que Deus também fala através da arte desse nosso querido Oscar.
Dele fica a lição, “Meu trabalho não tem importância, nem a arquitetura tem importância pra mim. Para mim o importante é a vida, a gente se abraçar, conhecer as pessoas, haver solidariedade, pensar num mundo melhor. O resto é conversa fiada.” (Oscar Niemeyer)
Só nos resta aprender.
“Oscar Ribeiro de Almeida de Niemeyer Soares nasceu no bairro de Laranjeiras, no Rio. Formou-se em arquitetura e engenharia na Escola Nacional de Belas Artes em 1934. Trabalhou no escritório dos arquitetos Lúcio Costa e Carlos Leão, onde integrou a equipe do projeto do Ministério da Educação e Saúde. Por indicação de Juscelino Kubitschek (1902-1976), então prefeito de Belo Horizonte, Niemeyer projetou, no início dos anos 1940, o Conjunto da Pampulha, que se tornaria uma de suas obras brasileiras mais conhecidas. Era casado com Anita Baldo, com quem teve apenas uma filha, Anna Maria Niemeyer, que morreu no dia 06 de junho passado, aos 82 anos. Ele deixa cinco netos, treze bisnetos e quatro trinetos." (Idem)
A imprensa internacional lhe reudeu homenagens. O site espanhol El Mundo, por exemplo, definiu Niemeyer como o último símbolo do século 20 e, o El País o alcunhou como o “poeta das curvas” por conta do estilo marcante de suas obras sinuosas. Suas obras em Brasília e na ONU foram destacadas pelo Wall Street Journal e o Washington Post o descreveu como uma das mais famosas mentes criativas da arquitetura. (fonte: ofuxico.terra.com.br/05/12/2012 23:43:00)
“Todo estilo é histórico e todos os produtos de uma época, desde seus utensílios mais simples até suas obras mais desinteressadas, estão impregnados de história, isto é, de estilo. “(Paz, Octavio. O Arco e a lira; tradução de Olga Savary. - Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982. [Coleção Logos])
Oscar Niemeyer construiu história, estilo inconfundível, memória arquitetônica e se tornou referência, incomparável, ao mundo por seu histórico de reinvenção da arquitetura, renovação da arquitetura ao Brasil e mundo exterior.
[Era um dos “100 maiores génios vivos”, ocupando o 9º lugar na lista de 2007 da empresa de consultoria global Syntetics. Entre suas mais de 600 obras destacam-se o Conjunto Arquitetônico da Pampulha (Belo Horizonte), A Igreja de São Francisco de Assis (Belo Horizonte), Cataguases, a Sede das Nações Unidas, o Banco Boavista, Parque do Ibirapuera (com pavilhões de exposições em homenagem ao aniversário de 400 anos da cidade), inaugurado 21 de agosto de 1954, Edifício Copan (São Paulo), Palácio da Alvorada e Palácio do Planalto, ambos em Brasília, entre outros.] (ofuxico.terra.com.br/ notícias/Morre o arquiteto Oscar Niemeyer, aos 104 anos/Por Ará Rocha 05.12.2012 21:56:19)
Morre o poeta das formas e das curvas edificadas, fica a saudade de sua presença física, consolada pelos traços que saltam aos olhos e embelezam cada espaço público nesse Brasil afora. Toda vez que se depara com algo pensado e feito forma concreta pela mente de Niemeyer, se quer crer que Deus também fala através da arte desse nosso querido Oscar.
Dele fica a lição, “Meu trabalho não tem importância, nem a arquitetura tem importância pra mim. Para mim o importante é a vida, a gente se abraçar, conhecer as pessoas, haver solidariedade, pensar num mundo melhor. O resto é conversa fiada.” (Oscar Niemeyer)
Só nos resta aprender.
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