por maneco nascimento
A cereja do creme do Dia Mundial do Teatro ganhou sabor de
doce delícia, ou dado deleite de que foi ao evento para vingar mesmo. A partir das
20h30, no Espaço Cultural “Osório Jr.”/Bar do Clube dos Diários, os deuses
conspiraram e o universo foi show de arte e teatro para todas as cenas.
Na concorrência pelo Prêmio do Festival Cênico – Cenas
Curtas e Troféu Rosalina Sousa houve uma acirrada disputa que tornou o evento
não só muito humorado, mas recheado de bons números de circo, teatro, dança,
teatro e música, performance, humor, dublagem/transformismo. Uma noite criativa
e criadora de um sentimento de que arte do teatro se estabelece sempre.
Foram treze números inscritos. Cada um deu seu ar de ação e
reação confirmada ao teatro. Battali Cia. Dança (Beth Battali); Grupo Tempus/UFPI
Picos (Robson Lima); Grupo de Teatro Oficinão (Adalmir Miranda); Lari Sales e
Edith Rosa; Grupo Ápice (Jimmy Charles); Samuel Alvis; Coletivo Piauhy Estúdio
das Artes (Silmara Silva); Studio Tucunzeiro (Roberto Piau e Rutênio);
Associação Cultural UniArtes (Andrade Gurgell); Avelar Amorim; Só Homens
Cia. de Dança (Adriano Abreu e DAkson Michael) e Grupo Utopia de Teatro
(Chico Borges).
Os trabalhos + destacáveis por ordem de muito boa
representação e representatividade entre os inscritos, Jimmy Charles como um
pastor da "Igreja do Capital Divino" denotou um resultado muito legal, em
conotação crítico-humorada bem resolvida pelo intérprete; a direção de Silmara
Silva para “A mais forte” apresentou Ianca Alves e Jenieli Silva num ato de
dança/teatro bem redondo, com duas atrizes lindas e de talento expressivo.
Lari Sales e Edith Rosa, em cena cômica de ilustração a uma
delegacia de polícia e o stress de receber uma mulher que sofre violência do
marido, deu-se reservado no talento das atrizes. Edith Rosa conseguiu melhor
destreza na cena; Andrade Gurgell, com “Carta aos demônios” trouxe uma riqueza
de figurino e uma dramaticidade concentrada; Chico Borges, com seu número de
teatro/dança surpreendeu pela eficácia de movimentos precisos dos atores
dançarinos Nailton Meireles, Lettícia Araújo, Josiane Lee e Mirian.
Foi uma tarefa árdua da Comissão Julgadora na hora da
escolha dos Melhores da noite. Os jurados Scheyvan Lima (Fundac), Márcio
Américo (ator e diretor de São Paulo), William Lemos (ator e produtor de São
Paulo), Tommy Germani (ator angolano), Joaquim Jorge (empresário português),
Izabelita Kennedy (atriz transformista) e Luciano Brandão (diretor de teatro)
acabaram finalizando bem as escolhas dos Melhores.
O Prêmio do Festival Cênico – Cenas Curtas e Troféu Rosalina
Sousa agraciou, em 1º. Lugar, a performance “Na Lama”, de Samuel Alvis, com R$
1500,00; o 2º Lugar foi para “Palha Assada”, de Adalmir Miranda, com Romário
Ferreira e Ademir Costa, com R$ 1000,00 e o 3º. Lugar ficou com “O Lago”, da Só
Homens Cia. de Dança, com Adriano Abreu e Dackson Michael, que levou R$ 500,00.
(Palha Assada, de A. Miranda/da linha do tempo de Samuel Alvis)
O Troféu Especial de Júri Popular foi abocanhado por
“Batalhando um personagem”, de Avelar Amorim, com Edith Rosa e Avelar Amorim.
Edith Rosa + uma vez provou a boa atriz que se tornou, foi show em duas
participações durante o FestCurtas Rosalina Sousa.
(O Lago, da Só Homens Cia. de Dança/da linha do tempo de Samuel Alvis)
Ainda foram agraciados com o Troféu “Rosalina Sousa”, a
camareira aposentada que emprestou o nome ao Prêmio, Rosalina Sousa (Dona Rosa); o ator Wilson
Gomes (Shana de Souza); o Grupo Harém de Teatro (Abrigo São Loucas); o Coletivo Piauhy
Estúdio das Artes (Fogo) e o presidente da Fundac, S. Lima.
O FestCênico - Cenas Curtas - Prêmio “Rosalina Sousa” foi o bicho. Nunca houve tanto
entrosamento, diversão, interação, participação maciça do público, fiel até o
fim, e um grande encontro da classe artística e sua energia de fazer valer
muito + o Dia Mundial do Teatro.
Vale ainda o registro
do Mágico Zaron, que, numa carinhosa participação, não só homenageou o circo,
como também a própria profissão na data em que também se comemora o Dia Nacional do
Circo.
Uma noite adocicada
com a arte das cênicas e lavada com a alegria, força e prazer da arte, em
primeiro momento, e depois pela boa chuva que caiu lavando os rastos da festa
bacante.
Foi uma noite de produções dinâmicas e eficazes, que o digam a JV
Produções que Vingam.