“Tchê tchê rê rê...?”
por maneco nascimento
O Brasil de todos os deuses e santos, graças a Deus, que é brasileiro, também tem seu rincão das novas e fortuitas manifestações musicais de sucesso que invadem os horários dos programas populares e de ibope, anúncios disfarçados de pautas de notícias e o sentimento de orgulho dos lucros muito + próximos do apelo do hit em que, como diria Nana Caymmi,
“(...) a música é outra, é bunda, é aeróbica’, disse a cantora, que fez 70 anos em 2011.” (Pennafort, Roberta reproduzida no Meio Norte/arte&fest. Despedida, 02.04.2012, B/5)
Uma das pautas do Bom Dia Brasil, tevê Globo, 04 de abril de 2012, foi os sucessos, jargões musicais e ou refrões que invadiram as noites de faculdades e universidades? O sertanejo universitário. Tendência de domínio popular que incute em nossas cabeças a variação estanque e dali não sai +. Não há quem retire o bombardeio da musiquinha detentora dos milhares de acessos nas redes sociais.
Um colega, enquanto conversávamos sobre os monstros sagrados da MPB, que entram em processo de aposentadoria, e dos “desmundos” da nova música brasileira, apontou que além das novidades há os desdobramentos que elas nos impõem.
Já houve o tradicional momento da música sertaneja e rural e suas destacáveis duplas caipiras, depois veio a já urbanizada com olho, ainda, no sentimento rural a um meloso, melodramático e, tendenciosamente sensual, à primeira e segunda vozes. Aqueles novos sertanejos românticos, entre afinados, gritantes e semitonados foram, a seu tempo, um arroubo de público e mídia direcionados.
Das velhas lendas tradicionais, alguns artistas ficaram Milionário (s) e Zé Rico (s) a todo mérito. Da nova entrada houve tapas e beijos (Zezé di Camargo e Luciano), Leandro (desaparecido precocemente) e Leonardo (em carreira solo) e outros coloridos de vozes a Chitõezinho (s) e Xororó (s), entre tantos emblemáticos e detentores de público “malhavaloroso”.
Na história dos sucessos caipiras, aos grandes nomes registrados à musicografia, estão Jararaca e Ratinho, uma das + antigas duplas sertanejas brasileiras, criada em 1927, quase dez anos depois do primeiro encontro entre os dois.
(imagem colhida de: personalidadescaxias.blogspot.com)
A dupla integrou o grupo Turunas Pernambucanos, com destaque no início dos anos 20, cantando cocos e emboladas e usando trajes típicos. Ratinho morreu em 1972. Jararaca continuou se apresentando em programas de televisão e rádio até desaparecer em 1977. (cliquemusic.uol.com.br/artistas/ver/jararaca e ratinho –)
Outra dupla muito lembrada, Cascatinha (Francisco dos Santos – 20.04.1919/14.03.1996) e Inhana (Ana Eufrosina da Silva Santos – 28.03.1923/11.06.1981), tornou-se conhecida em pouco tempo e transformou-se no Trio Esmeralda, em 1941, ganhando prêmios, no Rio de Janeiro, nos programas de Cesar Ladeira (Rádio Mayrink Veiga) e de Renato Murce (Papel Carbono, na Rádio Nacional).
por maneco nascimento
O Brasil de todos os deuses e santos, graças a Deus, que é brasileiro, também tem seu rincão das novas e fortuitas manifestações musicais de sucesso que invadem os horários dos programas populares e de ibope, anúncios disfarçados de pautas de notícias e o sentimento de orgulho dos lucros muito + próximos do apelo do hit em que, como diria Nana Caymmi,
“(...) a música é outra, é bunda, é aeróbica’, disse a cantora, que fez 70 anos em 2011.” (Pennafort, Roberta reproduzida no Meio Norte/arte&fest. Despedida, 02.04.2012, B/5)
Uma das pautas do Bom Dia Brasil, tevê Globo, 04 de abril de 2012, foi os sucessos, jargões musicais e ou refrões que invadiram as noites de faculdades e universidades? O sertanejo universitário. Tendência de domínio popular que incute em nossas cabeças a variação estanque e dali não sai +. Não há quem retire o bombardeio da musiquinha detentora dos milhares de acessos nas redes sociais.
Um colega, enquanto conversávamos sobre os monstros sagrados da MPB, que entram em processo de aposentadoria, e dos “desmundos” da nova música brasileira, apontou que além das novidades há os desdobramentos que elas nos impõem.
Já houve o tradicional momento da música sertaneja e rural e suas destacáveis duplas caipiras, depois veio a já urbanizada com olho, ainda, no sentimento rural a um meloso, melodramático e, tendenciosamente sensual, à primeira e segunda vozes. Aqueles novos sertanejos românticos, entre afinados, gritantes e semitonados foram, a seu tempo, um arroubo de público e mídia direcionados.
Das velhas lendas tradicionais, alguns artistas ficaram Milionário (s) e Zé Rico (s) a todo mérito. Da nova entrada houve tapas e beijos (Zezé di Camargo e Luciano), Leandro (desaparecido precocemente) e Leonardo (em carreira solo) e outros coloridos de vozes a Chitõezinho (s) e Xororó (s), entre tantos emblemáticos e detentores de público “malhavaloroso”.
Na história dos sucessos caipiras, aos grandes nomes registrados à musicografia, estão Jararaca e Ratinho, uma das + antigas duplas sertanejas brasileiras, criada em 1927, quase dez anos depois do primeiro encontro entre os dois.
(imagem colhida de: personalidadescaxias.blogspot.com)
A dupla integrou o grupo Turunas Pernambucanos, com destaque no início dos anos 20, cantando cocos e emboladas e usando trajes típicos. Ratinho morreu em 1972. Jararaca continuou se apresentando em programas de televisão e rádio até desaparecer em 1977. (cliquemusic.uol.com.br/artistas/ver/jararaca e ratinho –)
Outra dupla muito lembrada, Cascatinha (Francisco dos Santos – 20.04.1919/14.03.1996) e Inhana (Ana Eufrosina da Silva Santos – 28.03.1923/11.06.1981), tornou-se conhecida em pouco tempo e transformou-se no Trio Esmeralda, em 1941, ganhando prêmios, no Rio de Janeiro, nos programas de Cesar Ladeira (Rádio Mayrink Veiga) e de Renato Murce (Papel Carbono, na Rádio Nacional).
( dupla Cascatinha e Inhana/foto colhida de: cifrantiga3.blogspot.com)
A dupla, Cascatinha e Inhana, percorreu vários estados do país, atuou em circos, emissoras de rádio e tevê, além de gravar + de 30 discos. (cifrantiga3.blogspot.com/2006/04/cascatinha-e-inhana )
Léo Canhoto e Robertinho, de 1968, é dupla nascida na cidade de Goiânia. O “Último julgamento” é seu grande sucesso. Em época de duplas sertanejas muito tradicionais, os músicos já usavam cabelos longos, roupas extravagantes e jóias.
A primeira dupla caipira a ganhar disco de ouro, pela vendagem do primeiro LP e o sucesso da canção “Apartamento 37”. Gravaram 28 discos, Canhoto (paulista) e Robertinho (goiano) residem em São Paulo onde mantêm escritório para administrar os negócios da dupla. (www. wikipédia.com.br/a enciclopédia livre/acesso: 04.04.2012, às 12h4)
Milionário & José Rico, cantores de música sertaneja do Brasil, formam uma das + famosas duplas do país. Têm a alcunha de As gargantas de ouro do Brasil. Mantêm 42 anos de carreira e venderam 35 milhões de exemplares de seus 29 discos gravados desde 1973. Gravaram dois DVS e fizeram dois filmes, “Na Estrada da Vida” (1980) e “Sonhei com você” (1988). (www.wikipedia.com.br/ a enciclopédia livre/acesso: 04.004.2012, às 11h10)
(imagem colhida de: www.webletras.com.br/galeria/milionario-e-jose-rico)
Os novos temas musicais a sucessos sertanejos e universitários variam entre “eu eu tchá, eu quero tchú”, ou o “tchê tchê rê rê tchê rê rê...”, este último, hit estrondoso de Gusttavo Lima, o sertanejo que é o bolão da vez no Brasil e pode até ser considerado o novo pop. Vem na esteira do sucesso das novas mídias, como Michel Teló, e traz o toque de Midas, também de acesso na web.
Suas músicas de ritmos frenéticos e intérpretes com performances sensuais e apelo para o nem sempre dito, mas que o corpo legenda, ganharam a força da juventude brasileira que a nova “brisa canta”. As músicas invadiram as rádios e caíram na graça e abraço do público.
O jovem fenômeno de Gusttavo Lima está entre um dos artistas + requisitados da hora. Para Jotha Luiz, cantor e compositor, que emplacou sucesso em série com temática de caminhoneiro, na rede Globo, essa nova música atende a público e juventude que “querem refrão, querem alegria, balada.” (Bom Dia Brasil, TV Globo/ 04.04.2012)
Aos + céticos, o autor se embalaria à letra enfadonha, repetitiva, para que ela ganhe adesão de sucesso. O sertanejo universitário está em seu tempo de atuação.
Então curta quem curtir e, segundo os setentões, caso os novos artistas tenham ouvido falar, “quem não curtir, que curtisse”.
Os novos temas musicais a sucessos sertanejos e universitários variam entre “eu eu tchá, eu quero tchú”, ou o “tchê tchê rê rê tchê rê rê...”, este último, hit estrondoso de Gusttavo Lima, o sertanejo que é o bolão da vez no Brasil e pode até ser considerado o novo pop. Vem na esteira do sucesso das novas mídias, como Michel Teló, e traz o toque de Midas, também de acesso na web.
Suas músicas de ritmos frenéticos e intérpretes com performances sensuais e apelo para o nem sempre dito, mas que o corpo legenda, ganharam a força da juventude brasileira que a nova “brisa canta”. As músicas invadiram as rádios e caíram na graça e abraço do público.
O jovem fenômeno de Gusttavo Lima está entre um dos artistas + requisitados da hora. Para Jotha Luiz, cantor e compositor, que emplacou sucesso em série com temática de caminhoneiro, na rede Globo, essa nova música atende a público e juventude que “querem refrão, querem alegria, balada.” (Bom Dia Brasil, TV Globo/ 04.04.2012)
Aos + céticos, o autor se embalaria à letra enfadonha, repetitiva, para que ela ganhe adesão de sucesso. O sertanejo universitário está em seu tempo de atuação.
Então curta quem curtir e, segundo os setentões, caso os novos artistas tenham ouvido falar, “quem não curtir, que curtisse”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário