(Des)ordem nacional
por maneco nascimento
“Quando a inteligência, a virtude, os serviços são preteridos e postos de parte; quando os perversos são galardoados com empregos eminentes, pode-se afoitamente exclamar com Sêneca: ‘Morreram os costumes, o direito, a honra, a probidade, a fé, e aquilo nunca volta quando se perde – o pudor.’” (Rêgo, Ana Regina. Imprensa Piauiense – atuação política no século XIX. Teresina: Fundação Cultural Monsenhor Chaves, 2001 ( Anexo I - Manifesto do Partido Republicano/Jornal A República, Rio de Janeiro, 3 de dezembro de 1870, pag. 135)
O velho Brasil parece ser o de sempre, com suas velhas e contumazes práticas de prevaricação e virtuose do corrupto para preencher o noticiário nacional e estarrecer quem ainda acredita na humanidade honesta. De escândalos a escândalos político-financeiros vemos cair no ralo da banalidade os vícios culturais de um Brasil para os impunes e os imunes.
Um humorista local decreta: “Você não deve ter medo do político. Perigoso é o filho do político.” Para o melhor entendedor, meia cifra basta para decifrar a missa metade. + real que o rei é o filho do prócere, que aprende a perpetuar a espécie intocável.
Mensalões, anões do orçamento, troca de favores e tráfico de influência lavagem acima, cachoeira abaixo, quedas ministeriais sob suspeição de corrupção abafada pelo castigo da perda do cargo e legislatura em causa própria salarial a compensar até 18º. Salário mínimo.
O risco da im(p)unidade parlamentar brasileira é caso de estudo genealógico, visto não poder manter-se o controle da ordem nacional de direitos e deveres gerais e nem conseguir-se finalizar investigações acerca de desvios de recursos públicos, quando um escândalo vem em função de abafar, ou protelar o trânsito natural do olhar da justiça ao crime anterior.
por maneco nascimento
“Quando a inteligência, a virtude, os serviços são preteridos e postos de parte; quando os perversos são galardoados com empregos eminentes, pode-se afoitamente exclamar com Sêneca: ‘Morreram os costumes, o direito, a honra, a probidade, a fé, e aquilo nunca volta quando se perde – o pudor.’” (Rêgo, Ana Regina. Imprensa Piauiense – atuação política no século XIX. Teresina: Fundação Cultural Monsenhor Chaves, 2001 ( Anexo I - Manifesto do Partido Republicano/Jornal A República, Rio de Janeiro, 3 de dezembro de 1870, pag. 135)
O velho Brasil parece ser o de sempre, com suas velhas e contumazes práticas de prevaricação e virtuose do corrupto para preencher o noticiário nacional e estarrecer quem ainda acredita na humanidade honesta. De escândalos a escândalos político-financeiros vemos cair no ralo da banalidade os vícios culturais de um Brasil para os impunes e os imunes.
Um humorista local decreta: “Você não deve ter medo do político. Perigoso é o filho do político.” Para o melhor entendedor, meia cifra basta para decifrar a missa metade. + real que o rei é o filho do prócere, que aprende a perpetuar a espécie intocável.
Mensalões, anões do orçamento, troca de favores e tráfico de influência lavagem acima, cachoeira abaixo, quedas ministeriais sob suspeição de corrupção abafada pelo castigo da perda do cargo e legislatura em causa própria salarial a compensar até 18º. Salário mínimo.
O risco da im(p)unidade parlamentar brasileira é caso de estudo genealógico, visto não poder manter-se o controle da ordem nacional de direitos e deveres gerais e nem conseguir-se finalizar investigações acerca de desvios de recursos públicos, quando um escândalo vem em função de abafar, ou protelar o trânsito natural do olhar da justiça ao crime anterior.
(Demóstenes Torres/foto Ed Ferreira. Agencia Estado1)
Demóstenes Torres, o senador do Goiás, com assinatura nas fileiras do DEM até a armação do vespeiro e afeito às incursões de negócios com C. Cachoeira, por exemplo, vira prioridade das discussões acaloradas e de holofotes enquanto se protela, no STF, o julgamento do Mensalão. Dias da vidinha costumeira brasileira ganham percurso de polvo às velhas novidades.
“O ministro João Otávio de Noronha intimou na manhã desta segunda-feira o governador do Amapá, Carlos Camilo Góes Capiberibe (PSB), para audiência oitiva, no Superior Tribunal de Justiça (STF), no dia 24 deste mês. O governador é acusado de peculato e formação de quadrilha.” (www.jb.com.br/pais/noticias/2012/04/09/acusado-de-peculato-g)
E continua a matéria : “(...) A Polícia Federal chegou até o governador, após análises em documentos apreendidos na operação Mãos Limpas, deflagrada pela Polícia Federal, em setembro de 2010, e que levou mais de 10 pessoas para a prisão (...) e o ex-governador Waldez Góes (PDT), acusados de corrupção, fraude em licitações e lavagem de dinheiro (...) Além do governador, foi intimado a comparecer no mesmo dia, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Ricardo Soares Pereira de Souza.” (Idem)
As boas notícias, se de menos ibope, não podem ter o poder de choque que as escandalosas, “Pelo menos nove Estados pagam hoje 15 salários por ano aos deputados estaduais. No caso do Maranhão, são 18 salários por ano, de R$ 20 mil cada. Em alguns Estados, o destaque é o valor da chamada verba indenizatória, que chega a milhões de reais.” (gazetaonline.globo.com/- Atualizado em 09/04/2012 - 22h42)
Uma beleza de profissão com “bilhetes” [legis privilegium] premiados e que “(...) Isso começa já no Congresso Nacional, onde deputados federais e senadores recebem 15 salários por ano, o que dá mais de R$ 400 mil. Na Assembleia Legislativa do Maranhão, tem deputado que reclama do salário de cerca de R$ 20 mil por mês – e que é pago não 12, mas 18 vezes por ano. ‘Muitas vezes nós tiramos do nosso próprio salário para servir à população’, diz a deputada estadual Graça Melo’” (gazetaonline.globo.com/- Atualizado em 09/04/2012 - 22h42)
Seria informação da presidência daquela Casa legislativa do Maranhão que “(...) os deputados maranhenses aguardam a decisão dos cortes no Congresso Nacional para reduzir os próprios salários.” Na matéria também aponta que “(...) Os deputados estaduais maranhenses recebem ainda R$ 1.050 por mês de complemento para o plano de saúde. No Piauí, a verba indenizatória dos deputados estaduais, que era de R$ 50 mil, passou este ano para R$ 80 mil, quase o dobro que recebem os senadores.” (gazetaonline.globo.com/- Atualizado em 09/04/2012 - 22h42)
Brasil brasileiro, de norte a centro oeste passando pelo nordeste, uma cornucópia de benesses parlamentares a perder de vista e a regalar a vida de marajás e sultões da política nacional. Demóstenes Torres, enlinhado nas escutas telefônicas a efeito de denúncias que o ligam ao bicheiro Carlos Augusto Ramos, a partir de vigilância da operação Monte Carlo, da PF, que culminou com a prisão de Carlinhos Cachoeira e + 34 outros parceiros, em fevereiro último.
(notícias de Cachoeira e do mundo em sua órbita/imagem colhida de www.brasil247.com/pt/2479)
Há, por sorte do destino, como Deus Ex-machine, a possibilidade da liberdade planejada ao senhor detentor de cachoeiras e assepsiador de laranjas e laranjeiros em que:
“A defesa do bicheiro Carlinhos Cachoeira pediu ontem ao Superior Tribunal Federal (STJ) que determine a sua libertação. Preso desde fevereiro, ele está no presídio federal Mossoró, no Rio Grande do Norte. Advogado do empresário, o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos protocolou um pedido de habeas corpus no STJ.” (gazetaonline.globo.com/- Atualizado em 09/04/2012 - 22h42)
Entre dez ordens de ainda resistência do Brasil para os demais, a (des)ordem nacional de ficha azeitada da corrupção parece de domínio do paradigma do desvio da lei e, queira Deus, não seja do perfil da real justiça. Senão nada sobrará de nobre ao país.
Demóstenes Torres, o senador do Goiás, com assinatura nas fileiras do DEM até a armação do vespeiro e afeito às incursões de negócios com C. Cachoeira, por exemplo, vira prioridade das discussões acaloradas e de holofotes enquanto se protela, no STF, o julgamento do Mensalão. Dias da vidinha costumeira brasileira ganham percurso de polvo às velhas novidades.
“O ministro João Otávio de Noronha intimou na manhã desta segunda-feira o governador do Amapá, Carlos Camilo Góes Capiberibe (PSB), para audiência oitiva, no Superior Tribunal de Justiça (STF), no dia 24 deste mês. O governador é acusado de peculato e formação de quadrilha.” (www.jb.com.br/pais/noticias/2012/04/09/acusado-de-peculato-g)
E continua a matéria : “(...) A Polícia Federal chegou até o governador, após análises em documentos apreendidos na operação Mãos Limpas, deflagrada pela Polícia Federal, em setembro de 2010, e que levou mais de 10 pessoas para a prisão (...) e o ex-governador Waldez Góes (PDT), acusados de corrupção, fraude em licitações e lavagem de dinheiro (...) Além do governador, foi intimado a comparecer no mesmo dia, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Ricardo Soares Pereira de Souza.” (Idem)
As boas notícias, se de menos ibope, não podem ter o poder de choque que as escandalosas, “Pelo menos nove Estados pagam hoje 15 salários por ano aos deputados estaduais. No caso do Maranhão, são 18 salários por ano, de R$ 20 mil cada. Em alguns Estados, o destaque é o valor da chamada verba indenizatória, que chega a milhões de reais.” (gazetaonline.globo.com/- Atualizado em 09/04/2012 - 22h42)
Uma beleza de profissão com “bilhetes” [legis privilegium] premiados e que “(...) Isso começa já no Congresso Nacional, onde deputados federais e senadores recebem 15 salários por ano, o que dá mais de R$ 400 mil. Na Assembleia Legislativa do Maranhão, tem deputado que reclama do salário de cerca de R$ 20 mil por mês – e que é pago não 12, mas 18 vezes por ano. ‘Muitas vezes nós tiramos do nosso próprio salário para servir à população’, diz a deputada estadual Graça Melo’” (gazetaonline.globo.com/- Atualizado em 09/04/2012 - 22h42)
Seria informação da presidência daquela Casa legislativa do Maranhão que “(...) os deputados maranhenses aguardam a decisão dos cortes no Congresso Nacional para reduzir os próprios salários.” Na matéria também aponta que “(...) Os deputados estaduais maranhenses recebem ainda R$ 1.050 por mês de complemento para o plano de saúde. No Piauí, a verba indenizatória dos deputados estaduais, que era de R$ 50 mil, passou este ano para R$ 80 mil, quase o dobro que recebem os senadores.” (gazetaonline.globo.com/- Atualizado em 09/04/2012 - 22h42)
Brasil brasileiro, de norte a centro oeste passando pelo nordeste, uma cornucópia de benesses parlamentares a perder de vista e a regalar a vida de marajás e sultões da política nacional. Demóstenes Torres, enlinhado nas escutas telefônicas a efeito de denúncias que o ligam ao bicheiro Carlos Augusto Ramos, a partir de vigilância da operação Monte Carlo, da PF, que culminou com a prisão de Carlinhos Cachoeira e + 34 outros parceiros, em fevereiro último.
(notícias de Cachoeira e do mundo em sua órbita/imagem colhida de
Há, por sorte do destino, como Deus Ex-machine, a possibilidade da liberdade planejada ao senhor detentor de cachoeiras e assepsiador de laranjas e laranjeiros em que:
“A defesa do bicheiro Carlinhos Cachoeira pediu ontem ao Superior Tribunal Federal (STJ) que determine a sua libertação. Preso desde fevereiro, ele está no presídio federal Mossoró, no Rio Grande do Norte. Advogado do empresário, o ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos protocolou um pedido de habeas corpus no STJ.” (gazetaonline.globo.com/- Atualizado em 09/04/2012 - 22h42)
Entre dez ordens de ainda resistência do Brasil para os demais, a (des)ordem nacional de ficha azeitada da corrupção parece de domínio do paradigma do desvio da lei e, queira Deus, não seja do perfil da real justiça. Senão nada sobrará de nobre ao país.
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