quinta-feira, 19 de maio de 2016

Boca de Arte

Boca da Noite
por maneco nascimento

"Boca de arte! Arte. Quando eu mandar? Cante! E quando cantar? Encante!"

O Projeto Boca da Noite abriu temporada 2016, na noite do dia 18 de maio. No bat local contumaz, público e artistas transitavam, enquanto não era dada a largada ao primeiro dia de nossas vidas culturais que correm, pela música, sempre às quartas feira, no Espaço Cultural "Osório Jr."/BCD.

Quando o assunto é preencher o Corredor Cultural do centro da cidade, de ações de arte produzida por aqui, na área da  música, o Boca da Noite chega e diz que vem por cá, cantar a canção brasileira do nosso produto  ao diverso manifestado.

Na abertura falou o Secretário de Cultura, Fábio Novo, acerca da ampliação do Projeto que seguirá carreira itinerante e se apresentará, nesse primeiro momento, nas cidades de Floriano, Oeiras e União. Sempre lembrou da injeção na cultura e no investimento em recuperar Equipamentos culturais, na capital e interior, que sobremaneira darão novo vigor as ações de arte e cultura, em todo o estado.

Também lembrou, em revigor de manifestos contra o fim do Minc, de como há necessidade de mantermos força e ímpeto pela manutenção de projetos que corroborem com a arte, cultura e instituições que geram bens coletivos e intangíveis.

Na sequência, Francisco Pellet leu manifesto do Coletivo de Festivais de Teatro brasileiros e deu palavra a representantes do Boi Imperador da Ilha e + artistas que aproveitaram o bom momento para refletir esse momento que o país sente de conviver com a queda de conquistas sociais de bens coletivos. Dadas a devida e necessária importância de espaço e falas, em defesa da preservação do Minc, deu-se depois continuidade à agenda.

Salvas de foguetes saudaram a todos e veio então a hora de manifestar arte cultuada. No primeiro momento, apresentado por Pellé, o Coletivo Piauhy Estúdio das Artes brindou a assistência com o "De Última Pocket Show".

Humor, talento e ousadia acionados, pela força teatral e atos conspirados de atores e atrizes, o musical performance atraiu toda a atenção do público pelo diverso de trazer repertório popular brasileiro e incursões por sucessos também estrangeiros, com variações de pop, rock, brega e chique da MPB.

Adriano Abreu, diretor do musical e anfitrião das ações desempenhadas em cena, junto com Silmara Silva, Érica da Anunciação, David Ambrósio e Carlos Aguiar são show de bola. Divertem, atraem desde os mais apaixonados aos + céticos. Diversão garantida e sem meias intenções.

Os intérpretes são, visivelmente, atores que cantam e dobram os cílios até mesmo de quem fecha os olhos, em fingimento de que não tenha nada a ver. Se não vê, ouve e entra na roda, porque a ciranda da cena, em musical pocket performance, é muito bom de ver. Com direção musical de Rubinho Figueiredo e luxuosa companhia da Banda Consultora da China, esse Pocket vai longe e muito perto de seu público e corações que busquem felicidade.
 
("De Última Pocket Show" é de primeira/fotos: Adalmir Miranda)

Não houve quem não quisesse interagir com o "De Última Pocket Show". Crianças, jovens, adultos, passantes, ébrios da noite cultural, toda a gente concorreu à alegria e felicidade contagiantes de arte da cena expressiva e musical do Coletivo Piauhy Estúdio das Artes. Como receptor livre, estou confirmado. Sou Pocket Show até embaixo d'água.

O segundo tempo do Boca da Noite meteorizou o que já vinha em grande escala. Hugo dos Santos e Banda chegou e disse: olá, estamos aqui e por toda a cidade cumprindo em sanha, suor, dedicação e arte reveladas o que somos e queremos compor na música que nos faz artistas. "Longe é aqui" bem perto de quem ama o que faz, como escolha de prazer e profissão debulhadas.

Show diverso, atraente, de linguagens e imersão em estilos  e variáveis de música e forma de reler e revisitar obra composicional autoral e de identidade criativa.

São Hugos em pautas e sons e melodias e poesias e prosas musicadas, ao licenciamento de reinvenção própria forma de ver e investir na pop art da aldeia, para visionários de Gaudís e outros terceiros veios e vias artísticos musicais. Sua voz, sua música em uns e em Banda na noite quente do Boca da Noite.

Uma Boca de Arte deleitável. Quem não veio à abertura do Boca da Noite 2016, aviso ao navegantes: perdeu feio a noite de delicados prazeres musicais. Mas, não se avexe não! As quartas feiras seguem e + Bocas na Noite musical prometem marcar o Boca da Noite.

Quem viver para ver e ouvir não há de se arrepender. Está aberta a temporada de música e música e músicos e sons em tom da canção brasileira, que por aqui se bem faz produzir.

Boca de Forno? Arte. 
Quando eu mandar? Cante.
Ré mi sol lá está em si e dó a música piauiense de toda expressão na forja do Boca da Noite.

fotos/imagem: musical performance pocket (Adalmir Miranda)
Hugo dos Santos (divulgação)

Nenhum comentário:

Postar um comentário