Gadú e Dandinha
foi 7 X 6&Meia!
por maneco nascimento
O Projeto Seis&Meia, da noite do dia 12 de abril, trouxe a chuva, já no início da tarde, para recepcionar o público da primeira sessão de
Show, o da hora, efetivamente, do Projeto popular. Um sucesso de público, exasperado
pela espera e respingado, enquanto aguardava abrirem-se as portas do Theatro 4
de Setembro.
Quando enfim deu-se, por iniciado, o Projeto Seis&Meia, pelas falas oficiais de apresentação do evento e anúncio da próxima atração, ao mês seguinte, o Secretário de Estado de Cultura, Fábio Novo, trouxe, em seu
discurso, novidades sempre esperadas, quando abre, oficialmente, o Projeto. Para maio, Luiz Melodia e Gomes Brasil.
Enquanto se aguarda o maio, em seus dias de outono, para
souls e canções luizmelodianas, et al, a hora e a vez foi bem receber Dandinha,
na atração local. A cantora piauiense, feito furacão, domou palco e platéia e
disse bem a que veio. Cantar, em força e energia e voz de grave contralto
suavizadas, define essa voz um “Dandinho” de talento afiado, feito porção irresistível
do vatapá baiano de Caymmi.
(essa menina canta e os males encanta/fotos: Carla Ramos)
Essa menina moça, em tempo e presença na cena musical
piauiense e, presentemente, forte nos palcos que persegue, também defendeu bem
seu quinhão da canção brasileira, de qualquer estação, e honrou porque canta e
aos males encanta e fez muito bonito ao abrir a janela feliz da melodia
sentimental e ampliar veredas das atenções desejadas à Maria Gadú.
Se Dandinha foi show, então quando Maria ateou energia à própria luz, ao palco e platéia, então estava completa a noite do Seis&Meia. Ela veio sem muita conversa, mas muito cantar, eu só sei que detinha carisma, sem muito explicar. Em suaves vocais inconfundíveis, aqueles que deram a Gadú
praça, canteiro e obra ao percurso no mapa do cancioneiro nacional, fez-se Maria, Gadú, Gulã e alhures.
Cantou os velhos e
novos sucessos, numa tranqüilidade sucessiva de belas composições à elegia
grata da canção brasis que se recomenda, se ouve e, quando se tem a presença luxuosa da cantora, compositora, então é tempo de só ser feliz.
Houve um encontro das vozes na canção, em um de seus maiores sucessos. Todos o são. Um
show à parte, quando juntas Gadú e Dandinha entoaram "Tudo diferente".
Dandinha cantou, Maria acompanhou mais e, numa solidariedade companheira de duas colegas que dividem o palco e brincam de felicidade, as cantoras deram-se ao deleite de bem cantar. Dandinha, como qualquer mortal, emocionada, agradeceu aquele tempo de estar ali, ao lado do lado da Outra que a recebeu tão bem.
Dandinha cantou, Maria acompanhou mais e, numa solidariedade companheira de duas colegas que dividem o palco e brincam de felicidade, as cantoras deram-se ao deleite de bem cantar. Dandinha, como qualquer mortal, emocionada, agradeceu aquele tempo de estar ali, ao lado do lado da Outra que a recebeu tão bem.
Gadú, em seus enleios melódicos, musicais embates sonoros ampliados pela
Banda inteira que a segue (baixo, celo e bateria) brindou a cidade em um duplo,
pois ao fim do Projeto Seis&Meia, a artista se preparou para + um retorno,
o Show extra da cantora, às 21 horas.
O público lá fora, irascível. Ainda bem
que não se podia mais cantar aquele refrão: “chove lá fora...". A chuva havia
parado e a precipitação era só mesmo do público, do segundo show, que aguardava
impaciente.
(simples, carismática, presente/fotos: Carla Ramos)
Quando ela voltou. Era ela, era a outra ela, era a mesma ela
em nova energia consentida pela felicidade, como declarou, da grata surpresa de
ter público para outro show, depois do que realizaria no Projeto Popular.
Lembrou que havia encontrado com o Fábio Novo e o Carlos Anchieta (produtor do Projeto), em Trancoso, na Bahia, quando esteve na companhia de Elba
Ramalho, no mês de janeiro último e que Fábio e Carlinhos convidaram-na a vir
ao Piauí, fazer um Seis&Meia. Topou na hora.
Não deu outra. Ela veio, viu e venceu a cidade toda, que
acorreu ao seu chamado. Dois grandes shows. Uma mesma artista, dividindo emoção
e alegria de estar em Teresina. E, para seu público, um doce deleite em ouvir
cantar e crer que Gadú canta tanto e somente e mais o que não pode calar.
Esse Projeto Seis&Meia rugiu sua força de estabelecer
fronteiras abertas da MPB e foi sucesso garantido, quando recebeu Maria Gadú e
Dandinha.
Um show, duas sessões, as vozes, a canção.
Fosse para definir PhD do
solo, na canção brasileira, terra musical da boa estação, seria Sete vezes Seis&Meia!
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