Criança e literatura
por maneco nascimento
Um dia de literatura para criança, em prática
teatral e de música instrumental, selou pauta no Complexo Cultural do Matadouro
– Teatro do Boi. A hora e vez eram a dois autores nacionais, Monteiro Lobato e
Assis Brasil.
As atividades de educação e cultura, através de contação de histórias, homenagem a autores brasileiros e oficinas de arte visuais, tiveram início a partir das 8 da matina, começando pela parte de música e seguida do teatro.
As atividades de educação e cultura, através de contação de histórias, homenagem a autores brasileiros e oficinas de arte visuais, tiveram início a partir das 8 da matina, começando pela parte de música e seguida do teatro.
Em apresentação às crianças do
ensino fundamental menor da Escola Municipal Bezerra de Menezes, o primeiro
momento foi de um grupo de sopro, destacado da Orquestra Sinfônica de Teresina
- OST.
Numa aula apresentação, o músico apresentou instrumentos (flautas) e, em seguida, tocou canções infantis, entre elas, o tema do Sítio do Picapau Amarelo, de Gilberto Gil. Na esteira de atrações culturais foi a vez da contação de história, baseada em obra de Assis Brasil.
Numa aula apresentação, o músico apresentou instrumentos (flautas) e, em seguida, tocou canções infantis, entre elas, o tema do Sítio do Picapau Amarelo, de Gilberto Gil. Na esteira de atrações culturais foi a vez da contação de história, baseada em obra de Assis Brasil.
(autor piauiense Assis Brasil/foto: assisbrasilimortal.blogspot.com.br)
A prosa escolhida para enredo
dramático foi “O cantor prisioneiro”. A
performance cênica, a partir da obra homônima do escritor piauiense, de
Parnaíba, foi adaptada por Vitorino Rodrigues que, por sua vez também fez as
artes ao narrador e mãe do garoto, dividindo palco com Márcio Felipe Gomes, para domínio da
personagem do sabiá papo amarelo e do garoto, caçador de pássaros.
A fábula de adaptação
dramatúrgica chamou a atenção do público infantil para a reflexão acerca de
prisão e liberdade de pássaros e outros bichinhos. O mote, colhido de texto
original, um sabiá caído em alçapão e feito “refém” de uma velha senhora, como
presente trazido por seu filho.
Há na dramaturgia, de Vitorino
Rodrigues, belos momentos de licença poética, em imagens e sons que reproduzem
vida livre de pássaros em seu habitat natural e, especialmente, o voo da
liberdade, quando se concretiza a fábula representada, é de rara beleza
imagética que reúne luz, imagem real e sombras animadas da ascensão à vida
livre.
De enredo natural de Assis
Brasil, o diretor de cena colheu, em sua dramaturgia, elementos que simbolizam
liberdade e recolhimento, tristeza da prisão e alegria da conquista das asas e
o discurso de reparação de atitudes que cercam, com mesquinhez e egoísmo, a vida
e memória de outros bichos, feitos cativos pelo “carcereiro” inconsciente. A narrativa
apresentada pelo contador da história ainda não adquiriu, na montagem, o ponto
de fluidez da mensagem, mas os momentos do voo do pássaro são de sensibilidade
plástica.
No cronograma de atrações aos
escolandos, a manhã foi finalizada com as oficinas de Ponteira para lápis
(biscuit); Dedoches e Marcador de Texto; Pintura de Máscaras e Marcador de
Texto. Tanto as atividades das oficinas e convite aos artistas que demonstraram
sua arte, através da música e do teatro, foram promovidas e patrocinadas pelo
SESC PI, dentro da programação do Dia Nacional da Literatura Infantil –
Monteiro Lobato, ação de pedagogia transversalizada pela E.M. Bezerra de Menezes,
vizinha do Teatro do Boi.
No turno da tarde, as mesmas
ações culturais se repetiram à clientela do outro turno escolar e + uma vez se
viu a alegria e contentamento infantis. Crianças recebiam, com muita felicidade,
um momento diferenciado do cotidiano da sala de aula. Uma hora incomum e
mágica. A partir das 14h30, outro grupo, embasado na sonoridade de sopros, deu sua
contribuição, só que desta vez, além de apresentar os instrumentos musicais,
tocou músicas natalinas. Era festa para guardar e regurgitar depois.
Vitorino Rodrigues e Márcio
Felipe Gomes repetiram “O cantor prisioneiro” para, em nova sessão e novo
público, enlear e aproximar magia, mundo fantástico, arte e cultura ampliada ao
mundo infantil.
Além do novo turno de oficinas,
as crianças puderam, ainda, apreciar exposição, em banner, que reproduzia o
grande mestre da literatura infantil brasileira e suas personagens
inesquecíveis, saídas das páginas de “O Sítio do Picapau Amarelo”.
(Monteiro Lobato,o pai da literatura infantil nacional/foto: wikipédia)
Criança precisa de sonho e
fantasia, cultura e alegria que as mantenha donas de seu mundo de criança. E nesse
dia 03 de maio de 2013, no Complexo Cultural do Matadouro – Teatro do Boi,
Monteiro Lobato e Assis Brasil dialogaram, numa conversa de autores criadores em
linguagem a infantes e tiveram êxito.
As iniciativas da Escola
Municipal Bezerra de Menezes, em parceria com o SESC PI, gerou ótima espécie e
o Teatro do Boi registrou, em borderô, esse dia de criança e literatura.
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