por maneco nascimento
Já se vai quase um mês desde que vi uma montagem escolar de “O Lago dos Cisnes”. Crianças de diversas idades, concentração fechada no ensaiado e todo um empertigado artístico de estarem fazendo o que gostam por escolha, dançar.
A adaptação, para o palco do Theatro 4 de Setembro, vinha da Escola de Dança do Estado do Piauí “Lenir Argento” , que apresentou o resultado de final de ano (2012), nos dias 18 e 19 de dezembro, em sessões das 16h e 19 horas.
Conferi a sessão das 19 horas, do dia 19, numa noite bem disputada por pais, amigos, parentes outros, curiosos, professores e olheiros do trabalho alheio para virem onde funcionou, ou não.
Funcionou muito bem a montagem de “O Lago dos Cisnes”, com a comunidade de escolandos e professores da “Lenir Argento”. E como resultados não vêm sem uma delegação constituída para insuflar a dinâmica de arte, então estiveram lá dando o gás ao objeto finalizado a equipe da Escola, Datan Izaká de Araújo Fortes (Coordenação Geral) e Paulo Beltrão (Coordenação Pedagógica) e Ana Melo, Datan Izaká, Janaína Lobo, Jandira Leite, Paulo Beltrão e Weyla Carvalho (Coordenação Político-pedagógica).
Como me informou, durante a apresentação de 2ª. Sessão do dia 19 de dezembro, a também professora Weyla Carvalho, todo o trabalho de montagem começa com prazo de três meses em aulas isoladas nos níveis de aluno(a)s para a criação e ensaios das coreografias. Depois se realizam os ensaios coletivos que dão o formato final do resultado visto.
(exercício clássico na Escola "Lenir Argento/foto: www.cultura.gov.br)
A montagem envolve desde crianças, adolescentes, jovens aluno(a)s, professores da instituição e convidados. Também carecem, isto se viu durante o espetáculo, adaptações para contemplar todo o corpo de estudantes da Escola.
O que foi apresentado naquela curta temporada (18 e 19 dez. 2012) da Escola de Dança do Estado do Piauí “Lenir Argento” nunca seria de se jogar fora. Grupos de bailarin(o)as aspirantes a profissionais da dança, demonstrando o seu melhor e preservando a identidade do laboratório formador de futuros artistas/técnicos da linguagem do clássico, enquanto escola de tradição e método escolástico.
Crianças lindas, adolescentes envolvido(a)s e jovens continuadores da técnica assimilada em sala e devolvida ao público atento e muito interessado. A estética da obra presente em um coletivo envolvente, não sem que houvesse uma facilitada técnica e dinâmica artística que impregnavam os futuros bailarino(a)s posto(a)s à prova.
Os figurinos, assinados por Raimunda Nunes Fortes, e confeccionados por Raimunda Nunes Fortes, Dilma Fortes, Kleriane Amorim, Hilma, Mara, Toínha, Aureni Oliveira, Marlene Carvalho e Victória, davam uma clara idéia da identidade, em segunda pele, das personagens interpretadas no drama. Os adereços de Kleriane Amorim e Wilson Costa, cenário de Magriff Muller completavam, junto com o mapa de luz aplicado por Renato Caldas e Pablo Gomes, o desenho de palco à cena realizada.
Os artistas de cena que preencheram os espaços dramáticos em determinadas coreografias, como as personagens dramáticas, também não podem prescindir de citação. “Odette/Odille”(Hellen Mesquita, Aline Guimarães); “Príncipe Siegfried”(Eduardo Araújo e Alef Albert); “Von Rothbart”(Carlos Sabóia); “Rainha”(Manuela Monte e Socorro Bernabé). Nas coreografias, “Pas de trois”(Luma Braga, Maria Cecília e Miguel Eugenio); “Pas de Quatre” (Hávila Raphaela, Nathália Raquel, Thayra Tulipa e Yana Leticie); “Dueto”(Mariana Nívea e Isabela Luz).
Nos coletivos das turmas envolvidas, por Atos: Ato I – “Grande Valsa” (07º e 08º anos); “Mazurka Final” (03º e 04º anos A); Ato II - “Ballet Blanc” (03º ano B e 05º ano A); Ato III - “Napolitanas” (01º ano B); “Húngaras” (01º anos A e E);“Pretendentes” (Turma Especial e 06º A);“Espanholas” (01º anos D e F);“Italianas” (02º ano A e 01º ano G);“Mazurka” (01º anos H e C) e Ato IV - “Ballet Blanc” (03º ano C e 04º anos B e C).
“O Lago dos Cisnes”, relido da velha fórmula de tradição clássica pela Escola de Dança do Estado do Piauí “Lenir Argento”, desempenhou função colaborativo social e construtivo pedagógica da estética de tradição, facilitadora da linguagem do balé clássico, ao passo em que repercutiu lição escolar de práxis à expiação pública.
Não deveu a nenhum outro resultado de academias de dança da cidade, ao contrário ficou na escala de ponta, como padrão de estímulo/resposta bem finalizado. E, como memória é para ser guardada, então que se registre, em memória, aos futuros amantes “O Lago dos Cisnes”, da “Lenir Argento”.
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