por maneco nascimento
Marcada, para às 19 horas, a solenidade de entrega do Título de Cidadania Teresinense ao promotor cultural João Vasconcelos, demorou uma hora para então começar, mas quando deslanchou regou as horas de alegria, felicidade, encontro de amigos, artistas, familiares do homenageado, todos acorreram para prestigiar o + novo cidadão de Teresina.
Numa iniciativa do vereador Tiago Vasconcelos, o ritual de passagem de cidadão beneditinense para teresinense fez-se com composição de mesa, presidida pelo vereador e representante oficial da Câmara Municipal de Teresina, a concessora do Título.
As personalidades à mesa, Cineas Santos, Presidente do Conselho Estadual de Cultura; Socorro Arraes, do Conselho Tutelar; Dona Maria de Deus Sousa Vasconcelos (mãe de João) e Lourdes Vasconcelos, mulher do Vasconcelos. O Presidente da Mesa leu o decreto em que a Câmara Municipal votou e aprovou a concessão do Título e, em seguida, o diploma foi entregue ao Titular da honraria.
Nas falas de Tiago, lembrou das memórias familiares de infância, envolvendo João Vasconcelos e os primeiros sinais que o definiria como o artista em que se tornou. Em seguida, na quebra do protocolo, foi concedida a fala à Socorro Arraes, amiga e vizinha do casal João e Lourdes Vasconcelos. Falou da amizade e do crédito que fez ao amigo artista e do orgulho de dividir essa amizade com alguém que desempenha cultura na cidade e também no Piauí.
Em seguida, as falas foram dadas a João Vasconcelos que discorreu sobre a infância, aos seis anos, quando fugiu de casa, mesmo com febre alta, para assistir na casa da vizinha a novela Selva de Pedra (de Janete Clair). Daquela fuga à casa da comadre Zezé para ver seus ídolos, Francisco Cuoco e Regina Duarte, já se desenhava o futuro artista que, sendo de família tradicional e da religião Assembleia de Deus, ainda assim rompia a tradição para buscar suas escolhas.
Agradeceu ao deputado Fábio Novo, por ter acreditado nele, João, e o colocado na direção do Theatro 4 de Setembro, local em que fez a primeira oficina de teatro, ministrada por Lorena Campelo. Disse que as suas escolhas contribuíram para que, naquela noite, se se pudesse tornar cidadão teresinense. Que o universo conspirou para que sua vida, sua carreira e aquele momento estivessem juntos para definição do Título recebido.
Agradeceu também à família, ao vereador Tiago, à Câmara Municipal e à cidade que o tornara cidadão dela. Finalizou dizendo que Teresina é o melhor lugar do mundo. Desfeita a mesa oficial, Vasconcelos convidou o público a permanecer no Theatro para, em dez minutos, poder conferir o espetáculo musical #Fama#emtemporeal#.
O espetáculo reuniu 19 artistas, entre músicos (Fábio Mesquita, Lucas Coimbra, Lucas Santana, Machado Jr., Roberto Carvalho); cantores (Vieira Neto, Lucas Coimbra, Machado Jr.) e cantora (Gislene Danielle); bailarinos (José Carlos Santos e Robert Rodriguez) e bailarinas (Chica Silva, Jeciane Sousa); atores (João Vasconcelos, Adriano Abreu) e atrizes (Stella Simpson, Edithe Rosa) e técnicos (Antonio José, Pablo Erickson, Fabiano Bezerra, Márcio Britho) e a participação especial do Balé da Cidade de Teresina.
Impactante, atraente, e um transversal de linguagens que dialoga com cinema, teatro, dança, música e canções as + emblemáticas que se tem notícia na história da telona e musicais e shows que marcaram o Brasil e o mundo.
Não há ninguém que tenha ficado de fora da mágica do teatro apresentado. Nem artistas, nem público. Uma cumplicidade vai sendo construída com humor, drama, música ao vivo e a reprodução do cotidiano de bastidores de montagem de espetáculo.
Gislene Danielle fez as vezes de homenagem a Elis Regina, interpretando "Como Nossos Pais", de Belchior, canção do musical Falso Brilhante, de 1975. Ela foi maravilhosa! E ainda voltou interpretando tema de A Noviça Rebelde e ABBA e... Gislene se garantiu muuuito.
Vieira Neto, desde o metateatro do teste para o musical, cantando Beatles, já diz a que veio e vai desfiando, a cada canção, um talento e presença de palco poderosamente eficazes para pop, rock e românticos pop e rock biz.
Lucas Coimbra também não fica atrás, além da direção musical do espetáculo, encanta em "Singin in the rain" (Cantando na Chuva) e na dobradinha com Gislene Danielle para sucesso do ABBA e mais outras canções em coletivo.
Machado Jr., músico do espetáculo, confere seu contrabaixo à somar sonoridades e ainda pesa no acústico de "Footloose", acompanhado da escaleta de Fábio Mesquita.
Há um conjunto inabalavelmente concentrado em marcar alegria no espetáculo #Fama#emtemporeal#.
Jeciane Sousa está tão presente com energia, graciosidade e quase em todos os momentos do musical. Seguida de muito perto pelos talentos de Chica Silva, que acumula as coreografias na montagem; José Carlos Santos e Robert Rodriguez, que não só dançam e atuam bem, como possibilitam bons momentos de humor e refresco ao show de estrelas, dividindo a mesma constelação.
Edithe Rosa e Stella Simpson têm, como todo(a)s o(a)s colegas de cena, seu tempo de brilho e de picardia elevada. Compõem nesse coletivo musical "timing" e histrionismo afiado. Diz-se na linguagem do teatro que quando o universo conspira a arte cênica se estabelece plena.
Assim é em #Fama#emtemporeal#, com direção geral, de João Vasconcelos e direção de cena, de Adriano Abreu. O espetáculo rende homenagens a grandes intérpretes, grandes canções, musicais, temas e cenas de cinema, aos nossos queridos astros e estrelas desaparecidos, recentemente. Mas, especialmente, valoriza a memória da boa arte e da referência de quem fez arte à posteridade.
Pasmem! O público que lotou o Theatro, na noite de 05 de dezembro de 2016, estava atento e cumplicizou a arte que se lhe foi oferecida. A noite cumpriu Baco, Pan, Orpheu, e todo(a)s o(a)s deuse(a)s da melopeia ao drama musical apresentado.
Uma noite recheada de #Fama#! Festejos ao Título de Cidadão Teresinense concedido a João Vasconcelos e, de quebra luxuosa, #Fama#emtemporeal# para completar um dia conspirado de arte e cultura musicais.
fotos/imagem: (Jorge Carlo)
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