por maneco nascimento

Numa iniciativa do vereador Tiago Vasconcelos, o ritual de passagem de cidadão beneditinense para teresinense fez-se com composição de mesa, presidida pelo vereador e representante oficial da Câmara Municipal de Teresina, a concessora do Título.

Nas falas de Tiago, lembrou das memórias familiares de infância, envolvendo João Vasconcelos e os primeiros sinais que o definiria como o artista em que se tornou. Em seguida, na quebra do protocolo, foi concedida a fala à Socorro Arraes, amiga e vizinha do casal João e Lourdes Vasconcelos. Falou da amizade e do crédito que fez ao amigo artista e do orgulho de dividir essa amizade com alguém que desempenha cultura na cidade e também no Piauí.
Em seguida, as falas foram dadas a João Vasconcelos que discorreu sobre a infância, aos seis anos, quando fugiu de casa, mesmo com febre alta, para assistir na casa da vizinha a novela Selva de Pedra (de Janete Clair). Daquela fuga à casa da comadre Zezé para ver seus ídolos, Francisco Cuoco e Regina Duarte, já se desenhava o futuro artista que, sendo de família tradicional e da religião Assembleia de Deus, ainda assim rompia a tradição para buscar suas escolhas.
Agradeceu ao deputado Fábio Novo, por ter acreditado nele, João, e o colocado na direção do Theatro 4 de Setembro, local em que fez a primeira oficina de teatro, ministrada por Lorena Campelo. Disse que as suas escolhas contribuíram para que, naquela noite, se se pudesse tornar cidadão teresinense. Que o universo conspirou para que sua vida, sua carreira e aquele momento estivessem juntos para definição do Título recebido.
Agradeceu também à família, ao vereador Tiago, à Câmara Municipal e à cidade que o tornara cidadão dela. Finalizou dizendo que Teresina é o melhor lugar do mundo. Desfeita a mesa oficial, Vasconcelos convidou o público a permanecer no Theatro para, em dez minutos, poder conferir o espetáculo musical #Fama#emtemporeal#.
O espetáculo reuniu 19 artistas, entre músicos (Fábio Mesquita, Lucas Coimbra, Lucas Santana, Machado Jr., Roberto Carvalho); cantores (Vieira Neto, Lucas Coimbra, Machado Jr.) e cantora (Gislene Danielle); bailarinos (José Carlos Santos e Robert Rodriguez) e bailarinas (Chica Silva, Jeciane Sousa); atores (João Vasconcelos, Adriano Abreu) e atrizes (Stella Simpson, Edithe Rosa) e técnicos (Antonio José, Pablo Erickson, Fabiano Bezerra, Márcio Britho) e a participação especial do Balé da Cidade de Teresina.
Impactante, atraente, e um transversal de linguagens que dialoga com cinema, teatro, dança, música e canções as + emblemáticas que se tem notícia na história da telona e musicais e shows que marcaram o Brasil e o mundo.
Não há ninguém que tenha ficado de fora da mágica do teatro apresentado. Nem artistas, nem público. Uma cumplicidade vai sendo construída com humor, drama, música ao vivo e a reprodução do cotidiano de bastidores de montagem de espetáculo.

Gislene Danielle fez as vezes de homenagem a Elis Regina, interpretando "Como Nossos Pais", de Belchior, canção do musical Falso Brilhante, de 1975. Ela foi maravilhosa! E ainda voltou interpretando tema de A Noviça Rebelde e ABBA e... Gislene se garantiu muuuito.


Machado Jr., músico do espetáculo, confere seu contrabaixo à somar sonoridades e ainda pesa no acústico de "Footloose", acompanhado da escaleta de Fábio Mesquita.


Jeciane Sousa está tão presente com energia, graciosidade e quase em todos os momentos do musical. Seguida de muito perto pelos talentos de Chica Silva, que acumula as coreografias na montagem; José Carlos Santos e Robert Rodriguez, que não só dançam e atuam bem, como possibilitam bons momentos de humor e refresco ao show de estrelas, dividindo a mesma constelação.


Assim é em #Fama#emtemporeal#, com direção geral, de João Vasconcelos e direção de cena, de Adriano Abreu. O espetáculo rende homenagens a grandes intérpretes, grandes canções, musicais, temas e cenas de cinema, aos nossos queridos astros e estrelas desaparecidos, recentemente. Mas, especialmente, valoriza a memória da boa arte e da referência de quem fez arte à posteridade.

Pasmem! O público que lotou o Theatro, na noite de 05 de dezembro de 2016, estava atento e cumplicizou a arte que se lhe foi oferecida. A noite cumpriu Baco, Pan, Orpheu, e todo(a)s o(a)s deuse(a)s da melopeia ao drama musical apresentado.
Uma noite recheada de #Fama#! Festejos ao Título de Cidadão Teresinense concedido a João Vasconcelos e, de quebra luxuosa, #Fama#emtemporeal# para completar um dia conspirado de arte e cultura musicais.
fotos/imagem: (Jorge Carlo)
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