por maneco nascimento

Jorge Aragão desceu do Rio de Janeiro e fez as vezes do samba, em Teresina, Piauí, dia 06 de dezembro de 2016.
Eram ainda os ecos do Dia Nacional do Samba (02 de dezembro), os reverberos naturais de comemorações dos 100 Anos do Samba brasis e era, ainda, a terça, a primeira terça de cada mês em que se tem um encontro marcado com o Projeto Seis&Meia. E era tempo de samba, porque os bambas deitaram e rolaram no palco do Theatro 4 de Setembro.

Gleydson cantou velhos sambas não banais, falou sobre a feliz hora de abrir um Seis&Meia e anteceder nada menos que o grande Aragão. Também falou de memória e história do samba nacional e fechou sua noite com um samba da mangueira. E ficou na boa tradição de bamba.
Depois, Salve Jorge! Ele chegou meio de mansinho, mas cheio de samba. Cantou velhos sucessos e o público correspondeu em coro. Cantou uma canção de 40 anos e a resposta, vindo da plateia, surpreendeu o artista que riu, com uma feliz emoção, da recepção em boa acolhida. Era o bom e velho samba de Jorge Aragão contagiando a todos, jovens, adultos, idosos e toda a gente que veio para ouvir as vozes do samba brasileiro de todas as gerações ali representado.
Feito as horas do Seis&Meia, Aragão saiu a uma pequena pausa e voltou com a + e muita energia para cantar uma segunda vez. Era a vez da Sessão Extra Jorge Aragão. Ele veio, viu, cantou como sempre com alegria e carisma renovados, e venceu + um tempo na canção brasileira de todas as estações.

Quem veio ver Jorge Aragão, com certeza gosta de samba e ainda que não tenha nascido, nem se criado para o samba, mas com certeza estava ali por ter aprendido a não se separar do samba, quando ele pede passagem. Teve público do samba no pé, de ensaiar passinhos com parceiros/as e curtir a noite adoidado, porque era tempo de ser samba.
Jorge aqueceu o gogó e dividiu a energia às duas sessões show e ainda cedeu a gentileza de atender a fila de tietes que foram pedir um autógrafo, ver seu ídolo, registrar um selfie precioso. Este é o artista popular que desceu o morro, subiu o asfalto, ganhou os palcos e marcou memória e história da MPB e fez-se Jorge Aragão para alegria de seu público.
Última edição do Seis&Meia 2016, afinou os contentes neste dezembro de 2016, como Mart'nália o fez em dezembro de 2015. Duas noites, dois dezembros, dois anos, duas Estrelas do Samba ilustraram de boa emoção as noites de últimas edições respectivas.

Mas Vinícius de Moraes e Tom Jobim desmentem qualquer alusão a desmerecimento do samba, ou do morro que o fez de moradia e terra de criação, quando dizem que "O Morro não tem vez", mas é que tratam é do samba.
"O morro não tem vez/E o que ele fez já foi demais/Mas olhem bem vocês/Quando derem vez ao morro/Toda a cidade vai cantar/É um,é dois, é três/É cem, é mil a batucar/O morro não tem vez/Mas se derem vez ao morro/Toda a cidade vai cantar"
(O Morro Não Tem Vez/Vinícius e Tom)
Toda a Teresina, que acorreu ao Seis&Meia e ao Show Extra Jorge Aragão, cantou e cumpriu felicidade na companhia de bambas e na atração de sambas.
Salve, Jorge! Jorge Aragão e Robert Gleydson!
fotos/imagens: (acervo Projeto Seis&Meia// e Renato Caldas)
Simmm! Tudo de bom!
ResponderExcluirAmei o show!
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