3 em 1: Arrumadinho
por maneco nascimento
Era o dia 21 de janeiro de 2016 e muitas novidades povoaram
aquele dia, entrando pela noite. Pela manhã, a partir da 9h30, o Club dos
Diários foi reaberto, após uma ampla restauração e modernização do Equipamento
cultural.
Era tempo de pompas e circunstâncias merecidas, afinal
ninguém reabre suas portas à comunidade, impunemente. Já de entrada, na
calçada/jardim e no Hall do Club dos Diários, autoridades e público convidado
foram recepcionados pelo Quarteto de Cordas da Orquestra Sinfônica de Teresina –
OST.
Em seguida, já no Salão/Galeria do Club, a assistência teve
uma recepção dança valsa temática, com bailarinas da Escola de Dança do Estado
do Piauí “Lenir Argento”, em coreografia de Datan Izaká, para Valsa de
Possidônio Queiroz, músico natural de Oeiras, Pi.
Dali o público seguiu ao auditório do Teatro “Torquato Neto”
que também recebia as boas vindas de reabertura, já que o Equipamento, contido
no Club dos Diários, acompanhava todo o investimento sofrido e fazia parte de
novo Espaço também reinaugurado.
No palco, o público foi recebido por tempo transversado, em
espetáculo litero-musical, de “Geleia Geral”, dirigido por Vitorino Rodrigues, a
partir da obra do Anjo Torto e, encenado, por intérpretes da Cia. Conexão Street,
que antropofágicos engoliram a platéia.
O Quarteto de Cordas e Gislene Danielle&Edivan Alves,
na sequência, entoaram o Hino do Piauí, com toda a resposta de quem bem sabe usar a voz, como bom instrumento, a delicados de estético vocais. O Hino definiu marco para a abertura das falas oficiais de
entrega do Prédio restaurado à comunidade.
As falas inspiradoras vieram de Lari
Salles, Presidente do SATED PI, representando a classe artística; João Vasconcelos,
Coordenador do Complexo Cultural Club dos Diários/Theatro 4 de Setembro; Fábio
Nunez Novo, Secretário de Estado de Cultura do Piauí e o Governador do Estado,
Wellington Dias.
As falas de representantes e autoridades se entrelaçaram a
ampliar olhar e apresentar impressões sobre o fazer cultural, investimento na
arte manifestada da cidade e estado e atenções e intenções de manter, em
dinâmica moto-contínua, a canalização de ações que repercutam políticas
públicas de cultura.
Foi uma manhã artística, cultural e também de política ali
direcionada à injeção de ânimo, esperança, vontade de aplicar-se sensibilidade
e ação prática ao produto cultural local. Havia uma concorrência pública, bem
considerável, que lotou o auditório do reinaugurado Teatro “Torquato Neto”. Também acomodou-se, na Galeria do Club dos Diários, e acompanhou o evento, a
partir de telões espalhados no Salão. Era uma luminosa manhã de 21 de janeiro.
Mas o dia não acabou ali. Havia uma programação teatral à
noite, no palco do Teatro “Torquato Neto”. A estréia do espetáculo “Arrumadinho
– Mostra de Futuros Autores”. O enredo dramático, encenado, reunia nove
esquetes selecionados da Oficina de Esquetes de Humor, ministrada por Ísis
Baião, no Theatro 4 de Setembro, nos
últimos três meses do ano de 2015.
(a atriz Célia Lopez e a dramaturga Ísis Baião/foto Célia Lopez)
No elenco, Célia Lopez, Giordano Gabriel, Hugo Lenes, Jimmy Charles, Joyce Amorim, Luma Alves e Mary Gonzalez&Gonzalez, mais a intervenção musical do Projeto “Porco Macaco” (Jimmy Charles, Thiago Reis e Wesley Francucci). A direção de Edinho do Monte.
No elenco, Célia Lopez, Giordano Gabriel, Hugo Lenes, Jimmy Charles, Joyce Amorim, Luma Alves e Mary Gonzalez&Gonzalez, mais a intervenção musical do Projeto “Porco Macaco” (Jimmy Charles, Thiago Reis e Wesley Francucci). A direção de Edinho do Monte.
“Arrumadinho” cumpriu seu papel de
apresentar textos produzidos por futuros novos autores, saídos quentinhos da Oficina
oferecida por Ísis Baião. Hugo Lenes e Mary Gonzalez &Gonzales representaram
os outros colegas, da prática da Oficina, com esquetes de humor super humorados.
A apresentação se deu com quadros de encenação, entrecruzada com a intervenção musical humorada do Projeto "Porco Macaco". O público pode se
divertir com os resultados encenados, ou realizados em leituras dramáticas.
O elenco manteve um desempenho muito eficaz, recorte mais
expressivo para Célia Lopez e Mary Gonzalez &Gonzalez, que incrementaram
uma pintadinha a mais, no caldeirão de humor equilibrado das interpretações das
personagens espiadas.
A participação do Projeto "Porco Macaco" acabou impondo uma
dicotomia em “Arrumadinho”. Um trio de artistas músicos humorado, em repercutido
de músicas variáveis, entre pequenas escatologias, ironia venal, paródias muito
risíveis e ritmos e melódicos musicais muito bons.
Havia a parte teatral, que deveria impor a principal ficha
do Projeto encenado, e entrava a musical que abria margem a outro espetáculo,
muito divertido. Mas, uma quebra na dramaturgia de textos dramáticos dos
esquetes de humor, embora com proximidade de linguagem, já que tudo era humor e
picardias e ironias estéticas de espetáculos.
“Arrumadinho” acabou 1 X 1. A dramatização dos esquetes e o show
de humor musical do Porco Macaco. No “frizzar” dos genes estéticos de humor,
duas fichas lançadas no jogo da cena, cada uma a seu turno, realizando arte e
cultura à recepção pública.
Do planejado ao dia 21 de janeiro, a reabertura do Club dos
Diários e Teatro “Torquato Neto”, pela manhã, e a estréia do espetáculo
intervenção “Arrumadinho”, três em um se fez obra e arte realizados:
A reabertura do renovado Club (Galeria de Artes, Teatro “Torquato
Neto”, Espaço Cultural “Osório Jr.” e Bar do Club dos Diários); a estréia do Espetáculo
de esquetes de humor “Arrumadinho” e o Show musical de humor e picardias do
Projeto "Porco Macaco".
Um projeto de novidades necessárias e definitivas de arte e cultura, três em um. Um 3 em 1: Arrumadinho.
Muito interessante suas observações, sobretudo acerca da intervenção musical do espetáculo... Comungo da sua opinião no que do respeito da 'quebra de dramaturgia' ocasionada pela banda, talvez pela necessidade de apresentarem-se como show... Enfim, ótimo texto, Maneco. Parabéns pela excelente apresentação de mais um capítulo do cenário artístico piauiense!
ResponderExcluiran-ham...hun-hum...
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