Batalha musical
por maneco nascimento
Um grupo de + de 50 artistas de
Teresina prepara-se para + uma Batalha cênica. O espetáculo “A Batalha do Jenipapo”,
encenado em Campo Maior, há + de uma década, reinventa a memória da guerra de
foices contra canhões e voltará a ser reapresentado dia 13 de março de 2013, a
partir das 18 horas, na cidade dos carnaubais, ao norte do estado. O palco
aberto será em campo de cena ao lado do Monumento Heróis do Jenipapo (criado em
1973), às margens da BR 343. Um espetáculo sempre esperado.
(Memorial Heróis do Jenipapo/foto colhida de: viverteresina.blogspot.com)
Projeto nascido das forjas do
governo do estado, à época do governador Mão Santa, ganhou agenda no calendário
oficial e desde então tem-se mantido fiel à memória e história contada e visto
por muitas autoridades políticas, convidados, estudantes e o povo que acorre ao
palco da encenação. No início teve dramaturgia
literária realizada a partir de pesquisa do jornalista Chico Castro e texto
adaptado por Aci Campelo. A direção de cena, durante alguns anos, foi de Arimatan
Martins.
(publicação de Chico Castro/foto colhida de: viverteresina.blogspot.com)
“A Batalha do Jenipapo” também já
teve uma versão dirigida por Siro Siris. A atual direção é do ator, autor,
diretor de teatro e cinema, Franklin Pires que, nesse ano de 2013, traz + uma
boa novidade. A Batalha desse ano será musical. Com texto adaptado por Bernardo
Aurélio, a partir de seu próprio livro, em quadrinhos, “Foices e Facões - A
Batalha do Jenipapo”; a direção geral é de Franklin Pires; a direção de
movimentos coreográficos de Valdemar Santos e a direção musical e preparação
vocal de Edivan Alves e Gislene Danielle.
(Ator representando D. Pedro I, na encenação/foto colhida de: viverteresina.blogspot.com)
Já pesquisaram esse assunto e
registraram, em livros, os piauienses, a professora-doutora em história
Claudete Maria Miranda Dias, Francisco Castro, Abdias Neves, Caio Tiago e
Bernardo Aurélio. Cada um registrou seu olhar e pesquisa a esse episódio sangrento
de piauienses contra portugueses.
“Claudete Maria Miranda Dias
relata que mais de 2.000 pessoas entre fazendeiros, oficiais militares,
vaqueiros, lavradores, artesãos, escravos e roceiros foram lutar contra os
soldados portugueses no campo de batalha, usando foices, facões, machados, enxadas
bem como outros instrumentos domésticos."(meuartigo.brasilescola.com/por: DOURIEDSON ALVES DA SILVA)
Essa história real de adesão à
Independência do Brasil é contada através do teatro a céu aberto e fideliza
arte, cultura e educação na forma de dramatização de um dos primeiros
movimentos que aderiu ao Brasil livre de Portugal. E a história registrada nos
lega dados impressionantes. O exército português era poderoso contra as gentes simples
piauienses.
“Do lado oposto havia soldados
treinados, entre 1.600 a 1.800 homens, na cavalaria, fuzilaria, homens de
infantaria, todos equipados e armados, com 11 peças de artilharia, um canhão e
lançadoras de granadas, conforme relata a professora Claudete Maria Miranda
Dias.” (Idem)
A história idealizada à
encenação reúne dramaturgo, diretores, atores e atrizes, cantores líricos,
coreógrafos, bailarinos e bailarinas e a energia do teatro do fingimento e da
recuperação da arte e cultura dramáticas. A dramaturgia de cena, em todas as
versões vistas, procura dar vida e documentar cenicamente um fato que marcou a história
brasileira e definiu força para que o restante do país apoiasse a causa
nacional.
“A batalha do jenipapo ocorreu junto do Riacho
Jenipapo na cidade de Campo Maior – Pi. Houve uma importante luta sangrenta
envolvendo soldados treinados do governo de Portugal, fortemente armados, e
cidadãos comuns piauienses, na data de 13 de março de 1823, cujas
circunstâncias históricas consistia em tornar o Piauí livre da dominação
Portuguesa, uma vez que em 7 de setembro de 1822 o Brasil oficialmente se
declarava independente de Portugal.” (Idem)
(campos de Campo Maior/foto colhida de: viverteresina.blogspot.com)
Em 13 de março de 2013, no campo do Memorial
Heróis do Jenipapo, em Campo Maior, + uma vez a prática teatral, na mímesis da
vida real, reproduzirá a Batalha do Jenipapo, com o corpo falante de um elencão
de atores profissionais e amadores da cidade verde, que (en)cantarão numa
Batalha cantada.
Quem viver, verá que o teatro praticado na
cidade de Teresina tem vida útil, própria e criativa, ousada e, especialmente, aristotélica
para ficar no berço da memória original do teatro ocidental.
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