Vida em queda
por maneco nascimento
A noite do dia 25 de janeiro de 2012 foi de susto e estarrecimento para transeuntes, contumazes e trabalhadores da área do centro velho do Rio de Janeiro. “Três prédios desabaram no Centro do Rio. O desmoronamento ocorreu próximo das 21h, desta quarta-feira (25), na região da Rua Treze de Maio.” (w1TenMinutes, em 25/01/2012, 22h39 – atualizado em 25/01/2012 23h15/ crédito da G1 RJ, com informações da Globo News)
por maneco nascimento
A noite do dia 25 de janeiro de 2012 foi de susto e estarrecimento para transeuntes, contumazes e trabalhadores da área do centro velho do Rio de Janeiro. “Três prédios desabaram no Centro do Rio. O desmoronamento ocorreu próximo das 21h, desta quarta-feira (25), na região da Rua Treze de Maio.” (w1TenMinutes, em 25/01/2012, 22h39 – atualizado em 25/01/2012 23h15/ crédito da G1 RJ, com informações da Globo News)
(imagem aérea desabamento prédio/reprodução de foto da TV Globo)
“As equipes de resgate do Corpo de Bombeiros encontraram, na manhã desta quinta-feira (26), três corpos de vítimas do desabamento dos três prédios no Centro do Rio de Janeiro. De acordo com a corporação, entre as vítimas há um homem e uma mulher, ainda não identificados.” (Bombeiros encontram três corpos em desabamento no Rio/26 de janeiro de 2012 – 10:32/blog serido190, por magno césar)
(corpo de bombeiros em ação/foto colhida do blog serido90/magno césar)
“Equipes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro intensificaram hoje (26) as buscas por vítimas dos desabamentos de três prédios no centro da cidade. Pelo menos cinco pessoas ficaram feridas - quatro homens e uma mulher - e 20 estão desaparecidas. Cães farejadores identificaram dois focos onde, possivelmente, existam pessoas soterradas.” (Idem)
As chuvas, que voltam-se contra as populações serranas fluminenses e periferias cariocas, já causaram um bom estrago com deslizamentos e morte, nesses dias de verão.
E agora essa outra investida da natureza que pode ser creditada ao desgaste da engenharia civil praticada, movimentação de novas obras no prédio de vinte andares, ou até movimentação de placas tectônicas, no local, que incorresse a abalos que destruiriam prédios.
(pessoas sendo socorridas por policiais/foto de marcelo piu/agencia o globo)
O Teatro Municipal do Rio de Janeiro, vizinho aos prédios ruídos, por sorte ou estruturas melhor sedimentadas, não sofreu nenhum dano de impacta aproximação do acidente, pelo menos é o que se tem de informações até aqui. Continua de pé, lindo e testemunho da dor dos colhidos pela surpresa.
(prédios desabados e teatro municipal/foto recolhida do blog serido190/magno césar)
Embora haja suspeitas de + vítimas soterradas e provavelmente mais mortes, o grau de tragédia, sem minimizar a ação, poderia ter sido pior. Sorte de quem já havia deixado os prédios, escritórios e negócios ali instalados.
Fossem edifícios residenciais, restaurantes, lanchonetes, ou lugar de qualquer outra maior concentração humana, no horário, então teria sido uma grande pá de cal sobre filhos da cidade maravilhosa.
Famílias apreensivas com a perspectiva dolorosa de parentes presos, ou “enterrados” sob os escombros de antigas construções, sofreram no momento da notícia e sofrem ainda com a espera. Tempo de angústia e movimentos à fé e esperança.
Essas edificações cariocas poderiam ter suas estruturas de bases corroídas pelo tempo e ação da natureza das coisas, obras e vida implementadas pelo homem, construtor das coisas para homens e aspirações sociais de sobrevivência. Quem vê a notícia a partir dos canais de informações se comove, se incomoda, mas não há sofrimento particularizado.
São tragédias anunciadas, descuido humano inconsciente ou negligência de quem nunca acredita que o raio caia sobre a própria cabeça? Dúvidas a serem dirimidas, investigações técnico-científicas que desvendem o mistério da morte daqueles edifícios que tiveram vida rumo aos céus.
Agora tomam rumo ao imponderável, ou recuperação em casas de saúde, as vítimas colhidas no susto de estarem naquele lugar, em hora talvez errada e imprevisível. Vai-se saber.
O Rio continua lindo, com suas praias, calçadões, zona sul e largos da carioca e noites do Leblon e Ipanema. Dorme com o riso banguela da baía da Guanabara, para Claude Levy-Strauss e Caetano. E também acorda triste e comovido com a volta ao pó de prédios e gentes, sujeitos do movimento noticiado, no centro carioca da Treze de Maio, para tragédias de verão.
A coluna de Cláudio Humberto nos informa: “Estação das Flores. A Presidência da República reservou R$ 2,8 milhões para uma brigada de 72 pessoas deixar nos trinques os jardins do Alvorada e do Planalto até 2013. O serviço inclui nomear árvores e eliminar pragas e parasitas”.(claudiohumberto.@meionorte.com/26 de janeiro de 2012)
O Brasil solidário com tragédias cariocas e fluminenses, assim como de outras plagas nacionais, inverte oração forte em proteção as gentes simples e trabalhadoras da cidade maravilhosa, cheia de encantos mil.
E acena com uma corbélia de flores naturais, não do orçamento presidencial, mas da mata atlântica fluminense para perfumar essa hora triste dos cariocas de vida em queda.
“As equipes de resgate do Corpo de Bombeiros encontraram, na manhã desta quinta-feira (26), três corpos de vítimas do desabamento dos três prédios no Centro do Rio de Janeiro. De acordo com a corporação, entre as vítimas há um homem e uma mulher, ainda não identificados.” (Bombeiros encontram três corpos em desabamento no Rio/26 de janeiro de 2012 – 10:32/blog serido190, por magno césar)
(corpo de bombeiros em ação/foto colhida do blog serido90/magno césar)
“Equipes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro intensificaram hoje (26) as buscas por vítimas dos desabamentos de três prédios no centro da cidade. Pelo menos cinco pessoas ficaram feridas - quatro homens e uma mulher - e 20 estão desaparecidas. Cães farejadores identificaram dois focos onde, possivelmente, existam pessoas soterradas.” (Idem)
As chuvas, que voltam-se contra as populações serranas fluminenses e periferias cariocas, já causaram um bom estrago com deslizamentos e morte, nesses dias de verão.
E agora essa outra investida da natureza que pode ser creditada ao desgaste da engenharia civil praticada, movimentação de novas obras no prédio de vinte andares, ou até movimentação de placas tectônicas, no local, que incorresse a abalos que destruiriam prédios.
(pessoas sendo socorridas por policiais/foto de marcelo piu/agencia o globo)
O Teatro Municipal do Rio de Janeiro, vizinho aos prédios ruídos, por sorte ou estruturas melhor sedimentadas, não sofreu nenhum dano de impacta aproximação do acidente, pelo menos é o que se tem de informações até aqui. Continua de pé, lindo e testemunho da dor dos colhidos pela surpresa.
(prédios desabados e teatro municipal/foto recolhida do blog serido190/magno césar)
Embora haja suspeitas de + vítimas soterradas e provavelmente mais mortes, o grau de tragédia, sem minimizar a ação, poderia ter sido pior. Sorte de quem já havia deixado os prédios, escritórios e negócios ali instalados.
Fossem edifícios residenciais, restaurantes, lanchonetes, ou lugar de qualquer outra maior concentração humana, no horário, então teria sido uma grande pá de cal sobre filhos da cidade maravilhosa.
Famílias apreensivas com a perspectiva dolorosa de parentes presos, ou “enterrados” sob os escombros de antigas construções, sofreram no momento da notícia e sofrem ainda com a espera. Tempo de angústia e movimentos à fé e esperança.
Essas edificações cariocas poderiam ter suas estruturas de bases corroídas pelo tempo e ação da natureza das coisas, obras e vida implementadas pelo homem, construtor das coisas para homens e aspirações sociais de sobrevivência. Quem vê a notícia a partir dos canais de informações se comove, se incomoda, mas não há sofrimento particularizado.
São tragédias anunciadas, descuido humano inconsciente ou negligência de quem nunca acredita que o raio caia sobre a própria cabeça? Dúvidas a serem dirimidas, investigações técnico-científicas que desvendem o mistério da morte daqueles edifícios que tiveram vida rumo aos céus.
Agora tomam rumo ao imponderável, ou recuperação em casas de saúde, as vítimas colhidas no susto de estarem naquele lugar, em hora talvez errada e imprevisível. Vai-se saber.
O Rio continua lindo, com suas praias, calçadões, zona sul e largos da carioca e noites do Leblon e Ipanema. Dorme com o riso banguela da baía da Guanabara, para Claude Levy-Strauss e Caetano. E também acorda triste e comovido com a volta ao pó de prédios e gentes, sujeitos do movimento noticiado, no centro carioca da Treze de Maio, para tragédias de verão.
A coluna de Cláudio Humberto nos informa: “Estação das Flores. A Presidência da República reservou R$ 2,8 milhões para uma brigada de 72 pessoas deixar nos trinques os jardins do Alvorada e do Planalto até 2013. O serviço inclui nomear árvores e eliminar pragas e parasitas”.(claudiohumberto.@meionorte.com/26 de janeiro de 2012)
O Brasil solidário com tragédias cariocas e fluminenses, assim como de outras plagas nacionais, inverte oração forte em proteção as gentes simples e trabalhadoras da cidade maravilhosa, cheia de encantos mil.
E acena com uma corbélia de flores naturais, não do orçamento presidencial, mas da mata atlântica fluminense para perfumar essa hora triste dos cariocas de vida em queda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário