Joanna das canções
por maneco nascimento
Foi cantando, à capela, um sucesso do grande Gonzaguinha (Um homem também chora[Guerreiro menino]), que a cantora Joanna posou, feito Diva descalça às vezes e voz de rouxinol "selvagem", no palco do Theatro 4 de Setembro, para + uma emoção
da canção brasileira.
A noite era do Projeto Seis&Meia e seu público a aguardava para ouvir uma das cantoras que gerou muitos hits, a partir das década de 80 e avançou felicidade sobre os lares nacionais.
A compositora e intérprete carioca Joanna veio e deu seu Recado do que poderia ser e foi um grande show!
Mas, façamos as vezes das coisas primeiras. Na abertura local do Projeto Seis&Meia quem fez a noite começar, em grande estilo, foi Rosinha Amorim. Rosinha, acompanhada de Fábio Mesquita (direção musical); Paulo Dantas (contrabaixo) e Bruno Moreno (bateria), defenderam um ótimo repertório e a atração da terra foi ponte de melodias sentimentais de Estrela para Estrela.
Concentrada na voz afinada e canções do repertório nacional, Amorim, contagiou a plateia e foi Sabiá que expande canto quando a noite cai no calor do sertão e o tempo se finalizou para notas e cifras da boa e velha MPB.
Uma hora de Rosinha Amorim, muito bem acompanhada pelo coro da plateia, e uma alegria contagiante de ouvir uma das + belas vozes da cidade, que aponta para a cantora que canta porque o instante existe para expressão da voz e profissão conquistadas. Rosinha foi show+!
(Joanna, Fábio Novo e Rosinha Amorim na noite do Seis&Meia/foto: page F. Novo)
Depois de Rosinha, um tempinho para preparação de cena para Joanna e eis que ela chega em canção brasileira como fins de verão e anúncio das outras estações musicais do cancioneiro nacional.
Joanna testemunhou que é sempre uma alegria participar de Projetos como o Seis&Meia, que estes tipos de projetos deviam se perpetuar porque possibilitam que o artista mantenha contato direto com seu público e esteja perto para reviver as canções e seu canto às vezes do cancioneiro nacional.
O repertório quente, Gonzaguinha; Renato Teixeira; Cazuza; Fernando Brant/Milton Nascimento, Nos Bailes da Vida, entregue a ela pelo próprio Milton para que gravasse; as composições da artista que também marcaram sucesso. Não deixou de citar Armando Manzanero e o disco em espanhol, produzido por ele, que a levou ao redor do mundo.
(grandes momentos de Joanna no Seis&Meia/foto: page Fábio Novo)
Lembrou da canção que entrou, nos lares brasileiros, a partir da trilha de abertura de novela de tevê. A música A Padroeira encantou durante quase um ano, numa trama homônima.
O mês outubro, mês da Aparecida, que possibilitou a volta de Joanna a Teresina, a canção casou perfeita com a conspiração do universo, voltada para trazer aquela que revitalizou a imagem de Nossa Senhora Aparecida, através de um hit que marcou época na teledramaturgia e no repertório da cantora.
Joanna veio a Teresina cumprir agenda e não veio substituir ninguém. Na verdade, veio ocupar seu próprio espaço e brindar a cidade com sua voz, carisma, jeito particular de cantar e uma extensão vocal invejável, sempre testada em finalizações de canções.
Veio, cantou e venceu qualquer barreira que houvesse. Não havia. A artista tem maturidade e performance em palco que nada ficaria a dever a qualquer outra colega de profissão. Foi um show irrecusável.
Seu diálogo com o público, este fazendo coro das canções, foi maravilhoso. Riu, dançou, contou fatos da carreira, pousou para selfies de fãs, gracejou com um casal e olhou nos olhos da sua plateia que correspondeu com muita felicidade ao encontro. Um dos muitos momentos do show foi ao cantar Recado, Romaria e as canções de Gonzaguinha, que preparou como homenagem ao nosso Luiz Gonzaga Jr. e sua composições irrepreensíveis.
Contou a história de quando veio do subúrbio do Rio de Janeiro, para sua primeira entrada como cantora em show a grande público. Um artista, de quem ela era fã, estava na plateia durante toda a sua apresentação. No final, o cantor e compositor foi vê-la no camarim e ela perguntou se ela havia gostado do show.
Ele respondeu que não e isto a deixou sem chão. Mas o artista explicou que ela cantara sempre de olhos fechados e que toda a plateia estava ali para vê-la e que ela devia abrir seu coração ao público. Desde então, contou Joanna, canta olhando para seu público e entregue de coração e canção a quem a está aguardando, com expectativa de vê-la cantar.
Joanna cantou vários sucessos de Gonzaguinha e, em justa homenagem ao grande compositor, encerrou seu show que, em + de uma hora, foi toda emoção, felicidade e viagem no tempo e história da música popular brasileira. Passeou pela própria carreira e, fez da noite Chama da canção brasileira.
Foi uma noite de dobradinha acertada à MPB. Rosinha Amorim e Joanna mostraram a sua majestade o Sabiá e Rouxinol afinados da canção brasileira e deram ao Seis&Meia um gostinho de quero +, enquanto se aguarda a vinda de uma das Rainhas do Rádio, Ângela Maria, que aporta em Teresina para outro grande momento da MPB, em 17 de novembro.
O Seis&Meia é + e marca a cidade a cada edição. A Diva descalça, Joanna, que o diga, ou melhor que o cante.
Calçou-se de bela voz, ótimas interpretações e mergulhou em tempo de bem cantar. Cantou bem e Teresina agradece, a honraria dispensada ao público do Projeto por essas belas da voz, que encantaram na noite de 22 de outubro.
Obrigado, Rosinha Amorim. Obrigado, Joanna.
Vocês foram show!
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