em Artes visuais à recepção livre
Expô Piauí das Artes Plásticas apresenta, entre os inspirados, a colega e jornalista que se garante e não está prosa, está no domínio dos pincéis em andamento de afinação estética. Alexandra Teodoro assina “Abstrato”, o homem que pesa é raio e arco
íris despencando à terra, enquanto lança melancólico olhar ao céu deixado para
trás.
A artista Salete Vasconcelos
apresenta “Pedra Furada”, ilustração do ícone turístico às vezes da terra e
território do homem de 60 milanos.
O
escultor Zé Rodrigues, em “Face Oculta”, para sucatas e eixos, rotativas,
rolamentos, catracas e sobras de ferro luzidio, metais que representam o Salve!. O tronco fundido do homem, em sua hora de ser humano e produto de seu tempo de extrator e senhor
dos metais.
(Salve! Zé Rodrigues com sua "Face Oculta/fts.: j. carlo)
Jackson Cristiano, “Mulher alimentando Pássaro”, entre o
classicismo histórico representado e o moderno relido nas cores do azul em
faces de dupla face de deiades, denaides e moças da corte grega alimentando alados.
(jackson cristiano "Mulher alimentando Pássaro/fts.: jorge carlo)
O mesmo artista ainda apresenta “Mulher
com Pássaro”, a la Botero em cores latinas e quentes à mulher em recato, com
buquê de sonhos, que alimenta o corpo do pássaro fênix, pousado na realidade do
móvel da casa de visita.
“Sagrada Família”, de Josimar Santos, o moderno e as cores
quentes do sol da terra perfilam os santos sagrados da família Christina.
Rostos sem olhos, mas com realidade fiel da fé representada nos ícones.
“IABA”,
de Avelar Amorim, numa representação
da deusa da flora, mimetizada com flores e cores da natureza das mandalas,
ladeadas de pétalas. Ana Valente,
com “Divino”, o iconográfico do presépio em tradição do figurativismo
expressionista.
Constança Nobre apresenta “Carnavalesca Negra” e “Carnavalesca
Branca”, traços e perfis e etnias afrodescendentes e branca para brincantes do
carnaval, coquetes com olhar triste.
(a lição de mãe, em João Borges/fts.: j. carlo)
“Desbravadora”, de Antonio Cardoso, a mulher
escafandrista, mergulhada nas turvas vagas do mar bravio, entre a montanha e o
sol. De Edimar Aquino, “Atitude
‘Z’”, o bucólico de casas no campo, em romântico moderno de cores quentes
pigmentadas em horas do noturno. De novo, Antonio
Cardoso, com “Guerreira”, na representação de uma Ronin que enfrenta o
dragão e usa sua espada de Xogum.
Alexandra Teodoro, com “A Fênix”, cores do sol no redomado das
asas, em concha alada, de chamas do pássaro mitológico. Felizes expressões
imprimidas tingem a espátula e o pincel de Teodoro.
Josefina Gonçalves, com tela sem título, vigora mulheres em cerco de homens. Perfis
em nus. Reunião de conspiração da própria beleza ressaltada, a sociedade nas cores quentes
frisadas pelos neutros que economizam e destacam identidades coletivas de mães,
bebês ao colo, mulheres livres, homens em gerações. Os que seguem, os que registram a própria passagem observada e os que avançam em seus futuros, deixando a
família, na busca de própria novidade. Caminhos de chegada, saída e pausa protegida.
(reunião social em pictóricos josefinianos/fts.: j. carlo)
De Salete Vasconcelos, “Abstrato I”, imagem real e o reflexo numa
lâmina de água, em tons quentes do verde e vermelho que cardiogramam tempos de
progressos verticalismos urbanos.
“Abstrato I”, de Orlando Bonfim, tapeçaria em vertical floral e rococós de cores
quentes que arbitram e estampam abstratos do real. A artista Aucci Valente revela uma “Colombina Corcel”, o carnaval
da amazona em amor, rosto colado, ao corcel cinza.
Outra peça de Josefina Gonçalves, “Saudação”, a corte e o poder
assentados e esnobes recebem a humildade, em saudação ajoelhada. Estética livre
e cores sóbrias encantam na economia e leveza manifestadas nas tintas
josefinianas.
(josefina gonçalves "Saudação"/fts.: j. carlo)
João Borges também repercute, na obra sem título, uma + expressão
de barro falante. Ébrio, sentado ao pé do balcão, registra felicidade em argila
natural da cor das periferias da construção social das cidades ribeirinhas,
Teresina e Timon, que contam histórias do Parnaíba e Poty. Leveza do traço
esculpido, afinada na argila em destreza de reprodução da vida no barro que
Parla!
(O Ébrio de felicidade, por João Borges/ts.: j. carlo)
Expô Piauí das Artes Plásticas, aberta dia 2 de abril, fica só até dia
15. Quem gosta da arte visual em estética das plásticas que aqui se produz,
deve dar uma esticadinha à Galeria do Club dos Diários.
Espia, pra você ver!
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