a Deus a Diva de “Viola, Minha Viola”
por maneco nascimento
Hoje, 19 de abril, estamos a um mês e onze dias, de
saudades, desde que uma Estrela retornou ao céu de estelares.
Naqueles dias, ainda de verão, a início de águas de
março que lavam também abril e abrem margem, ainda, para rescaldos de
tempestades pelas correntes de ar quente em embate com as de frio e determinam ciência
e justificados de climatologia, outras correntes percorreram caminhos entre os
Céus e a Terra e alçaram consigo um Sabiá sertanejo que marcou história
irretocável à música popular brasileira.
“Morre aos 90 anos a
cantora e apresentadora Inezita Barroso
Artista estava internada
no Hospital Sírio Libanês desde o último dia 19 de fevereiro (...) Inezita Barroso, cantora e apresentadora do programa Viola Minha Viola, exibido pela TV Cultura, morreu na noite desde domingo, 8, aos
90 anos. A informação foi confirmada através de uma nota oficial da emissora. A
causa da morte, contudo, não foi revelada. Ela deixou uma filha, Marta Barroso,
três netas e cinco bisnetos.
A estrela da música
sertaneja estava internada desde o dia 19 de fevereiro no Hospital
Sírio-Libanês, em São Paulo, após apresentar febre (...) Em dezembro de 2014,
Inezita foi hospitalizada após sofrer um acidente dentro da casa em que estava
hospedada em Campos do Jordão, no interior de São Paulo. À época, ela caiu da
cama e apresentava dores nas costas. Desde então, a apresentadora estava
afastada do programa Viola Minha Viola.
Nascida em São Paulo no ano
de 1925, Inezita Barroso é considerada uma das principais cantoras da música
sertaneja brasileira. No começo da carreira, ela trabalhou no rádio e na
televisão, além de ter passagens pelo cinema e pelo teatro. Em novembro do último
ano, a artista foi eleita para ocupar uma das cadeiras na Academia Paulista de
Letras (...) ” (http://rollingstone.uol.com.br/ por 8 de Março de
2015 às 23:21 /acesso 19.04.2015 às 20h31)
(a grande Inezita, apresentando Viola, Minha Viola/divulgação TV Cultura)
Sobre o programa Viola Minha Viola, da TV Cultura, “(...) completa em 2015 a marca de 35 anos de
transmissão ininterrupta. É o mais antigo programa musical da TV brasileira. No
contexto audiovisual, é também a principal fonte de registro da música caipira
e sua evolução recente. Comandado por Inezita Barroso, ele se tornou um templo
de resistência e de audiência.
(..) A história do programa
se confunde com a história do próprio gênero nas últimas décadas. As gravações
são capazes de registrar a enormidade de grupos folclóricos existentes no país:
folias de reis, reisados, batuques, catiras, cururus e repentes (...)” (Idem)
Foram doce presença no Viola Minha Viola “(...) astros como Tonico e Tinoco; João Pacífico; As Galvão; Pedro
Bento e Zé da Estrada; Cascatinha e Inhana; Milionário e José Rico; Tião
Carreiro e Pardinho; Almir Sater; Daniel; Chitãozinho & Xororó; Renato
Teixeira: Sergio Reis, entre muitos outros artistas do cenário musical caipira.”
(Idem)
A Majestade O Sabiá, Inezita Barroso, deixa saudades, de
sempre, e memórias das manhãs de domingo em que brindou o Brasil com um
programa de televisão transmitido pela TV Cultura SP, em que mantinha a chama
muito acesa da música “caipira” de tradição, dos nomes da nossa melhor produção
sertaneja.
Mas Inezita, com sua voz rouca, inconfundível, sempre
foi + que apresentadora de tevê. Que os digam os anos de sucesso e toda uma
geração que viu e ouviu-a cantar e ensejar seus parceiros de composição, em
casamento com a voz grave e afinada, na canção popular sertaneja da Era do
Rádio e dos Programas de Auditório.
Da artista “Inezita Barroso, nome artístico de Ignez
Magdalena Aranha de Lima (São Paulo, 4 de março de 1925 — São Paulo, 8 de março de 20153 ),
foi uma cantora, atriz, instrumentista, bibliotecária 4 5 , folclorista, professora, apresentadora de rádio e televisão brasileira.
Foi
galardoada com o título de doutora honoris causa em folclore e arte digital pela Universidade de
Lisboa e atuou também
em espetáculos, álbuns, cinema, teatro e
produzindo espetáculos musicais de renome nacional e internacional. Adotou o
sobrenome Barroso ao se casar, em1947, aos 22 anos, com o
advogado cearense Adolfo
Cabral Barroso.6 (...)
Com o primeiro disco, vieram
também os primeiros sucessos: o clássico samba Ronda, de Paulo Vanzolini e a caipiríssima Moda da Pinga, de Ochelsis
Laureano e Raul Torres, que se tornou a mais célebre das
interpretações.
Ultrapassou
a marca de cinquenta anos de carreira e de oitenta discos gravados, entre 78 rpm, vinil e CDs.
Desde
1980 comandava o programa de música caipira Viola, Minha Viola, pela TV Cultura de São Paulo.
Apresentou também no SBT um programa musical, aos domingos pela
manhã que levava seu nome.
Inezita
Barroso é reconhecida também como atriz de teatro e cinema. Por onde atuou, ela
ganhou prêmios importantes, como o Troféu Roquette Pinto,
como Melhor Cantora de rádio; o prêmio Guarani, como melhor cantora em disco,
além de ganhar também o Prêmio Saci de
cinema. Em 2003,
foi condecorada pelo governador de São Paulo Geraldo Alckmin com a Medalha
Ipiranga, recebendo o título de comendadora da música raiz.
Desde a década de 1980, Inezita Barroso ainda
arranjava um espaço na agenda para dar aulas de folclore. Atualmente, lecionava nas faculdades Unifai e Unicapital, onde recentemente recebeu o título
de doutora Honoris Causa em Folclore Brasileiro
(...) (www.wikipedia.com.br/acesso
19.04.2015 às 21h26)
Madrinha de diversos artistas e amiga confessa de
muitos representantes dessa boa leva musical, Inezita Barroso, é, foi e sempre
será a nossa Diva do estilo sertanejo, caipira, com toda tradição de marcar época,
melodias, canções ricas de cultura, de empoderamento, arte, identidade e
reverência ao estilo rural musical, expressão social das falas e vozes naturais
do campo, das serras e terras do melhor e todo rincão brasis de ser cultural.
Biografia rica de cultura e expansão artística, a
cantora, atriz, compositora, apresentadora de programa de tevê, bibliotecônoma,
professora e mulher brasileira, em primeiro lugar, como diria Benito de Paula,
é Fogo fátuo, Stela splendidae, Aura púrpura, Luna matutina, Vox luminae, Dama
da terra patris, Filha de nação brasileira que imprime o Brasil cultural e dona
do orgulho e respeito que se lhe foram conquistados pelo nome, sua arte e
cultura dedicadas às memórias de tradição nacional.
Vai, Inezita, com paz e tranqüilidade aos Campos do
Senhor e anima essa nova Terra que te acolhe e te dará novos palcos e novas
praças à tua arte que sempre encantou teu público e amigos de geração que,
animada, saldou tua vida de artista e mulher brasileira.
Nada perdemos, pois memórias são eternas e as afetivas
inestimáveis. Agora, do tangível ao intangível, guardamos tua presença aquecida,
entre a matéria atomizada e a expansão do teu nome, ao universo das Luzes da
ribalta estelar no plano Superior a que especulamos, negamos, tememos, mas será
sempre para onde evoluiremos, à medida do mérito de cada um.
Inezita Barroso é saudade, é Viola, Minha Viola
campeira, sertaneja, das guarânias e variações regionais e das lingüísticas
singulares de expressão popular e vigor de raiz temperada ao sabor da tradição
da canção nacional que quebra o paradigma dos motes urbanos, sem, no entanto,
negar que arte é sempre arte em qualquer estação, terra, sítio, ato criador,
vida da arte e cultura que se representa e se torna atenção do público.
Sua Majestade, o Sabiá, Inezita Barroso, agora é toda Estrela. Luz em extensão e expansão que não se apaga. Afaga novo público e
ressoa o melhor de sua voz e canção brasileiras que invadem o imponderável.
Bravos, Inezita!
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