quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Cena na Praça

Cena na Praça
por maneco nascimento

(Baile do Menino Deus/foto: acervo do TMJPII)
O Teatro Municipal João Paulo II, a partir das oficinas de arte oferecidas à comunidade do grande Dirceu, estreou dia 13 de dezembro sua Mostra de Resultados - 2o. Semestre. E segue em temporada nos dias 14 e 15, às 19 horas, na Praça Aberta, com o espetáculo “Baile do Menino Deus”, adaptado do original homônimo, criado pelos dramaturgos cearenses Ronaldo Correia de Brito e Assis Lima.
(Baile do Menino Deus/foto: acervo do TMJPII)
Na estreia, que contou com um público expressivo, o “Baile do Menino Deusfez seu melhor papel que seria agregar resultado coletivo para as oficinas de arte do TMJPII. Para a montagem, a dramaturgia geral ficou com Maneco Nascimento e teve como assistência de dramaturgia e direção Roger Ribeiro. Na assistência de encenação Fernando Freitas e Valdemar Santos.
O “Baile do Menino Deus”, de Ronaldo de Brito e Assis Lima, apreende as cantigas de roda, as memórias afetivas da história oral rural e urbana da cultura popular e redimensiona à universal manifestação do nascimento de Cristo. No enredo original, um grupo de crianças sai à procura do baile ao menino Jesus e vai deparando-se com as manifestações populares do reisado, feira, ciganas, jaraguá,  burrinha, caboclinhos, anjos, santos Reis e, por fim, a família sagrada.


(Baile do Menino Deus/foto: acervo TMJPII)
Um musical todo arcabouçado na manifestação popular nordestina das músicas originais e repassadas ao longo das gerações do nordeste rico de festas e folguedos, ganha força na dramaturgia adaptada para a realidade do (a)s oficinado (a)s do Teatro Municipal João Paulo II, reunidos em torno de cem bailarinos intérpretes e atores juvenis e adultos.
(Baile do Menino Deus/foto: acervo TMJPII)
Nos trabalhos específicos para a Mostra de Resultados do Teatro Municipal João Paulo II, os instrutores responderam pelas práticas de dança – clássica, contemporânea e popular; teatro – literatura dramática; dança/teatro da 3ª. Idade e percussão. Roger Ribeiro, instrutor de Teatro e Literatura Dramática facilitou a encenação dos atores que contam a história do Baile.
Graciane Sousa criou, com suas turmas de balé clássico, as coreografiasEstrelinhas do Sertão”, “Anjo Bom”, “Coco Embolada”, “Boi”. Para o Contemporâneo infanto juvenil, Beth Bátalli trabalhou “Boca de Forno”, “Burrinha”, “Beija-Flor e Borboleta” e redimensionou a “Entrada dos Reis do Oriente”. Valdemar Santos preparou a coreografia, ao Contemporâneo e Pesquisa Popular, “Caboclinhos”.
(Baile do Menino Deus/foto: acervo TMJPII)
Fernando Freitas, instrutor de Dança Contemporânea adulta e Dança de Salão, coreografou “Feira de Mangaio” e “Jaraguá”. Kelly Lustosa preparou a performance para a música “Ciganinha”, com sua turma de Jazz. As instrutoras Bid Lima e Vanice Oliveira foram responsáveis pela mis-en-scène da oficina Alfabetização do Corpo – 3ª. Idade. O grupo de 23 senhoras, entre 50 e 80 anos, representou o coro grego da montagem.
O instrutor de Percussão, Luis Monteiro, fez as vezes do auxílio musical com os aluno(a)s da sonorização percussiva no ato final, quando se dá o Baile popular. Criação de Figurinos e Consultoria de adaptação de vestuário, de Bid Lima.
(Baile do Menino Deus/foto: acervo TMJPII)

Espetáculo que estimulou, através da Mostra de Resultados, em seis meses de aula, o esforço coletivo de empreender cultura e arte facilitadas, traz como mérito a interação Casa de espetáculos e comunidade, enquanto integra a prática do fazer artístico. Facilitada a desenvoltura particular de cada ator ou bailarino iniciado, o “Baile do Menino Deus” compõe estímulos-respostas implementados pela Prefeitura de Teresina, por meio da Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves, e repete a lição que amplia o universo de experiências de cada novo artista envolvido.
(Baile do Menino Deus/foto: acervo TMJPII)
O Baile do Menino Deus”, em cartaz ainda nos dias 14 e 15 de dezembro, sempre às 19 horas, na Praça Aberta do Teatro Municipal João Paulo II, um presente à comunidade do Dirceu Arcoverde e entorno que se vê representada na identidade cultural praticada por seus filhos.

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