por maneco nascimento
"Estou muito feliz de estar aqui. Looonge! Mas muito feliz."A noite do dia 4 de setembro abriu uma grande gaveta, à memória da Casa Theatro 4 de Setembro, quando a grande Diva do teatro brasileiro assentou arte e cultura musical, em doces e suaves sings do repertório de Frank Sinatra.
(Bibi Ferreira/04.09.2016, noite no Theatro 4 de Setembro 122 Anos)
(a Dama nos bastidores/foto: Francismar Lima)
"Bibi Ferreira canta Frank Sinatra" foi um luxo de prestígio da Casa, ao receber a artista, mulher, a cantora, a atriz, a memória viva da sorte compensada em palcos, sob a luz da própria Estrela criada para brilhar.
Antes do grande Show, o Theatro 4 de Setembro ofereceu um Troféu a personalidades artístico culturais da cidade e Piauí, amigos/parceiro(a)s do Equipamento cultural e autoridades diretamente voltadas à causa pública da arte e cultura locais.
(Lorena Campelo entrega Troféu a Fernando Freitas/foto: Quiria Produções)
O Troféu "Theatro 4 de Setembro 122 Anos" agraciou Dona Neusa de Sousa Lira (a primeira Estrela da noite). A funcionária padrão 2016 do Theatro e Homenageada com o Troféu que leva seu nome; José Nazareno - Prêmio Especial Conjunto da obra na cena; Toccata (Loja Toccata) - Prêmio Amiga/Parceira do CCCDiários/Theatro 4 de Setembro; Rafael Fonteles/Secretaria de Fazenda - Prêmio Incentivo a Projetos Culturais Oficiais do Estado; Lina do Carmo - Prêmio Dança; Franklin Pires - Prêmio Cinema; Luizão Paiva - Prêmio Música; Arimateia Bispo – Prêmio Produção/Realização Teatro; Lari Salles - Prêmio Atriz (conjunto da obra na cena); Wellington Sampaio - Prêmio Autor/Dramaturgia Piauiense; Cícero Manoel - Prêmio Artista Visual; "A Casa de Bernarda Alba" (Grupo Harém de Teatro) - Prêmio Espetáculo; Valmir Sousa - Prêmio Incentivo Memória do Circo; Fernando Freitas - Prêmio Ator; Gomes Brasil - Prêmio Cantor; Bumba Meu Boi Imperador da Ilha - Prêmio Cultura Popular/Tradição; Portal EntreCultura - Prêmio Inovação Mídia; FranGerson Melo/Lilika Network Leal - Prêmio Incentivo Show Biz TransNight Produção; Stella Simpson - Prêmio Art Multi Night Show Biz; José Elias de Area Leão - Prêmio Personalidade Destaque do Ano - "Memória Viva da Cultura da Cidade" e Professor Emílio Jr. - Prêmio Incentivo a Parceiro/Colaborador do Theatro 4 de Setembro.
(Lilika Leal, Bid Lima, Fábio Novo, Franklin Pires, na festa do Theatro/ft: Quiria Produções)
(equipe Funcionários do Theatro/foto: Francismar Lima)
Após a solene entrega de troféus e falas oficiais, o Secretário de Estado de Cultura, Fábio Novo, anunciou o momento + esperado, desde que se divulgou a vinda da Estrela emCantar. A Orquestra e músicos se posicionaram e o "mis-èn-scene" musical pout pourri apresentou as cifras sonoras que viriam, a seguir, em companhia poderosa de Bibi Ferreira.
Ela veio sem muita conversa, mas muito cantar, e lembrou da felicidade de estar em Teresina: "(...) Looonge! Mas muito feliz." Um trio de apoio e apartes desenham o roteiro musical franksinatriano que envolve um narrador-mestre de cerimônias, uma narradora cantora e um maestro narrador.
(Bibi canta Sinatra/foto: Francismar Lima)
As músicas vão sendo lançadas à assistência e um doce deleite vai contagiando a tantos e todos que vieram ao premiado dia do aniversário do 4 de Setembro. A Casa superlotada e não houve quem arredasse um pé daquele espetáculo.
(Bibi no 4 de Setembro/por Francismar Lima)
"Night and day", de Cole Porter, arregaça as fúrias em sons, tons, melodias e Voz suave, presente, forte, atraente e determinante da matéria quantificada de beleza, estética musical, técnica magnífíca de bem cantar e presença leve, livre e de espírito nobre da artista Bibi. Dignidade majestosa, sem esquecer que não é Deus. Humildade artística, em potestade de profissão maturada, na arte de ganhar palcos e plateias mundo afora.
O narrador cose mora dramatúrgica de defender não só um show, mas uma cartografia de lição de história e memórias da personalidade homenageada, o "The Voice" e, provoca a personalidade que homenageia Frank Sinatra, essa Dama responsável direta por reunião tão indispensável. Aos 75 anos de carreira t r a b a l h a d a, amplia os diálogos na cena dada. Um diálogo, feliz, emocionado, cúmplice e necessário ao melhor entendimento de por que Frank Sinatra se faz canção em Voz de Bibi Ferreira.
O narrador-mestre de cerimônias, a narradora cantora e o maestro narrador vão construindo a história da noite, em Show, e o coro de falas instrumentais da Orquestra Sinfônica de Teresina (sim Ela também foi Estrela ao acompanhar a Estela reginae da cena brasileira) completa o enredo dramático de "Bibi Ferreira Canta Frank Sinatra".
Em delicados sinfônicos deus-Exmachinos criam-se o tempo de felicidade a olhos e ouvidos, irremediavelmente, voltados à Luz que gera energia pura no palco. Falar de perfeições, choveria nos campos das sempre velhas e novas qualidades ali expressas. Então que se diga, Porque Ela é Bibi Ferreira! E só.
Os grandes hits de Sinatra foram deslizando suaves, feito furacão que vem revirando notas e partituras e imprimindo beleza sonora, em todos os ápices, musical da doce melodia sentimental enCantada. As + belas canções sinatrianas encontraram lugar de doce emoção vigoradas à força da doce Senhora. E assim o tempo correu, sem que se sentisse que também há tempo de encerrar-se o espetáculo.
Cantou Sinatra, em seus melhores momentos e na reinvenção da carreira, quando preciso. "My way", um momento sublime. Cantou Jobim cantado por Sinatra. Cantou Dindi, para confidenciar composição-paixão dedicada a Ela própria, declarada em forma de canção pelo compositor.
(Ela enCanta muito/foto: Francismar Lima)
E Bibi não poderia deixar de lembrar e cantar um dos maiores sucessos musicais brasileiros, criado por Ela, às vozes e canções de outra tão nobre artista, Edit Piaf, a quem prestou homenagem inenarrável. Uma lembrança de dueto que a cantora francesa dividiu, em palco, com seu amado, Bibi reproduziu com o colega de cena (narrador-mestre de cerimônias) e também brilhou a "No, je ne retrette rien".
Às vezes de bis, a Bela Bibi brindou seu público com outra poderosa sing que Sinatra imortalizou com sua voz charmosa e quente, "New York, New York". Agradeceu + uma vez o público. Disse, emocionada, "não tenho mais idade", gracejando.
Com toda a dignidade que pode alcançar uma artista, que dedicou quase toda sua vida aos palcos e verve de espetáculos, se despediu e foi-se com seu humor de sempre, ensaiando econômicos passinhos de uma dança, enquanto dizia tchau.
(uma digna Artista em belo cantar/foto: Francismar Lima)
Nos diálogos do show, um "bate-bola" entre os três narradores em que as memórias de Sinatra vinham ilustrar o momento de história e contexto musical do artista. A carreira, o cinema, a Mulher Ava Gardner (o animal mais belo do mundo, segundo Cocteau), o rival Elvis Presley (Bibi também cantou um rock do Rei do Rock'n roll) e o que Sinatra chamou de lixo, Bibi provocada pelo maestro, reiterou, "adoro esse lixo".
O narrador agradeceu a Orquestra Sinfônica de Teresina - OST, por tão bem compor auxilio luxuoso, àquela noite. E, lembrou que, em conversas com Abiel Bonfim, soube que o que começou como Projeto Social tornou-se a Orquestra Sinfônica de Teresina, esse grande orgulho da cidade. Agradeceu ao Secretário de Cultura do Estado, Fábio Novo, e ao Governo do Estado, e também a João Vasconcelos, diretor do Theatro, que abraçou imediatamente a ideia de trazer o show a Teresina, quando foi oferecido à cidade.
Ainda lembrou, o mestre de cerimônias, que o Show seguia de Teresina a Recife e de Recife a New York, onde a Grande Diva também deverá cumprir agenda.
Não há como não redundar, em agradecimentos, ao empenho de Abiel Bonfim (nosso embaixador da OST) que agilizou a logística de dois ensaios, com os músicos e maestro de Bibi Ferreira; ao regente da OST, Aurélio Melo, por essa gentileza de cessão dos profissionais e serviços da Orquestra para atender a agenda de aniversário do Theatro; ao Governo do Estado, através da SECult, que paga a conta e, ao Theatro 4 de Setembro - 122 Anos que comprou a missão de trazer "Bibi Ferreira Canta Sinatra" a solo piauiense e a palco da Casa aniversariante.
Ademais, só festejar o privilégio de ver, ouvir e se sentir encantado com a doce presença da Grande Diva. Uma memória para nunca perder-se, e por quê? Porque Ela é Bibi Ferreira!
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