por maneco nascimento

"A Nova Helena" é uma montagem de conclusão de Curso da Escola Técnica Estadual de Teatro "Gomes Campos". A peça é resultado da disciplina Prática de Montagem III, da matriz curricular de formação da Escola. A prática realizada pelo(a)s aluno(a)s formando(a)s do Curso de Arte Dramática da instituição.
Na trama que envolve a personagem central há um desaparecimento ou rapto de Helena.


Sobre o autor, Francisco Pereira da Silva (Campo Maior PI 1918 - Rio de Janeiro RJ 1985). Autor. Dramaturgo ligado à temática popular e ao universo nordestino, tem parte de sua obra encenada no Rio de Janeiro, principalmente pelo Teatro Jovem, grupo preocupado em teatralizar a realidade brasileira nos anos 60.

Sua primeira peça montada é Lázaro, lançada pelo Teatro Duse, com direção de Pernambuco de Oliveira, e distinguida pela Associação Brasileira de Críticos Teatrais, ABCT, com o prêmio de revelação de autor, em 1952. No ano seguinte, segue-se a montagem de Caso do Chapéu, adaptação de um conto de Machado de Assis (1839 - 1908), pelo Studio 53, dirigido por Carlos Murtinho.

O grupo A Barca, da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia, monta em 1958 Graça e Desgraça na Casa do Engole Cobra. Carlos Murtinho e seu Stúdio 53 voltam, em 1960, a criar uma peça de Chico, como ele era conhecido: Romance do Vilela, que lhe vale o Prêmio Padre Ventura, do Círculo Independente de Críticos Teatrais.
Ainda em 1960, surge a maior chance da sua carreira: o Teatro dos Sete, no auge da sua fase inicial, monta o seu Cristo Proclamado, pungente texto sobre a miséria nordestina, com direção de Gianni Ratto e grande elenco. O público burguês do Teatro Copacabana rejeita a peça, que sai de cartaz após 15 dias.
Na primeira metade da década de 60, quatro textos de Francisco Pereira da Silva são sucessivamente montados pelo Teatro Jovem, com direção de Kleber Santos: Chapéu de Sebo, 1962, O Vaso Suspirado e A Nova Helena (duas peças curtas apresentadas num mesmo espetáculo), 1963, e O Chão dos Penitentes, 1965.
O ciclo do Teatro Jovem contribui para tornar a sua dramaturgia mais conhecida. Raimunda, Raimunda, que Paulo Afonso Grisolli monta em 1973, é seu último lançamento em cena.
Francisco Pereira da Silva deixa um significativo número de obras inéditas, entre as quais duas peças importantes: A Caça e o Caçador, poema dramático sobre as migrações nordestinas; e Amo por Amar, Que É Liberdade, drama épico sobre a vida de Gregório de Mattos, talvez a obra-prima do autor.
Francisco Pereira da Silva é também autor de roteiros cinematográficos; e, durante alguns anos, crítico teatral do Diário Carioca e da Última Hora.
O crítico Yan Michalski avalia seu estilo e a modesta projeção de sua obra e declarou "Embora tendo passado toda a sua vida adulta no Rio, o escritor permaneceu fiel, na sua temática, às suas raízes nordestinas. Grande parte da sua obra aborda personagens, cenários, mitos e tradições do Nordeste; e o faz amorosamente, com extrema sensibilidade, profundo conhecimento dos problemas e dos homens da região, através de um diálogo de alta qualidade literária. O seu temperamento retraído, modesto e tímido impediu-o de conquistar, perante a opinião pública, a posição a que o vigor da sua dramaturgia o capacitava, e condenou grande parte de sua obra ao ineditismo", finalizou o intelectual. fonte: (http://enciclopedia.itaucultural.org.br)
Serviço:
Terça da Casa - Terça Teatro apresenta:
"A Nova Helena"
dia - 25 de julho
às 19 horas
no Theatro 4 de Setembro.
ingressos: R$ 10,00 (meia)/ R$ 20,00 (inteira)
informações: 3222 3766 (Chiquinho Pereira)
informações: 3222 3766 (Chiquinho Pereira)
fotos/imagem: (acervo Escola Gomes Campos e reprodução[Chico Pereira da Silva])
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