por maneco nascimento
Quem nunca viu o ronco do motor, o arranco do carango, nem o possante design do carro setentão, que circulava às cidades brasileiras, um quase tubarão afoito nos mares de ruas e asfalto, e que deixava o rastro dos pneus e os sinais da energia combustada, o desenho da fumaça nas notícias da passagem, não sabe o que é e nem o que foi um Maverick, para sua geração de selvagens motorizados.
E, pensar que, se houve um carrão assim, a Banda abre-se às memórias de homenagens, não roda no vazio. Impõe-se pela atitude iconográfica da imagem intangível e metafórica da máquina de produzir viagens e deslocamentos e, enquanto arte musical, Grupo que reinventa a identidade à feita do automóvel.
E, na velocidade de sua produção musical, Maverick 75 intertextualizaria com a [(...) canção do Roberto Carlos intitulada “O Calhambeque”, de 1964. A palavra aparece em trechos como “E como vou viver sem um carango pra correr?”. A partir daí, “carango” começou a ser usado pelas pessoas da época para se referir a carros. O termo ficou muito popular na década de 1960 devido ao grande sucesso que essa música fez, e pelo sucesso do próprio cantor Roberto Carlos, que fazia parte da Jovem Guarda, um movimento cultural que foi promovido no Brasil com a intenção de tirar a atenção das pessoas ao difícil período da Ditadura Militar e assim poderem se entreter (...)] (fonte Dicionário Online)
Setentando a ideia do carango musical e, longe de ser movimento de entreter e distrair, a Maverick 75 inspira arte, juventude que essa brisa canta e corre a 100kms por hora ao seu rock pop exaltação, às feitas da boa e velha música popular brasileira que, transversal do tempo "ars pop", anda na velocidade de sons e tons e harmonias e melodias pela livre imersão "under rock".
É dessa Banda, é desse som que invade o contemporâneo, que nos alcança, que o Boca da Noite, de 21 de dezembro de 2016, gerou pista para a energia e densidade musical, no palco do Espaço Cultural "Osório Jr."/Bar do Club dos Diários, à lei sonora Maverick 75.
As décadas, memórias e repertórios, na canção e instrumentos falantes, deram gás ao musecímetro do Grupo que balizou sua música, sua arte e sua ação de gerar força nos motores que impulsionaram a noite da Maverick 75.
Show pancada pop, arrancada rock e direção dinâmica na auto estrada sonora, em que desliza esse carango musical. Um Boca da Noite quente, ágil na pista das canções liberadas ao palco das emoções.
Esse carango rock é Maverick 75 pop!
fotos/imagem: (ascomSeCult)
Nenhum comentário:
Postar um comentário