terça-feira, 30 de abril de 2013

"Reves 1, 2..."


“Reves 1, 2...”
por maneco nascimento

Em noite muito movimentada, o Complexo Cultural do Matadouro – Teatro do Boi recebeu artistas, público, colaboradores, parceiros, leitores e empreendedores do Projeto Revista Revestrés Literatura, Arte, Cultura e Algo Mais.

Edição Comemorativa de 1 ano de vida, da Revista, trouxe um público bastante significativo à noite do dia 27 de abril de 2013, a partir das 18h30. Casa cheia, gente dentro e + gente no trânsito de participar do evento promovido pela Quimera – Eventos, Cultura e Editoração LTDA.

Em espaço próprio à manifestação de arte e cultura, o Teatro do Boi faz sua parte e recepciona quem procura a Casa e, nessa noite do dia 27 de abril, o universo conspirou a favor. Os anfitriões da festa, Welington Soares, André Gonçalves, Samária Andrade, Luana Sena e Maurício Pokemon investiram-se das vezes de artistas-apresentadores para (in)formalizar o que já havia como sorte para dar certo.

Os discursos e falas de apresentação e rememoração acerca de um ano de vida da Revestrés deram um refresco, já naquele momento, do que deveria aguardar o público concorrente. O músico Beetholven e seu charmoso piano recepcionaram os convidados, a partir das 18h30. Os dez minutos de música indeletáveis.

No mapa de enredo dos espetáculos da noite, veio em seguida o Grupo Harém de Teatro, com um trecho de “Abrigo São Loucas ou Três Personagens à Procura de Um Aqué”, com Francisco de Castro, Fernando Freitas e Francisco Pellé. O riso esteve garantido.

Outros atos de arte em melhor parte seguiram-se com a Academia de Ballet “Helly Batista”, em três solos de clássico, dois femininos (Anne Julliethe dos S. Pinheiro e Maria Emanuelle P. da Silva) e um masculino (Gustavo Augusto B. da Costa). O “Clip Revestrés” deu um ganho de resultado estético e um banho de efeitos técnicos, do sutil impactante, e bastante equilibrados na edição de imagens e sons. Belo clip!

Também a manifestação de rua e liberdades da veia demonstrou seu show pop urbano - street dance, filosofia da pele. No seu melhor de rap quentinho, da hora, “A Irmandade” deu seu recado da poesia das periferias e de suas falas de intervenção cultural das sociedades naturais em seu cotidiano simples, mas político e emblemático. E não fez feio.

E para manter o gancho da poesia, Durvalino Couto Filho ditou poesia em arte de toda parte a poetas, ator, intérprete e literatura, feito cultura de apreensão e ato reflexivo na veia do artístico manifestado. Neruda também visitou aquela noite.

Roraima também disse “sim, eu sou Revestrés”. Tocou seus pop melodys, com sua característica de identidade e carisma, como só Roraima mantém, na terra que escolheu para plantar uma árvore, escrever uma canção e criar seus filhos. Filho do norte do país, é em nossa terra gentil que canta suas loas e tá nas paradas musicais que a cidade nos possibilita viver. E, para a Revestrés, afinou seu tom e som da onda em a boa brisa canta.

Wagner Ribeiro dispensa apresentação e seu Valor de PI então, é um negócio daqui, ó! Pesquisador da cultura popular e apaixonado pelas coisas e causos naturais da memória afetiva rural, Wagner Ribeiro é o cara quando recita, improvisa, conta uma história e também quando canta.

Cantor e compositor das coisas de nossa vida que precisam ser reverberadas, para que não se percam da história da construção sociocultural das cidades e memórias intangíveis, sabe do letrado. O Valor de PI(Beto Boreno, Wania Sales, Marcelo Campelo, et all), grupo musical que desenvolve, com colegas músicos e artistas da arte de se representar, tem valor de cheiro da terra molhada em dias de verão desejado. Sabe ser e sabe desempenhar a arte do artista popular revisitado. Também é Revestrés.

Quaresma e Thiago E. são artistas de validade até que se reinventem, porque por hora Validuaté já se nos basta e faz história musical na cidade. Fecharam as horas de atrações artístico-culturais, porque a noite era sábado no canal Revestrés – Ano 1.
(arte lançamento Revestrés 1 ano/divulgação)

Boas conversas, encontros de amigos, viver cultura e interagir a arte que se faz e que se quer manter em cena vívida, na Teresina. Essas sociabilidades foram pauta povoada em noite do dia 27 de abril, na Casa de espetáculos Teatro do Boi.

Em edição de aniversário de um ano da demonstração de ação cultural que a cidade, por vezes, nem vê, a Revista também abre discussão, na matéria de capa da bimestral Revestrés - março/abril 2013: “Cadê a cultura que estava aqui?”
(arte lançamento Revestrés 1 ano/divulgação)

Respondo eu. Talvez esteja fora do circuito comum do “bellepoquismo cultural”, pequeno burguês, que a cidade insiste em querer manter, como marca de expressão e representação artística, em contraponto ao diverso manifestado da socioculturalidade teresinense.

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