por maneco nascimento
A Organização Ponto de Equilíbrio
– OPEQ em parceria com as companhias Báttali Cia. Dança e Companhia de Dança
Cynthia Layana apresentaram, no Anfiteatro do Complexo Cultural do Matadouro –
Teatro do Boi, dia 23 de abril de 2013, a partir das 17 horas, o espetáculo
“Ringue Klauss Vianna de Dança Contemporânea”.
O Projeto de montagem envolveu a
OPEQ e + o laboratório de dança, a partir das coreógrafas Cynthia Layana e Beth
Báttali, na troca de fichas premeditadas. Tema de improviso delegado, entre as
Companhias de representação iniciática, nesse mundo de signos à linguagem da
nova dança.
Em concorrência ao Edital BNB de Cultura 2012, com parceria do
BNDES, os artistas e suas representações, de cultura experimentada,
manifestaram o objeto pleiteado junto às estatais que fomentam também negócios
e mercados à arte e cultura de expressão contemporânea.
Como foi explicado ao início da liberdade
cênica anunciada, o projeto se embasaria em repercussão da memória e história
construídas pelo grande artista da cena da dança Klauss Vianna. No palco
aberto, bailarinas e bailarinos desempenharam seu “mètier” de facilitações
concretizadas a partir das provocações, de impulso improvisativo, facilitadas
pelas coreógrafas enleadas no jogo. “Disputa” de performances de Báttali Cia.
Dança versus Cia. De Dança Cynthia Layana.
Há um expressionismo de
linguistica de corpos experimentados que chamam à atenção por alguma
graciosidade feminina e a virtuose feminil dos corpos dos meninos que dançam.
Numa proposta de afetação, aplicam mapeamento cênico em corpos que verbalizam
intenções de troca de “farpas”, insinuosos insultos e reflexo de juvenilidade,
ou defesa de tribos sócio-determinantes de territórios de ocupação.
(arte Ringue Klauss Vianna de Dança Contemporânea/arte divulgação)
“bricando encima daquilo”, travam
as Cias. de dança um “front” de apostas, em jogo de quem dá +. dão boa média de
corpos vibrantes, em sentimentos de liberdades expressivas e juvenilidade à beira
do “descompromisso” de tradição revisitada. Belos e belas expressões de vigor e
tônus desprendidos em nome da dança a cunho contemporâneo.
Proposta provocativa a partir do
mapa dramático encampado em “lutas”, por vezes, frenéticas e, noutras, de
simulacro do desdém do um ao outro em passe que dancem... “dance, dance mais,
dance sem parar...”, ou parem porque a proposição é de quebra de paradigmas,
mesmo que no viés do velho paradigma representativo como identidade e força de
memória preservada. A negação da aceitação indispensável.
“Ringue Klauss Vianna de Dança
Contemporânea” dança na rua, na praça, no palco, na vida que espelha contextos
específicos da “juventude que essa brisa....” dança. Meninos e meninas refletem
a própria memória afetiva, em expressão de corpos escrevinhando seu tempo e sua
aura rebelde, seu nome e sua história à nova dança, perseguida, porém ainda sem
digerir o efeito simbólico e demolidor em que a linguagem se assenta.
É peça para maturar intenções e
atenções estéticas de propósitos e apreender + domínio do discurso para não
parecer só “brincadeira de criança, como é bom, como é bom...”
Nenhum comentário:
Postar um comentário