por maneco nascimento
Tivemos, o Brasil, + uma vez um bom exercício de democracia praticada. Neste ano de 2014 os caminhos das eleições presidenciais levaram a um acirramento e polarização que, por vezes, apregoou entre quem seria bom e quem pouco menos.
De um lado, nordestinos "acéfalos" e não leitores e, do outro lado, o mundo dos bem vestidos, dos aspirantes ao lado dos lindos, brancos, inteligentes e espelho da sociedade livre da mudança "limpa".
Nunca em dois turnos de uma mesma eleição, o candidato da direita, com ares de esquerda oposição vanguarda de pele velha, havia jogado tantas e todas as suas cartas e cartadas do fino basta jogar para ver se cola. Evoluiu tanto em persuasão e convencimento agressivo que foi morrer numa praia a quase 4 milhões de votos de diferença computados na urna da candidata da esquerda assentada no trono da direita do estado nacional.
Por sua vez, a então Presidente da República Federativa do Brasil chapiscada de denúncias que a ligam a circunstâncias e indícios de corrupção em instituição pública sólida dos negócios de petróleo, confrontada com uma derrama de notícias, informações, editoriais, semanários, blogs opinião e colunistas de (pre)conceito gatekeeper e direcional discursivo patronal corporativista limaram sua imagem de presidenta e, ainda assim, foi imbatível feito o herói lendário bíblico (David) contra o "vilão" filisteu (Golias em pele de Rede Globo et al).
E Dilma venceram! Apesar de ironias e indesfarçatez de âncoras da televisão que assina ibope e audiência inabalável. As editorias da imprensa anti-Dilma comeram a corda com sal e vinagre e ainda tiveram que acionar rapapés, após o inquestionável resultados das urnas que deu a Dilma Rousseff os 54 milhões de votos que a reconduziram a um segundo governo, como mandatária do Brasil. Como disse um âncora de jornal, "uma vitória estreita..." sobre o candidato do PSDB. Mas sempre vitória de 50% + hum milhões de SIM.
Dizem os noticiários que cerca de 80% de brasileiros que votaram, da Argentina para cá, sinalizaram para Aécio. Em terras portenhas de la américa latina em que o orgulho nacional é de um dos países de melhores índices de leitura, em contraponto com a terra maravilha, tratada com índices inferiores de leitores medianos, os brasilenos votaram em seus representantes para manter seu perfil de bom burguês contra os pobres, ignorantes, nordestinos e periféricos do Rio de Janeiro e outros sítios inferiorizados.
Brasil, país generoso e de indistinção em governo, entre os + mais populares e de projetos coletivos, possibilita viagens e até moradias em terras estrangeiras, terras estas com orgulho e arroubo de pinta europeia no cone sul. São brasileiros que também podem ir gastar as divisas, ainda estáveis, brasileiras na pátria argentina de instabilidade de moeda e medidas caudilhas de heranças ameaçadoras das liberdades democráticas da nossa América livre.
Quanto à campanha eleitoral, em que Aécio perdeu duas vezes o bom combate, os números contestam quem diz que só analfabeto burro e regionalizado votou na Dilma. Estudei, graças a Deus, sempre em escola pública, passei duas vezes por universidade pública e gosto de ler. Leio sempre para me informar, não esquecer e perceber que a história também se inscreve com leituras e leitura do mundo.
Os discursos nem sempre correspondem à verdade. Ricos, pobres, também do sudeste votaram na Dilma. Não existe divisão do país por causa do resultado eleitoral. A polarização politico partidária e de identificação com um, ou outro candidato existiu, acirrou os ânimos, gerou até "inimizades", mas já passou. Dilma é a presidente do Brasil + uma vez, mesmo que os aecista não gostem ou não tenham ainda aceitado o exercício democrático do resultado eleitoral.
Esses números abaixo indicam que não só o nordeste votou na Dilma. Também no Sul e Sudeste houve quem não absorvesse o discurso da oposição à candidata do PT. Mas o Brasil é dos brasileiros, de todos os brasileiros de qualquer crença, cor, credo, ou manifestação política. As pontes de que falou Dilma em seu discurso de reeleita são para reunir o país que se dividiu no pleito já sufragado. Agora é hora do país para dilmistas e aecistas
(dados que circulam no face/informação colhida do image face de Carolina Sudário, hoje, 28 de outubro de 2014, há 5h)
Redunde-se: O Brasil é dos brasileiros, de todos os brasileiros de qualquer crença, cor, credo ou manifestação política. As pontes de que falou Dilma em seu discurso de reeleita são para reunir o país que se dividiu no pleito já sufragado.
Agora é hora do país para dilmistas e aecistas e nunca para discursos como esse que circula nas redes sociais e representa algo que o Brasil não precisa. A senhora Regina Z. Pimenta pode até demonstrar sua "indignação" e a não aceitação dos resultados das eleições 2014, mas comete uma falha trágica, acredito eu, ao declarar opinião que transforma em menores os eleitores de Dilma Rousseff. O exemplo e suas palavras falam por si mesma.
A opinião acima surge na página de Dadinha Leal após a provocação que ela deixou livre às liberdades de expressão: "Pr'ocê que odeia nordestino:
-- Oxente, isso é fraqueza no juízo. Vá cumê um prato de buchada, meu fio, pá mode dá sustança e amiorá os pensamento. Mas também, querenu, pode ir se lascar pra lá!" (Dadinha Leal Guarani-Kawá, 6h Teresina, via face/colhida em 28.10.2014)
As manifestações vieram em série e, entre elas a de Francesca Carvalho, que se posicionou assim: Nem sei se ja postei isso pra vcs, mas acho importante, alem de espantoso. Na primeira vez q li, pensei q tivesse sido psicografado, enviado do além por Adolf Hitler, mas aí pesquisei e vi q essa criatura existe mesmo!!!! Lamentavelmente.... " e postou o exemplo acima, vindo de Regina Zouki Pimenta, de Santo Amaro, via facebook.
Não, o Brasil é da diversidade, sim. Também na hora do resultados de eleições. Não é só país maravilha exportação para turista ver. Brasileiros de diversos matizes ocupam direitos e opiniões e podem se manifestar, inclusive no voto. Sem que deva correr tangido a candidato que não se identifique.
Saibamos perder também. O país é nosso, de todo brasileiro, não só dos eleitores de Aécio. Que os que se julgam prejudicados cobrem lisura e transparência do governo, das instituições da justiça e da política e agreguem valores e não formação de opinião que diminua brasileiros e ameace a integridade de qualquer cidadão.
Vivamos com isso, porque democracia. Mas as instituições de justiça manifestem-se e digam a brasileiros que não concordam com o resultado das eleições 2014 que é crime fomentar arianismo, proselitismo, violência, preconceito e discriminação contra brasileiros daqui ou d'alhures.
Viva o Brasil continental, viva a democracia conquistada, viva o povo brasileiro!
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