As cores da arte
por maneco nascimento
A União dos Artistas Plásticos do Piauí – UAPPI abriu nova exposição, na Casa da Cultura de Teresina, no último dia 18 de novembro de 2011, a partir das 19 horas, para um público bem expressivo. Na programação de abertura, uma performance com os atores Avelar Amorim, Silmara Silva e Eri Pegado.
Espíritos clownescos da hora, Silmara e Eri serviram de assistentes ao terceiro elemento do gracejo pictórico, o pintor A. Amorim, que reproduziu em 10 minutos uma imagem do ícone pop Michael Jackson. Impressionável o expressionismo da pintura “7,8”, de improviso, que recorda, homenageia e detém à memória coletiva um dos + representativos ídolos mass media da contemporaneidade.
A 4ª. Exposição Anual da UAPPI fica para agenda pública até 15 de dezembro de 2011, na Galeria de Arte Lucílio de Albuquerque, com horário de visitação entre as 8 da manhã e as 17 horas. Segundo informação do folder da UAPPI, os uappeiros optaram, para esta quarta versão do produto criado, pelo exercício da liberdade em todas as dimensões.
(lado A - folder arte exposição/acervo: UAPPI)
Apresentam os artistas criadores, em suas telas, “(...) a temática, a das técnicas empregadas, a dos estilos, a dos formatos e suportes ( ...)”. Dos 26 artistas com obras publicadas, há Aris Carvalho, Amystron, Avelar Amorim, Beth Nogueira, Beth Paz, Cecília Mendes, Davi Nogueira, Denise Parma, Delma Braga, Dora Parentes, Dadinha Leal, Elda Ribeiro, Ellen Mourão, entre os treze primeiros.
Os outros treze contidos na exposição são F. Stênio, Jacinta Ramos, Josefina Gonçalves, Josett Carmo, Mafa, Marysette Pacchêco, Nasaré Castelo Branco, Portelada, Reisinha, Sara Pessoa, Suzana Góes Carvalho, Vilma Mascarenhas e Yolanda Carvalho. Há juventude e tradição no exposto.
Para os + críticos, há também um clube de senhoras exercitando um brinquedo novo e, aquele(a)s que sempre estariam revendo a prática e técnica à renovação da própria identidade da cultura pictórica. Há exemplos de mandalas e lagartixas (Cecília Mendes), corcéis e mulheres (Dora Parentes), as cores do diverso de Aris Carvalho, Beth Paz, Jacinta Ramos, Amystron, Mafa, entre outr(o)as.
Há também o personalismo aplicado de Avelar Amorim, as sinuoses e sensualidades direcionais de Josefina Gonçalves, a pesquisa constante de Ellen Mourão, a xilogravura assentada de Yolanda Carvalho, as cores naturais e identitárias de Portelada, o original detalhe da técnica à cerâmica de F. Stênio, os avanços consideráveis de Josett Carmo e a sempre novidade de inquietudes bem direcionadas de Dadinha Leal.
Para que não pareça que, excepcionalmente, a UAPPI é uma agremiação feminina, vicejam benditos entre as mulheres Amystron, Portelada, F. Stênio, Davi Nogueira, A. Amorim e José Junior (Jota). E cumprem cotas de pincéis, tintas e cores numa terra de mulheres que ocupam mercados e oportunidades.
(logo UAPPI)
(logo UAPPI)
Mas todo o grupo, de 26 artistas visuais desta exposição, produz expressão e riscos e reproduz caminhos de reiteração das artes pictóricas locais. Cada pincelada e técnica resultantes expressam um reforço da identidade e identificação com a obra, a arte e a cultura em movimento dinâmico de aplicação do traquejo sócio cultural e artístico desvendado.
A 4ª. Exposição Anual da UAPPI está dizendo aos homens e mulheres que aprenderam a interpretar os próprios sonhos, que o mundo acorda para dias comuns, mas a natureza humana e a alma inquieta desdobram-se em reinventar o novo mundo e o da arte não está, nunca, descartado.
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