por maneco nascimento
(Arte: blognúcleododirceu/acervo)
O Núcleo do Dirceu abriu, de 21 de julho e segue até 28 de agosto de 2011, seu projeto Bafo de Agosto no Galpão, numa vasta programação que envolve Espetáculo, Conversa, Residência, Música, Filme, Festa, em espaço próprio de invenção e laboratório de expressão.
Para o dia 28 de julho, às 20 horas, apresentou ao público convidado o Lançamento do Projeto 1000 Casas. No espaço físico para entrada livre o diverso de informações, instalações, manifestações e ato prático do arte-criador.
Para o rito de iniciação e recepção dos convidados, uma pregoeira, mestre de cerimônia, faz as vezes de saudar, indicar o menu da noite e ou interagir gracejosamente com público e artistas envolvidos na festa.
Numa instalação para vídeo se conferia as intervenções de resultados às visitas de casas da comunidade. Noutra, etiquetas de identificação representativa familiar (pai, mãe, filha, cachorra, etc.) ficavam dispostas no mostruário para serem escolhidas à pose para retrato, como registro de álbum de família.
As performances do Bomber Crew, break*(1), davam um diferencial de alegria, energia juvenil dividida em peripécias e arte em jogos cênicos de corpos e linguagem de tribos urbanas. Thelma Bonavita, artista residente no Núcleo, vinda de São Paulo, aproximou platéia das manifestações criativas na antena do coletivo estimulado.
Visitando o Piauí pela primeira vez, Thelma interage por aqui estímulos e respostas para “Jardim Equatorial” (25.07.2011) e “Gogóia Total” (06.08.2011), através de Rumos Itaú Cultural. Nesse 28 de julho, com os artistas criadores do Núcleo do Dirceu, realizou desfile de estética de composição “faça sua própria identidade”(grifo meu). Autoral, conceitual e de liberdade diversa.
D’outro resultado, Datan Izaká apresentou-se em ato de reinvenção do objeto embrulhado. O corpo falante em mímesis do mudo recebeu um envoltório de papel alumínio e numa oralidade da nova cênica abriu inúmeras leituras para o corpus à outra margem do rito premeditado.
O que serve para envolver acolhe toda a assistência às interações estéticas, vistas em 28 de julho, se espalha para observadores, simpatizantes e construtivos de interfaces do homem (genérico) e seu universo de inquietações e terceiro olho à sensibilidade.
Bomber Crew ainda quebra as estruturas paradigmáticas das danças de rua e, numa variável sobre o mesmo tema, desliza por Roberto Carlos, “Todos estão surdos”. Abre fronteiras a ouvidos paridos, por barulhos utilitários, que perderam-se da apreensão de um barulhinho bom de impressionar falas do corpo vivo.
Um envoltório de intenções estéticas praticando bricolagens da arte do envolver-se envolvendo olhares abertos e, talvez, impregnados de tradições, mas sujeitos a brechas de outro enxergar.
O Projeto Núcleo do Dirceu, in Marcelo Evelin et all, reafina a própria música solfejada e reafirma efeito de propósitos planejados. Com patrocínio da Petrobrás, é mote de registro, descobre o próprio deus ex-Machine e revaloriza a falha trágica feita nova cênica.
*(1) Breakdance, é um estilo de dança de rua, parte da cultura do Hip-Hop criada por afro-americanos e latinos na década de 1970 em Nova Iorque, Estados Unidos. Normalmente é dançada ao som do Hip-Hop ou de Electro. O breakdancer, breaker, B-boy, ou B-girl é o nome dado a pessoa dedicada ao breakdance e que pratica o mesmo ou faz Beat box. (Wikipédia a enciclopédia livre/acessada em 30 de julho de 2011)
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