Vocal
por maneco nascimento
O Grupo musical Ensaio Vocal estreou + uma peça de seu repertório das "canções que você dispensa pra mim", quando ouço a canção brasileira.
O Show "Pra Não Dizer Adeus", com direção de José Afonso de Araújo Lima e direção musical de Aurélio Melo, foi visto no Theatro 4 de Setembro, noite de 29 de setembro, às 20 horas.
Da poética musicada de Torquato Neto, "Pra Não Dizer Adeus" é um resultado charmoso, afinado e encontra endosso artístico nas vozes de Andrea Miranda e Luiza Miranda (sopranos); Fernanda Libório e Luciana Libório (contraltos); Aurélio Melo e Vagner Ribeiro (tenores); Ananias Júnior e Paulo Aquino (Baixos) e, no auxílio sonoro instrumental, Aurélio Melo (violão); Paulo Aquino (contrabaixo); Gustavo Baião (teclados); Wilker Marques (sopro) e Gilson Fernandes (bateria/percussão).
Os figurinos e cenário, de Bid Lima; a iluminação, de Pablo Erickson e a maquiagem e cabelo, de Denis Coulter, completam a estética de aproximação plástica e interativa com a obra torquatiana, trazida à cena pelo efeito das canções originais de Torquato e parceiros musicais e os arranjos de A. Melo.
As + emblemáticas músicas de identidade anjo tortas, como Mamãe Coragem, Louvação, Geleia Geral, Sabiá, A Rua, Deus Vos Salve a Casa Santa, Go Back, Let's Play That, entre outras, enriquecem o repertório cantado e o corpo do roteiro apresentado vai definindo uma boa dose de alegria e prova dos nove e bananas ao vento do brasileiro confesso Torqua.
José Afonso consegue, em sua cartografia dramática às canções, alinhar cenas e músicas numa leveza despretensiosa, distanciamento estético em dramático feliz, presente, e de um tropicalismo sem antropofagias agressivas.
As falas do Poeta, cantadas, encontram na técnica e maturidade de bem cantar do Ensaio Vocal um casamento, sem grandes segredos dantes, nem graves secretos dentes, sem novos dados aparentes, metapropriando a poesia original.
Já as vozes do Poeta, nos poemas escolhidos para serem ditos pelos intérpretes do elenco do grupo vocal, parecem não alcançarem um "up". Ou porque uns se intimidaram, por talvez serem cantores e acharem não poder imprimir emoção de ator, ou por outro(a)s não estarem na vibe da poesia falada e perderem tato quando não estejam cantando.
De sorte é que enquanto cantam é um luxo, mas nas vozes dos poemas falados há um pequeno encolhimento da performance, salvo Vagner Ribeiro que parece estar + à vontade, por desempenhar um timing de artista pop de feira.
Uma tranquilidade de se aproximar da fala + casual em A. Melo e P. Aquino e uma ênfase semi-afobada em Ananias Jr. As cantoras parecem + intimidadas e se livram rápido da palavra falada.
Nada que desmereça o ótimo nível do show. Há uma alegria e humor musicais que passam pelos arranjos implementados pela competência de A. Melo. Uma descontração tranquila em todo o elenco, com um diferencial de + à vontade, em Luiza Miranda, que ganha o domínio da cena e informaliza a própria performance, dando graça e leveza, no particular, contida no todo.
Ensaio Vocal continua detendo a mesma fórmula, que acostumamos a bem ver e ouvir, nos palcos, seja para canções de Buarque, seja para alegorias de bananas e parangolés ao vento das vozes de Torquato.
Em "Pra Não Dizer Adeus", as cores suaves e desenhos dos figurinos; a cenografia móbile de cercas de talos de coco babaçu, pendida do céu do Theatro; a luz; as músicas, arranjos; os músicos afiados e o coletivo vocal afinado que reverbera as falas do Poeta deixaram um gosto de quero + a quem veio curtir a canção brasileira na veia musical de Torquato Neto.
fotos/imagem: (Luciano Klaus)
sexta-feira, 30 de setembro de 2016
Útero, mora?
Útero de Mora.
por maneco nascimento
Datan Izaká criador, bailarino e coreógrafo da Cia. que dança por aqui e que investe, também, na nova dança, apresentou na noite do dia 29 de setembro, numa Sala-estúdio da Escola Estadual de Dança "Lenir Argento", resultado de Projeto que vem desenvolvendo e que, repercute ato criador e arte determinante da reinvenção da própria linguagem, de bem dançar, as falas do corpo.
O espetáculo "E|N|T|R|E", criação e concepção de Datan Izaká, com os Performers/Dancers, Daline Ribeiro, Ireno Gomes e Hellen Mesquita se instala como arte presente, inteligente e perspicaz atraente como arte criativa.
A dramaturgia justificada pelo criador, "E|N|T|R|E é um ambiente sensorial, táctil, um lugar de atravessamentos/desejos/inquietações. As linhas surgem como objeto-conceito, como corpo vivo disforme, como paisagem borrada, como condição da vida, uma vida de enganchamentos. São tufos de linhas emaranhadas de nós e nós."
O espetáculo se apresenta em temporada de dois dias, 29 e 30 de setembro, dentro da Semana de comemorações do aniversário de 31 anos da Escola de Dança "Lenir Argento". Em um pouco + de 40 minutos de dramaturgia em dança, o espetáculo corre à livre interação com a recepção contida no sítio de ação dramática.
Em palco arena retangular, cadeiras montáveis de papelão recebem o público que emoldura as personagens envoltas no aconchego do útero de fibras de algodão. A música reiterante assonal, dissonante presente, com passagens atonais de assimétricos sonoras, ganha evolução e marca tempo e espaço da trama na trama que guarda os filhos, em luta trinivitelinas, dentro do calor uterino do novelo que esconde/revela o percurso dos que evoluem a paridos.
A luz, Pablo Erickson, também implica nos revela/esconde aos lapsos flagrantes de fotografia, a quase sinapses ininterruptas, quando os claros escuros encontram sincronia com a trilha atraente e decisiva ao mapeamento do calor, metamorfose, corpo unicelular à meiose de corpos que se fundem, separam, reunificam e misturam e combinam sentimento dramático de ser um, ser três em um que se completam.
Do neutro à expansão das fugas, das idas e vindas, do rola e re-rola, dos vais e vens, do entre interrelacional com o público em seu derredor, os performers/dancers Daline Ribeiro, Ireno Gomes e Hellen Mesquita vão destrinchando uma eterna luta de sobrevivência e, segundo a doutora em literatura brasileira pela Uespi/Puc-MG, Assunção de Maria, "um sentimento de deixar e retomar de relações de amor", em que se nega e reafirma (grifo meu).
As recepções livres se nos permitem viajar por mitos e realidades. Como o mito do tempo, da mora, em que se vai tecendo o tempo de vidas e dramas e histórias e memórias humanas em eterno recomeço. Ou a realidade, de vidas e sentimentos, em que inflexiona relações de amores, atrações, disputas, o dentro no fora, o fora no dentro, o um no outro e o outro em uns de atração/retração, mimetismos, entrecruzamentos de calores, humores, o corpo no corpus do corpo, em um e às divisões celulares e repetição nuclear da gravitação da vida humana.
A dialética da vida tecida, gestada, ampliada em conflitos de natureza humanas e indispensáveis. O coser e, na tessitura, reagrupar as tramas do tapete em que se é linha, agulha, manufatura, tecelã, produto constructo, liberdades e arbítrio de presos às escolhas de sentimentos intrínsecos ao tecido humano e fibroso, que constitui sopro vital na ebulição, evolução de genes, de gentes gestacionadas no bolo de linho, de linhas da vida na tessitura de cordões, fibras e fibras dos corações que pulsam alinhavos de existir.
O público de fora e de dentro, paredes protetoras do útero da mora, integra e é, à medida que a dramaturgia avança, peça que a aranha do tempo tece. Que as aranhas eclodidas do ovo da aranha-mãe devoram, ou decifram, ou integram a recepção como parte do tecido humano costurado na almofada de bilros da Mora, trama expiada.
Espetáculo denso, intenso, mas que reverbera suavidade de encontros e lúdico estético-criativo de prender público e intérpretes na mesma teia dramática, que se nos convida a entrar e ficar, indisponivelmente à saída, mesmo que saia.
Já que "E|N|T|R|E" convida, o convite aceito abre o ato ao tear que enlinha, em linhas e fios, a identidade humana de ser e estar contida na trama que gera a estampa, de retalhos, pontos e fios trançados à vida, do núcleo às extremidades de amarras que intercomunicam o dentro e fora do tecido da existência.
A sinergia de luz, som, fios e corpos unificados no útero da Mora faz de "E|N|T|R|E" um impacto estético e plástico de ato criativo e afinado de nova dança.
Feito peça de Michelangelo, a estátua de Davi que muito fala no silêncio, o espetáculo em sonoridades e fúria estéticas a tudo dá vozes pelo corpus falante.
fotos/imagem: (acervo Victor Rodrigues)
fotos/imagem: (acervo Victor Rodrigues)
quinta-feira, 29 de setembro de 2016
Novo Dança
Dança Branco
por maneco nascimento
A "Lenir Argento" fez 31 anos de passos e práxis de dança e as comemorações de 26 a 30 de setembro de 2016 correm em curso. "Dançaaaaaaaaa Lenir" é assim o sentimento das comemorações que se instalaram para resultados na Escola Estadual de Dança "Lenir Argento" e Theatro 4 de Setembro/Galeria do Club dos Diários "Nonato Oliveira".
Dias 27 e 28, no período da noite, às 18h30, ações se concentraram no Theatro 4 de Setembro. No primeiro dia, dessa temporada em dança, na Casa de espetáculos, se apresentaram o Balé Popular, com coreografia "Catirinas" e o Balé da Cidade de Teresina - BCT, com a coreografia "Fuga" e, + um bolo e velinhas + show com Bia e Os Becks, na Galeria do Club dos Diários "Nonato Oliveira".
Já em dia 28, a partir das 18h30, o palco recebeu dois exercícios contemporâneos com aluno(a)s da Escola. Entre os números, o resultado "Casco", intérpretes em criação iniciados do 5o. e 6o. Ano B, com facilitação do professor Ireno Junior.
As apresentações dos aspirantes a aprendizes de feiticeiros cumprem a busca em alcance da linha divisória entre a tradição (clássico) e a ruptura (nova dança/contemporâneo). Estão na lona, concorrendo às improvisações brancas, como em apologia a rimas brancas, mas para as falas do corpo em corpus do coletivo apresentado, ainda sem métrica afinada.
O texto de apresentação para "Casco", projetado no telão ao fundo da cena, justifica-se por si mesmo, mas as respostas ao tempo do visto à exploração dramática livre ainda não consegue, nem se aproximar do discurso teórico, nem desafiar a prática iniciática.
Talvez, o(a)s intérpretes, por não deterem, ainda, um maior domínio da nova técnica do novo dança, marquem e repassem as velhas marcas, de escolho, a parecer deixarem perder-se do velho e sem, consentir, com efeito de crédito, no novo que busquem.
As improvisações brancas e livres ficam no desenho de partitura que ainda não apreendeu a apreender o arbítrio do corpo e manifestar-se em falas próprias e vozes que estão contidas no próprio corpo. Às margens das intenções de manifestar o improviso ainda concorrem ao círculo de giz da lição escolástica + presente. Os aprendizes de feiticeiros não descobriram o salto da alfândega ao Sol da Meia Noite, mas devem crescer para melhor compreender aonde podem chegar, ou não.
O último número da noite, "Nova - Improvisação", que reuniu um coletivo de aluno(a)s e professores, surtiu uma liberdade criativa e uma sinergia de sentimentos, emoções distanciadas, improvisações garantidas pelo intercurso de ação e reação, encontros de foco e dialogismos em corpo e ação e falas e movimentos e música e sonoridade e e método e práxis de criar, sem métodos. Só com o que se propuseram ao novo e o improviso.
Instigante, envolvente, aeróbico-dinâmico, indutivo a manter a recepção envolvida e atenta à novidade que se vai apresentando e construindo. Um construtivismo estético e um diálogo aberto e interativo dos corpos no corpus que dança e das personagens da dramaturgia que se vai formatando e envolvendo o público atento ao que vai surgindo.
Capitaneado por Soraya Portela (de experiente passagem pelo Núcleo do Dirceu e outras propostas desdobradas) e Ireno Júnior, "Nova - Improvisação" corresponde muita eficazmente à feição de propósitos sugeridos. Bom de ver, bom de perceber que há um sinal de nova dança, quando o intérprete-criador já consegue perceber como pedras construtivas marcam seu percurso, em passos de novo dança.
31 anos de "Lenir Argento", desde aquele núcleo da “Escola de Dança do Theatro 4 de Setembro” (criada em 5 de agosto de 1985) e, transferida das dependências do Theatro 04 de Setembro para o prédio da Central de Artesanato "Mestre Dezinho" (1987). Ali já se instalou com o nome de Escola de Dança do Estado do Piauí e, posteriormente, em 2001 recebe o nome de Lenir Argento.
Em suas + de três décadas a "Lenir Argento" tem formado profissionais da dança, aberto fronteiras para passos de dança do Piauí ao mundo e criado trânsito a novos diálogos que interagem o Novo Dança Dança Branco.
Das licenças dramáticas ao poético de corpo falante a "Lenir Argento" segue século 21 adiante.
fotos/imagem: (disp. mvl. m. nascimento)
por maneco nascimento
A "Lenir Argento" fez 31 anos de passos e práxis de dança e as comemorações de 26 a 30 de setembro de 2016 correm em curso. "Dançaaaaaaaaa Lenir" é assim o sentimento das comemorações que se instalaram para resultados na Escola Estadual de Dança "Lenir Argento" e Theatro 4 de Setembro/Galeria do Club dos Diários "Nonato Oliveira".
Dias 27 e 28, no período da noite, às 18h30, ações se concentraram no Theatro 4 de Setembro. No primeiro dia, dessa temporada em dança, na Casa de espetáculos, se apresentaram o Balé Popular, com coreografia "Catirinas" e o Balé da Cidade de Teresina - BCT, com a coreografia "Fuga" e, + um bolo e velinhas + show com Bia e Os Becks, na Galeria do Club dos Diários "Nonato Oliveira".
Já em dia 28, a partir das 18h30, o palco recebeu dois exercícios contemporâneos com aluno(a)s da Escola. Entre os números, o resultado "Casco", intérpretes em criação iniciados do 5o. e 6o. Ano B, com facilitação do professor Ireno Junior.
As apresentações dos aspirantes a aprendizes de feiticeiros cumprem a busca em alcance da linha divisória entre a tradição (clássico) e a ruptura (nova dança/contemporâneo). Estão na lona, concorrendo às improvisações brancas, como em apologia a rimas brancas, mas para as falas do corpo em corpus do coletivo apresentado, ainda sem métrica afinada.
O texto de apresentação para "Casco", projetado no telão ao fundo da cena, justifica-se por si mesmo, mas as respostas ao tempo do visto à exploração dramática livre ainda não consegue, nem se aproximar do discurso teórico, nem desafiar a prática iniciática.
Talvez, o(a)s intérpretes, por não deterem, ainda, um maior domínio da nova técnica do novo dança, marquem e repassem as velhas marcas, de escolho, a parecer deixarem perder-se do velho e sem, consentir, com efeito de crédito, no novo que busquem.
As improvisações brancas e livres ficam no desenho de partitura que ainda não apreendeu a apreender o arbítrio do corpo e manifestar-se em falas próprias e vozes que estão contidas no próprio corpo. Às margens das intenções de manifestar o improviso ainda concorrem ao círculo de giz da lição escolástica + presente. Os aprendizes de feiticeiros não descobriram o salto da alfândega ao Sol da Meia Noite, mas devem crescer para melhor compreender aonde podem chegar, ou não.
O último número da noite, "Nova - Improvisação", que reuniu um coletivo de aluno(a)s e professores, surtiu uma liberdade criativa e uma sinergia de sentimentos, emoções distanciadas, improvisações garantidas pelo intercurso de ação e reação, encontros de foco e dialogismos em corpo e ação e falas e movimentos e música e sonoridade e e método e práxis de criar, sem métodos. Só com o que se propuseram ao novo e o improviso.
Instigante, envolvente, aeróbico-dinâmico, indutivo a manter a recepção envolvida e atenta à novidade que se vai apresentando e construindo. Um construtivismo estético e um diálogo aberto e interativo dos corpos no corpus que dança e das personagens da dramaturgia que se vai formatando e envolvendo o público atento ao que vai surgindo.
Capitaneado por Soraya Portela (de experiente passagem pelo Núcleo do Dirceu e outras propostas desdobradas) e Ireno Júnior, "Nova - Improvisação" corresponde muita eficazmente à feição de propósitos sugeridos. Bom de ver, bom de perceber que há um sinal de nova dança, quando o intérprete-criador já consegue perceber como pedras construtivas marcam seu percurso, em passos de novo dança.
31 anos de "Lenir Argento", desde aquele núcleo da “Escola de Dança do Theatro 4 de Setembro” (criada em 5 de agosto de 1985) e, transferida das dependências do Theatro 04 de Setembro para o prédio da Central de Artesanato "Mestre Dezinho" (1987). Ali já se instalou com o nome de Escola de Dança do Estado do Piauí e, posteriormente, em 2001 recebe o nome de Lenir Argento.
Em suas + de três décadas a "Lenir Argento" tem formado profissionais da dança, aberto fronteiras para passos de dança do Piauí ao mundo e criado trânsito a novos diálogos que interagem o Novo Dança Dança Branco.
Das licenças dramáticas ao poético de corpo falante a "Lenir Argento" segue século 21 adiante.
fotos/imagem: (disp. mvl. m. nascimento)
quarta-feira, 21 de setembro de 2016
"Tenho visto
muitas coisas nesse mundo de meu Deus..."
por maneco nascimento
[É engraçada (não, não é) toda essa polêmica sobre o show no Salve domingo passado. Parece que está sendo nosso Woodstock.
E foi, apenas, uma moça tocando e cantando sem camisa/blusa e um rapaz que deixou a bunda de fora.
O que incomoda nem é uma pessoa ou outra ou várias não curtirem alguém seminu (ou nu, mesmo) em público. Vai entender os recalques de cada um. Mas o pior são os discursos.
O pseudocaso da seminudez (ou nudez, tanto faz) dos meninos no Parque da Cidadania mostra, mesmo, como o discurso conservador moralista voltou (?) com toda a força. E é feio, agressivo, raivoso, preconceituoso. E mostra que a história não anda para a frente. Vivemos mesmo tempos simultâneos. As pessoas vivem em décadas ou séculos paralelos.
Lembrando que Woodstock aconteceu em 1969. Há 47 anos, portanto. Até há algum tempo se brincava com os remanescentes dos bichos-grilo: "está vindo de Woodstock a pé". Pasmem.
Tem gente que ainda nem chegou lá.]fonte: (André Gonçalves 3 h ·)
Bom. Ninguém precisa endossar o que já é feio, por si mesmo. Nem engrossar o coro dos Dezcontentes (chafurdindo a ideia do Poeta) numa sociedadezinha ascéptica, conservadora, moralista da porta da rua pra fora, ou de discursos que corroborem com a Teoria do Silêncio. E não vou explicar o que significa essa Teoria, quem não souber que lesse um pouco +.
Tenho visto formadores de opinião discorrerem sobre "o nu do Salve Rainha", ou de como estes mesmo(a)s paladino(a)s da conservação da moral e dos bons costumes costumam brincar de serem heróis/inas para angariar prestigio, ou brigar para estarem bem na fita, num bom mocismo que beira a qualquer coisa, menos a vestígio de entender de liberdades, livre arbítrio e diversidade de ação + pensamento + atitude + cidadanias ampliadas.
Talvez, esses discursos higienistas da moral cristã e bons costumes, + vertigem de repetir/repartir a velha máscara colorida às conveniências de quem melhor gere uma proteção a falsos poderes, fáceis pudores e francos desejos assépticos de manterem seus mundinhos formais aos próprios desígnios e informais a quem quebre seus protocolos de sociedade dos incêndios, dos cassetetes, dos sprays de pimenta e balas de borracha e de fogo, da melancolia de despencados de seus bons e áureos tempos de chumbo.
"Quem te fez saber que estavas nu?" brandia o discurso de peça paraense que por aqui passou nos anos oitenta do século 20. E, para a fábula d'O Rei nu, quem nunca ouviu falar, leu, ou viu reproduzida essa lição fabular de enfiar o dedo na própria ferida?
Estão nas entrelinhas, de fuga do óbvio, a discussão crítica de quem também perceba o nu, não só no outro(a), mas também em si mesmo(a). O que se fará dessa constatação, de percepção do verdadeiro nu, é onde moram as várias leituras de recepção da nudez, ou do "choque" de se lhe ser "imposto" o nu alheio.
Vi alguns pronunciamentos acerca do "vexame" de nudez na noite do Salve Rainha, último domingo (18) e, "confesso abestalhado" que não estou decepcionado (parafraseando outro Poeta). Vive-se um brasil (país assim mesmo, apequenado) de discursos diaspórico da rendição alheia. Do expurgo do outro(a) que não corrobore com a atitude dos bois tangidos.
Como diz André Gonçalves, "o discurso conservador moralista voltou (?) com toda a força. E é feio, agressivo, raivoso, preconceituoso."
A inquirição de Gonçalves já responde. "Este é um país que vai pra frente...." reiterava o discurso-jingle da ditadura brasileira do país do milagre econômico. E, os heróis da resistência fizeram sua parte, resistiram. Quem acreditar na história paralela à oficial, também crê no genocídio nazista. Parece que uma coisa nada tem a ver com outra? Talvez, melhor não ter muitas certezas e + observar sem perder a ternura, ou a coragem.
Agora, quanto ao nu dos menino(a)s do Salve Rainha. Será que estavam mesmo nus? Será que estamos vestidos? Quem fica bem, ou mal vestido na fita oficial?
Com a quebra de direitos sociais adquiridos; a volta da educação moral e cívica; o desmantelamento das disciplinas reflexivas na matriz do ensino básico; as favelas incendiadas ao intercurso da especulação imobiliária nos grandes centros urbanos; o endurecimento policial de cão feroz das polícias do estado brasis; os discursos pro-ditadura; os púlpitos neo-políticos-homofóbicos no congresso nacional; o surgir das sombras protegidas do neonazismo-fascismo tupuniquim da cepa "do lado de baixo da linha do equador, onde não existe pecado (meu Poeta preferido); o estado de polícia-justiça-politica entrelaçado a favor de bem comum de seus pares; os golpistas parlamentares dando as cartas de dezgovernabilidades e um brasil, dos mesmos, sendo paulatina e cinicamente orquestrado a se instalar a quem sobreviva corroborativamente...
É. Parece que há alguém nu. O Brasil está nu, gente. Escandalosamente nu.
Quem a mim parece está decentemente vestido, "ou não!" (parafraseando + um Poeta), mas afirmativamente brasileiro, coletivo e esperando que haja algo pra colocar na panela e alimentar os seus, somos nosotros. Porque, convenhamos, panela é, na cadeia alimentícia homo modernus, suporte à manufatura de alimentos e não objeto de discurso de burguesia brasileira sem qualquer charme.
O Salve Rainha está é muito bem vestido. E, se nu, quero definitivamente estar despido junto com Ele. Porque se é pra ser bíblico, abro mão de Noé e sua embriaguez de vinho e fico com Jesus Cristo e sua máxima de Amor ao próximo(a), que esclarece sobre pedra na mão dos detratores de Madalena.
O(a)s formadores de opinião, o(a)s profissionais e liberais, o(a)s eleito(a)s e curado(a)s pela fé obreira do reino capital, o(a)s que atiram uma pedra, disfarçam, olham pro céu e pedem graças a Deus que nos protege indistintamente, vigiem em seu redor. Estão meeesmo vestidos? Se aliados ao Rei, é para estarem em mesmos trajes?
Quem te faz saber que estás nu? Eu não posso, já estarei muito preocupado com minha própria nudez, pelos próximos anos que se nos afiguram.
Deixe o Salve Rainha continuar sendo como sempre foi. Ele não é modelo do mundinho perfeito dos eus, selfies e dos seus. Se quer ficar em seu "The Truman Show" (aos que sofrem de melancolia americanófila) ou O Show de Truman, traduzindo para um bom português do Brasil, fique na sua vibe e deixe que o livre arbítrio alcance quem não quer estar em sua onda maniqueísta.
+ à esquerda. + à direita. + ao centro. centrão. melancólicos decaídos do usufruto do período da exceção. é muito salutar manifestar-se. é livre democrático posicionar-se. infiel é não manifestar-se.
E, para que nunca se perca a ternura e a crítica reflexiva: Fora Temer!
E Salve Rainha!
sexta-feira, 16 de setembro de 2016
Arte e Epifania
Sinfonia Franciscana
por maneco nascimento
Era noite de Lançamento da Festa de São Francisco 2016. Os buchichos giravam em torno das ações culturais que concorreriam dali a pouco, no palco do Theatro 4 de Setembro.
O dia era 15, a iniciativa da Arquidiocese de Teresina/Paróquia de São Benedito/Convento São Benedito e seu Guardador, Frei Francisco Lopes.
A programação estava prometida e consagrada para bem lançar a Festa dedicada ao Santo do amor à música, aos pobres e aos animais. Uma ótima expectativa estava construída e não houve quem se decepcionasse. Frei Lopes abriu a noite, em saudação aos presentes. Com as boas vindas expressadas, deu-se, então a parte artística e cultural da noite.
Luiza Miranda e Josué Costa brindaram a recepção com canções populares de identidade do homem brasileiro da terra nordeste. Umas belas composições de Elomar (O Pedido; Cantiga de Amigo e Campo Branco).
Na dupla, uma voz bonita de Luiza; um cordas de aço, com requintes de vontade e desejo de bem tirar acordes de um violão, o premiado em Santiago da Compostela d'Espanha, Josué Costa, e as falas e vozes de tradição ibéricas, reinventadas ao nordeste das memórias culturais, pela sensibilidade musical do menestrel Elomar.
Ainda fixaram beleza de "El Reloj" (Roberto Cantoral), na bossa indispensável "Deixa" (Baden/Vinícius) e no samba velha guarda "Não deixe o samba morrer" (Edson Conceição/Aloísio Silva).
A próxima dupla a se apresentar, a classuda Gislene Danielle e o cantor e músico gospel pop, Flávio Moura. A dupla dividiu as canções "Doce é Sentir", "Ave Maria Nordestina" e "Oração de São Francisco". Um dueto delicado de registros vocais afiados. A fina flor em voz suave e afinados sutis de Danielle e um grave ralentado charmoso, mix sertanejo/gospel, compensador, na voz de Moura.
A artista falou do prazer de cantar e de se encontrar enquanto canta e do que realiza com amor e paixão à força de sentir e compreender as canções. Flávio lembrou da família, falou de fé e encontro, agradeceu o convite de participar do evento e, ao comentar sobre a "Ave Maria Nordestina", confessou do hábito de ainda ouvir rádio AM, costume familiar, em especial a Rádio Pioneira, onde sempre escuta o sucesso de Luiz Gonzaga, no horário dedicado ao momento de reflexão religiosa.
Flávio Moura ainda investiu em mais canções (Quão Grande és Tu; Tudo é do Pai; Incendeia a Minha Alma), como participação solo, depois que Gislene cumpriu sua arte na Sinfonia Franciscana. Moura improvisou com + alguns números e abriu margem para a hora da Formação: "Francisco discípulo e missionário da Misericórdia", com Frei Wilter Malveira.
A comunicação abriu reflexão sobre misericórdia, a partir da morfologia da palavra. Acolhimento, útero, entranhas, braços, acolher, amor ao próximo, justiça.
Lembrou o exemplo de São Francisco para com os pobres, Madre Teresa de Calcutá, Papa Francisco que, em sua atitude não busca auto promoção, mas revela um homem que quebra protocolos em nome do próximo, caridade, acolhimento, humildade, solidariedade indistinta.
E, deixou uma questão para toda a assistência ali envolvida em suas palavras. Palavras que refletiam sobre quem se arvora de "síndico do céu" e "procurador de Deus". As músicas "Céu se abre", "Aleluia, Príncipe da Paz" e "Seguir os Passos de Francisco" embalaram a conversa de Frei Malveira que, com carisma irreprovável deixou lição de vida, missão, paz e olhar sincero ao outro.
A última etapa da "Sinfonia Franciscana" trouxe a presença luxuosa de um dos + tradicionais coro de vozes da cidade. O Madrigal Vox Populi, sob a regência de Luciano Klaus e ao piano Hilson Costa. Repertório afinado e vozes triunfantes para temas sacros-eruditos e clássicos e populares. Os compositores festejados, Thomas Luis de Vistoria (Ave Maria), Aurélio Melo (Kyrie Missa de São Benedito), Johann Sebastian Bach (Jesus Bleibet Meine Freude)
(Madrigal Vox Populi/fotos: Francisco de Castro)
Momentos super especiais, a homenagem a um dos grandes amigos de Corais e regentes dos + expressivos que já passaram por Teresina, vide Coral do Amparo que conduziu por anos. Em duas canções, com arranjos do compositor, se ouviu duas preciosidades melódicas.
Do paraibano + piauiense que existe, as pérolas populares de tradição de lendas piauienses "Cabeça de Cuia" e O Meu Boi Morreu". Arranjos, para Coro, delicados, com o humor, perspicácia e excelência musical peculiares do maestro Reginaldo Carvalho, que deixou saudade.
Outro momento, indisfarçável, o Solo de Pedro Furtado, na canção "Procesion" (Romanciero Gitano de Castelnuevo - Tedesco). Uma bela voz, de baixo prospectadamente confortável, com força, limpeza de registro vocal e um expressivo melódico direto e tranquilo de belo canto.
Ainda encantou, o Vox Populi, com suas vozes assimétricas de naipes e simétricas de afinação densa e encorpada, em temas indígenas amazônico-brasis, de Guerra Peixe, nas melodias alegres e humoradas "Canto das Moças - Canto dos Rapazes" (Ritual de perfuração da orelha "Série Xavante"/G. Peixe).
Entre os medalhões de vozes Nerinha, Paulo Libório, Conceição Farias, Samuel Andrade, Odailton Aragão, Laureni Dantas, entre outro(a)s preciosos registros vocais do coletivo em canto. O Madrigal Vox Populi conserva tradição de belo canto coral e, confirma dinâmica de continuidade de uma prática artística musical que já teve muito + grupos atuantes, em Teresina. Hoje tem Vox Populi que, em seu bom latim de identidade, desliza, suave, entre eruditos e populares sonoros vocais.
Na última atração da noite, com o tema Agradecimentos, os Frades Capuchinhos do Convento São Benedito e convidados, vindos de outras missões, entoaram "Lodi all'Altissimo de São Francisco de Assis, música arranjada por Marco Frisina.
"Sinfonia Franciscana" foi de encher os olhos e enlevar ouvidos. Vale ressaltar que os artistas cederam sua arte, de forma voluntária, ao Lançamento da Festa de São Francisco 2016. Parabéns à iniciativa capitaneada pelo Frei Lopes, Guardador do Convento São Benedito, e empenhada pelo coletivo dos frades daquela Casa capuchinha.
Show em arte e epifania culturais expressivo!
fotos/imagem: Madrigal Vox Populi (F. de Castro)
efigie de São Francisco (m. nascimento)
por maneco nascimento
Era noite de Lançamento da Festa de São Francisco 2016. Os buchichos giravam em torno das ações culturais que concorreriam dali a pouco, no palco do Theatro 4 de Setembro.
O dia era 15, a iniciativa da Arquidiocese de Teresina/Paróquia de São Benedito/Convento São Benedito e seu Guardador, Frei Francisco Lopes.
A programação estava prometida e consagrada para bem lançar a Festa dedicada ao Santo do amor à música, aos pobres e aos animais. Uma ótima expectativa estava construída e não houve quem se decepcionasse. Frei Lopes abriu a noite, em saudação aos presentes. Com as boas vindas expressadas, deu-se, então a parte artística e cultural da noite.
Luiza Miranda e Josué Costa brindaram a recepção com canções populares de identidade do homem brasileiro da terra nordeste. Umas belas composições de Elomar (O Pedido; Cantiga de Amigo e Campo Branco).
Na dupla, uma voz bonita de Luiza; um cordas de aço, com requintes de vontade e desejo de bem tirar acordes de um violão, o premiado em Santiago da Compostela d'Espanha, Josué Costa, e as falas e vozes de tradição ibéricas, reinventadas ao nordeste das memórias culturais, pela sensibilidade musical do menestrel Elomar.
Ainda fixaram beleza de "El Reloj" (Roberto Cantoral), na bossa indispensável "Deixa" (Baden/Vinícius) e no samba velha guarda "Não deixe o samba morrer" (Edson Conceição/Aloísio Silva).
A próxima dupla a se apresentar, a classuda Gislene Danielle e o cantor e músico gospel pop, Flávio Moura. A dupla dividiu as canções "Doce é Sentir", "Ave Maria Nordestina" e "Oração de São Francisco". Um dueto delicado de registros vocais afiados. A fina flor em voz suave e afinados sutis de Danielle e um grave ralentado charmoso, mix sertanejo/gospel, compensador, na voz de Moura.
A artista falou do prazer de cantar e de se encontrar enquanto canta e do que realiza com amor e paixão à força de sentir e compreender as canções. Flávio lembrou da família, falou de fé e encontro, agradeceu o convite de participar do evento e, ao comentar sobre a "Ave Maria Nordestina", confessou do hábito de ainda ouvir rádio AM, costume familiar, em especial a Rádio Pioneira, onde sempre escuta o sucesso de Luiz Gonzaga, no horário dedicado ao momento de reflexão religiosa.
Flávio Moura ainda investiu em mais canções (Quão Grande és Tu; Tudo é do Pai; Incendeia a Minha Alma), como participação solo, depois que Gislene cumpriu sua arte na Sinfonia Franciscana. Moura improvisou com + alguns números e abriu margem para a hora da Formação: "Francisco discípulo e missionário da Misericórdia", com Frei Wilter Malveira.
A comunicação abriu reflexão sobre misericórdia, a partir da morfologia da palavra. Acolhimento, útero, entranhas, braços, acolher, amor ao próximo, justiça.
Lembrou o exemplo de São Francisco para com os pobres, Madre Teresa de Calcutá, Papa Francisco que, em sua atitude não busca auto promoção, mas revela um homem que quebra protocolos em nome do próximo, caridade, acolhimento, humildade, solidariedade indistinta.
E, deixou uma questão para toda a assistência ali envolvida em suas palavras. Palavras que refletiam sobre quem se arvora de "síndico do céu" e "procurador de Deus". As músicas "Céu se abre", "Aleluia, Príncipe da Paz" e "Seguir os Passos de Francisco" embalaram a conversa de Frei Malveira que, com carisma irreprovável deixou lição de vida, missão, paz e olhar sincero ao outro.
A última etapa da "Sinfonia Franciscana" trouxe a presença luxuosa de um dos + tradicionais coro de vozes da cidade. O Madrigal Vox Populi, sob a regência de Luciano Klaus e ao piano Hilson Costa. Repertório afinado e vozes triunfantes para temas sacros-eruditos e clássicos e populares. Os compositores festejados, Thomas Luis de Vistoria (Ave Maria), Aurélio Melo (Kyrie Missa de São Benedito), Johann Sebastian Bach (Jesus Bleibet Meine Freude)
(Madrigal Vox Populi/fotos: Francisco de Castro)
Momentos super especiais, a homenagem a um dos grandes amigos de Corais e regentes dos + expressivos que já passaram por Teresina, vide Coral do Amparo que conduziu por anos. Em duas canções, com arranjos do compositor, se ouviu duas preciosidades melódicas.
Do paraibano + piauiense que existe, as pérolas populares de tradição de lendas piauienses "Cabeça de Cuia" e O Meu Boi Morreu". Arranjos, para Coro, delicados, com o humor, perspicácia e excelência musical peculiares do maestro Reginaldo Carvalho, que deixou saudade.
Outro momento, indisfarçável, o Solo de Pedro Furtado, na canção "Procesion" (Romanciero Gitano de Castelnuevo - Tedesco). Uma bela voz, de baixo prospectadamente confortável, com força, limpeza de registro vocal e um expressivo melódico direto e tranquilo de belo canto.
Ainda encantou, o Vox Populi, com suas vozes assimétricas de naipes e simétricas de afinação densa e encorpada, em temas indígenas amazônico-brasis, de Guerra Peixe, nas melodias alegres e humoradas "Canto das Moças - Canto dos Rapazes" (Ritual de perfuração da orelha "Série Xavante"/G. Peixe).
Entre os medalhões de vozes Nerinha, Paulo Libório, Conceição Farias, Samuel Andrade, Odailton Aragão, Laureni Dantas, entre outro(a)s preciosos registros vocais do coletivo em canto. O Madrigal Vox Populi conserva tradição de belo canto coral e, confirma dinâmica de continuidade de uma prática artística musical que já teve muito + grupos atuantes, em Teresina. Hoje tem Vox Populi que, em seu bom latim de identidade, desliza, suave, entre eruditos e populares sonoros vocais.
Na última atração da noite, com o tema Agradecimentos, os Frades Capuchinhos do Convento São Benedito e convidados, vindos de outras missões, entoaram "Lodi all'Altissimo de São Francisco de Assis, música arranjada por Marco Frisina.
"Sinfonia Franciscana" foi de encher os olhos e enlevar ouvidos. Vale ressaltar que os artistas cederam sua arte, de forma voluntária, ao Lançamento da Festa de São Francisco 2016. Parabéns à iniciativa capitaneada pelo Frei Lopes, Guardador do Convento São Benedito, e empenhada pelo coletivo dos frades daquela Casa capuchinha.
Show em arte e epifania culturais expressivo!
efigie de São Francisco (m. nascimento)
quinta-feira, 15 de setembro de 2016
Voz em Cantos
"Sinfonia Franciscana"
por maneco nascimento
Ele está ali, plantado no zum-zum-zum da Frei Serafim, em cruzamento com a Quintino Bocaiúva.
O Convento São Benedito marca presença charmosa desde idos de 1874. há, exatamente, 142 anos a precisão aritmética da história de assentamento dos esforços e missão dos capuchinhos no século 19.
[O convento e a igreja que levam o nome de São Benedito foram fundados em 1874, quando Teresina ainda era uma menina, com pouco mais de 20 aninhos. Na época, a região era considerada isolada do povoamento central da cidade (...) De acordo com o doutor em História, Pedro Vilarinho, o ponto onde o convento e a igreja estão situados era uma espécie de zona rural. “A igreja está situada em uma região que era conhecida como Alto da Jurubeba, que ficava mais afastada, era o subúrbio, pois nesse período Teresina possuía apenas cerca de doze quarteirões acima do Rio Parnaíba”, esclarece.
Simples e ordeiro, o convento foi construído para abrigar os frades capuchinhos que participavam da missão Desobriga, no Piauí (...)]
fonte: (piaui.pi.gov.br/21.08.2013 - História)
Escola de formação teológica, convento de frades capuchinhas, franciscanos, vizinho da imponente Igreja de São Benedito, construída pelo Frei Serafim da Catânia.
O Convento, hoje dirigido por Frei Lopes, prepara a Festa de São Francisco 2016 e, vem com um evento pancada.
"Sinfonia Franciscana", hoje, 15 de setembro, no Theatro 4 de Setembro, a partir das 19 horas.
O evento será aberto, às 19h15, pelo cerimonial de Gilmar Filho e as boas vindas de Frei Francisco Lopes. Às 19h30, Luiza Miranda canta acompanhada do violonista Josué Costa. Gislene Costa e Flávio Moura fazem as vezes, às 20 horas.
O espaço para a Formação acontece às 20h30. Frei Wilter Malveira fará a comunicação "São Francisco, discípulo, missionário da Misericórdia", acompanhado de músicas sacras temáticas.
A apresentação do Madrigal Vox Populi, às 21 horas, traz um repertório diverso, entre eruditos e populares números musicais. E, às 21h45, os Frades Capuchinhos fecham a noite com os Agradecimentos. Enlevam "Lodi'all Altissimo de São Francisco de Assis", canto coral, com arranjo de Marco Frisina.
A renda dos alimentos será destinada ao Lar Esperança - Casa de Apoio a Pessoas convivendo com AIDS/HIV.
O "Sinfonia Franciscana" e o Lançamento da Festa de São Francisco 2016 é uma realização da Arquidiocese de Teresina e Promoção do Convento de São Benedito
Serviço:
"Sinfonia Franciscana"
- Lançamento da Festa de São Francisco 2016 -
às 19 horas
no Theatro 4 de Setembro.
Ingressos: R$ 15,00 + 1Kg de alimento não perecível
Informações: (086) 3222 2667// 9.9903 0038
fotos/imagem:
do ConventoSB (Jorge Carlo)
arte divulgação Sinfonia Franciscana (ConvSãoBenedito)
por maneco nascimento
Ele está ali, plantado no zum-zum-zum da Frei Serafim, em cruzamento com a Quintino Bocaiúva.
O Convento São Benedito marca presença charmosa desde idos de 1874. há, exatamente, 142 anos a precisão aritmética da história de assentamento dos esforços e missão dos capuchinhos no século 19.
[O convento e a igreja que levam o nome de São Benedito foram fundados em 1874, quando Teresina ainda era uma menina, com pouco mais de 20 aninhos. Na época, a região era considerada isolada do povoamento central da cidade (...) De acordo com o doutor em História, Pedro Vilarinho, o ponto onde o convento e a igreja estão situados era uma espécie de zona rural. “A igreja está situada em uma região que era conhecida como Alto da Jurubeba, que ficava mais afastada, era o subúrbio, pois nesse período Teresina possuía apenas cerca de doze quarteirões acima do Rio Parnaíba”, esclarece.
Simples e ordeiro, o convento foi construído para abrigar os frades capuchinhos que participavam da missão Desobriga, no Piauí (...)]
fonte: (piaui.pi.gov.br/21.08.2013 - História)
Escola de formação teológica, convento de frades capuchinhas, franciscanos, vizinho da imponente Igreja de São Benedito, construída pelo Frei Serafim da Catânia.
O Convento, hoje dirigido por Frei Lopes, prepara a Festa de São Francisco 2016 e, vem com um evento pancada.
"Sinfonia Franciscana", hoje, 15 de setembro, no Theatro 4 de Setembro, a partir das 19 horas.
O evento será aberto, às 19h15, pelo cerimonial de Gilmar Filho e as boas vindas de Frei Francisco Lopes. Às 19h30, Luiza Miranda canta acompanhada do violonista Josué Costa. Gislene Costa e Flávio Moura fazem as vezes, às 20 horas.
O espaço para a Formação acontece às 20h30. Frei Wilter Malveira fará a comunicação "São Francisco, discípulo, missionário da Misericórdia", acompanhado de músicas sacras temáticas.
A apresentação do Madrigal Vox Populi, às 21 horas, traz um repertório diverso, entre eruditos e populares números musicais. E, às 21h45, os Frades Capuchinhos fecham a noite com os Agradecimentos. Enlevam "Lodi'all Altissimo de São Francisco de Assis", canto coral, com arranjo de Marco Frisina.
A renda dos alimentos será destinada ao Lar Esperança - Casa de Apoio a Pessoas convivendo com AIDS/HIV.
O "Sinfonia Franciscana" e o Lançamento da Festa de São Francisco 2016 é uma realização da Arquidiocese de Teresina e Promoção do Convento de São Benedito
Serviço:
"Sinfonia Franciscana"
- Lançamento da Festa de São Francisco 2016 -
às 19 horas
no Theatro 4 de Setembro.
Ingressos: R$ 15,00 + 1Kg de alimento não perecível
Informações: (086) 3222 2667// 9.9903 0038
fotos/imagem:
do ConventoSB (Jorge Carlo)
arte divulgação Sinfonia Franciscana (ConvSãoBenedito)
terça-feira, 13 de setembro de 2016
Um mundo em Corpo
o corpo em Lina
por maneco nascimento
Criações tangibilizadas ao provável da técnica, estética, plástica, experiências cunhadas, desde a menina que ensaiava passos de dança até à ponte possível à estrela da bailarina, coreógrafa, professora-facilitadora, intérprete-criadora, mestra na arte do movimento em corpo falante e, doutoranda na arte de bem dançar, pela síntese, mímesis ampliada, ciência e método e razão sensibilizada pelo ato cênico.
Intangibilidades recrutadas pelas "Criações, raízes e caminhos improváveis na poética do movimento". Nesse sub-lide de sua obra "Corpo do Mundo", Lina do Carmo se nos assegura, leitores, que há uma beleza de experiência contraída e contada, feito memórias de uma vida pela dança, feito tese acadêmica informal, de registrar e marcar inventário, na (re)invenção da carreira.
Nove capítulos eneagramáticos recontam os caminhos, percursos, sua diáspora na busca de um sonho possível. "Lá vida es sueño", como vaticina Calderón de La Barca, numa lúdica reflexão poético-dramática, expia a sugestiva busca da vida pelos impulsos de sobre e viver uma inciativa do salto humano.
A vida é um sonho, possível. A menina, nascida na rua Tiradentes, próximo da Praça do Liceu Piauiense, centro norte de Teresina. De origens nordestinas, com avós maternos de ascendência portuguesa, que vieram esbarrar às margens do rio Longá (norte do Piauí), onde estava plantada a fazenda Vitória, local das férias de criança. Já havia um traço de vitória nos sinais de memórias afetivas.
Na propriedade dos avós, em que tinha o riacho preferido (Parede Furada), ou o recanto sagrado ao banho feminino (Mocó), essa prodígio já demonstrava a veia pulsante de artista, ao ponto da avó Maroca (que evoluiu aos 102 anos) declarar para a mãe de Lina: "A Lina do Carmo é como um pássaro e vai acabar voando longe. Você não vai segurar essa menina." A menina, que registrou o comentário da Vovó Maroca, acredita que esta lia o destino.
Lina na pele e ousadia do próprio pássaro azul bateu asas, quando seu tempo migratório chegou. Fortaleza, São Luís, Rio, EUA, França, Alemanha. Palcos, técnicas, estéticas, atos criativos e criadores da construção da personagem de Corpo no Mundo. Uma dona de suas experiências cardiogramadas, em aritméticas do mínimo e máximo divisores comuns da dança, em mímica, mime drame, expandida.
O livro, um reparo na história, na melhor expressão nordestina, "arrepare mermã na vida como ela é". A artista faz um retorno à Casa, enquanto conta como conquistou as coisas e as causas porque sempre teve impulso de humana compreensão, como diria Drummond, para a conquista de si mesma, seja como artista, mulher, mãe, criadora, acadêmica, mas, especialmente, como aquela que descobriu no simples os melhores efeitos de imersão no próprio eu e tirar novas receitas de arte e vida a efeitos de restauração do eu consigo e com o outro.
Uma bela obra, dedilhada a passos de entender-se e deixar que as memórias criem alguma identidade com quem seja afim e filtre o que sobra do espaço comum da vida da artista. Entre o comum e o sobrecomum, das histórias relatadas, as surpresas inventariadas que repercutem origem vencedora, determinação de fuga do óbvio e resiliência, porque somos todos mortais, mas com traços ancestrais de reconhecer o fogo presenteado por Prometeu à quebra dos paradigmas deterministas.
As origens são perscrutada e se reelaboram na estética de pesquisa, exames, investigações rigorosas e indagações que ganham sujeito de lúdico e plástico, mas que nunca desmentem as antropologias e arqueologias culturais experimentadas à realidade da arte, do artista e da recepção provocada.
Assim, processos de "Capivara", "Otelo", "Victória Régia", "Voodoo de Plastik", "Aruanãzug", "Lustspiel", "Viajante da Luz" ganham expressão quântica nos relatos transcritos. Fortaleza, São Luis, Rio, Estados Unidos, Decroux, Paris, Marcel Marceu, Colônia - Alemanha, Festival Interartes, Karajá, Gurdjieff e a Lei dos 3, mundos contidos no mundo de Lina do Carmo.
(fotos/imagem: acervo Lina do Carmo)
O corpo das sensações, O corpo das fugas, Entre mundos, Corpo dos arquétipos, Corpo - território sem fronteiras, Pororoca de sentimentos, Entre lá e cá, Retornos e retornos, Do corpo físico ao corpo espiritual, Corpo da transcendência, Viagem à Índia, O vaso da alma, Enraizar-se no sagrado.
"A bailarina não sonhou nada à toa". E a prova dos nove continua em dinâmica expressiva, átomos materializados à forma, fórmulas abertas na transversal da arte experimentada, pelo sonho em vida laborada e vida em sonho real consignado à força material, às imaterialidades criativas trazidas à visibilidade estético-artísticas.
Um livro para quem quer aprender a aprender que Deus está no silêncio, mesmo que em ruidosa arte expressionista. Impressionismos lançados à metamorfose do Amor e à forte fala do silêncio, que geram corpus de pertencimento ao corpo que fala.
Ótima leitura e um mergulho numa arte-experiência invejável. Essa menina-moça-mulher se desnuda, em + de quatrocentas páginas e diz que "renasci das memórias que desfrutei de uma infância solta, enraizada nos parâmetros éticos espirituais junto à natureza", ou "na infância está a memória arcaica, nossa tatuagem profunda" (pgs. 41 e 46, respectivamente).
Recomendável para amantes de livros.
fotos:
Lina do Carmo (acervo L. do Carmo)
Lançamento do Livro (acervo Thea4Set)
por maneco nascimento
"Encontro coerência quando reagrupo identidades. A arte vai reunir tudo. O sistema fica sempre aberto. Reflete a busca aberta pela essência que imprime o desejo silencioso de manifestar a razão de existir (...) É preciso estar livre da reputação para viver a essência (...) A viagem para o espaço de dentro é autoiniciação. A viagem para o espaço de fora é emanação da presença (...) O eu é insondável. A verdadeira natureza fica evidente quando percebemos aquilo que não somos (...) O segredo está em restringir o que impede algo de existir vivamente." (Carmo, Lina do. Corpo do Mundo - Criações, raízes e caminhos improváveis na poética do movimento. Rio de Janeiro: Ilimitados, 2015. 432 p.)
Criações tangibilizadas ao provável da técnica, estética, plástica, experiências cunhadas, desde a menina que ensaiava passos de dança até à ponte possível à estrela da bailarina, coreógrafa, professora-facilitadora, intérprete-criadora, mestra na arte do movimento em corpo falante e, doutoranda na arte de bem dançar, pela síntese, mímesis ampliada, ciência e método e razão sensibilizada pelo ato cênico.
Intangibilidades recrutadas pelas "Criações, raízes e caminhos improváveis na poética do movimento". Nesse sub-lide de sua obra "Corpo do Mundo", Lina do Carmo se nos assegura, leitores, que há uma beleza de experiência contraída e contada, feito memórias de uma vida pela dança, feito tese acadêmica informal, de registrar e marcar inventário, na (re)invenção da carreira.
Nove capítulos eneagramáticos recontam os caminhos, percursos, sua diáspora na busca de um sonho possível. "Lá vida es sueño", como vaticina Calderón de La Barca, numa lúdica reflexão poético-dramática, expia a sugestiva busca da vida pelos impulsos de sobre e viver uma inciativa do salto humano.
A vida é um sonho, possível. A menina, nascida na rua Tiradentes, próximo da Praça do Liceu Piauiense, centro norte de Teresina. De origens nordestinas, com avós maternos de ascendência portuguesa, que vieram esbarrar às margens do rio Longá (norte do Piauí), onde estava plantada a fazenda Vitória, local das férias de criança. Já havia um traço de vitória nos sinais de memórias afetivas.
Na propriedade dos avós, em que tinha o riacho preferido (Parede Furada), ou o recanto sagrado ao banho feminino (Mocó), essa prodígio já demonstrava a veia pulsante de artista, ao ponto da avó Maroca (que evoluiu aos 102 anos) declarar para a mãe de Lina: "A Lina do Carmo é como um pássaro e vai acabar voando longe. Você não vai segurar essa menina." A menina, que registrou o comentário da Vovó Maroca, acredita que esta lia o destino.
Lina na pele e ousadia do próprio pássaro azul bateu asas, quando seu tempo migratório chegou. Fortaleza, São Luís, Rio, EUA, França, Alemanha. Palcos, técnicas, estéticas, atos criativos e criadores da construção da personagem de Corpo no Mundo. Uma dona de suas experiências cardiogramadas, em aritméticas do mínimo e máximo divisores comuns da dança, em mímica, mime drame, expandida.
O livro, um reparo na história, na melhor expressão nordestina, "arrepare mermã na vida como ela é". A artista faz um retorno à Casa, enquanto conta como conquistou as coisas e as causas porque sempre teve impulso de humana compreensão, como diria Drummond, para a conquista de si mesma, seja como artista, mulher, mãe, criadora, acadêmica, mas, especialmente, como aquela que descobriu no simples os melhores efeitos de imersão no próprio eu e tirar novas receitas de arte e vida a efeitos de restauração do eu consigo e com o outro.
Uma bela obra, dedilhada a passos de entender-se e deixar que as memórias criem alguma identidade com quem seja afim e filtre o que sobra do espaço comum da vida da artista. Entre o comum e o sobrecomum, das histórias relatadas, as surpresas inventariadas que repercutem origem vencedora, determinação de fuga do óbvio e resiliência, porque somos todos mortais, mas com traços ancestrais de reconhecer o fogo presenteado por Prometeu à quebra dos paradigmas deterministas.
As origens são perscrutada e se reelaboram na estética de pesquisa, exames, investigações rigorosas e indagações que ganham sujeito de lúdico e plástico, mas que nunca desmentem as antropologias e arqueologias culturais experimentadas à realidade da arte, do artista e da recepção provocada.
Assim, processos de "Capivara", "Otelo", "Victória Régia", "Voodoo de Plastik", "Aruanãzug", "Lustspiel", "Viajante da Luz" ganham expressão quântica nos relatos transcritos. Fortaleza, São Luis, Rio, Estados Unidos, Decroux, Paris, Marcel Marceu, Colônia - Alemanha, Festival Interartes, Karajá, Gurdjieff e a Lei dos 3, mundos contidos no mundo de Lina do Carmo.
(fotos/imagem: acervo Lina do Carmo)
O corpo das sensações, O corpo das fugas, Entre mundos, Corpo dos arquétipos, Corpo - território sem fronteiras, Pororoca de sentimentos, Entre lá e cá, Retornos e retornos, Do corpo físico ao corpo espiritual, Corpo da transcendência, Viagem à Índia, O vaso da alma, Enraizar-se no sagrado.
"A bailarina não sonhou nada à toa". E a prova dos nove continua em dinâmica expressiva, átomos materializados à forma, fórmulas abertas na transversal da arte experimentada, pelo sonho em vida laborada e vida em sonho real consignado à força material, às imaterialidades criativas trazidas à visibilidade estético-artísticas.
Um livro para quem quer aprender a aprender que Deus está no silêncio, mesmo que em ruidosa arte expressionista. Impressionismos lançados à metamorfose do Amor e à forte fala do silêncio, que geram corpus de pertencimento ao corpo que fala.
Ótima leitura e um mergulho numa arte-experiência invejável. Essa menina-moça-mulher se desnuda, em + de quatrocentas páginas e diz que "renasci das memórias que desfrutei de uma infância solta, enraizada nos parâmetros éticos espirituais junto à natureza", ou "na infância está a memória arcaica, nossa tatuagem profunda" (pgs. 41 e 46, respectivamente).
Recomendável para amantes de livros.
fotos:
Lina do Carmo (acervo L. do Carmo)
Lançamento do Livro (acervo Thea4Set)
segunda-feira, 12 de setembro de 2016
Um "Casca de Noz"
no inspirado Nortea
por maneco nascimento
Das melhores surpresas contidas, entre tantas pérolas, no Festival de Teatro Lusófono - FestLuso 2016 - Ano Júlio Romão, a instalação da Embaixada do Nortea, dentro do Festival, foi uma inspiração e um chamamento a pensar teatro, + profusamente, e não ficar alheado só nos vestígios das luzes e dramas dos espetáculos convidados.
Na Casa da Cultura de Teresina, sempre nas manhãs de cinco dias (23, 24, 25, 26 e 27 de agosto) os encontros renderam outro Festival. Um de discussões pontuais, esclarecedoras e sinalizadoras da arte do drama e comédia que coma pelas beiradas e não dispense a antropofagia do prato principal.
Teatro, grupos, criadores-diretores, técnicas, métodos, estéticas, linguagens particulares à mesma matriz de variação sobre o mesmo tema e moto-contínuo da dinâmica de manter a pira de Baco acesa e a cena viva. Cinco dias pau dentro e sem fingidos orgasmos.
Os pontos d(rama), c(omédia), t(eatro), g(rana), m(mercados), s(sobrevivência) e outros, na ordem alfabética dramática, ganharam discussões acentuadas e pertinentes à inteligência de razão e sensibilidade colaborativas do teatro que se quer ter, ver, produzir e ganhar mercados e futuros.
5a. Edição Nortea para deixar claro que o FestLuso contém forma, fórmulas, língua e linguagem contidas, também, no Núcleo de Laboratórios Teatrais do Nordeste. Cada dia um acento agudo e circunflexionando conhecimento e pensamento gerador de propostas e propósitos, mostra, experimentos, resultados e variação de formas de ver e fazer teatro.
Na manhã do dia 27 de agosto, última manhã dos encontros, por exemplo, uma conversa produtiva, perspicaz e, sobretudo, antenada no mundo, que gira em torno da órbita do novo teatro brasileiro, foi o que se absorveu com as falas de Kil Abreu.
(Kill Abreu/acervo 5o. Nortea)
Tranquilo, objetivo, respeitoso, bom ouvinte e, com leituras afiadas sobre crítica de arte dramática e experiência de saber ver, sentir e extrair arte do teatro, repercutiu respostas sinceras, eloquentes, solidárias, políticas, crítico-estéticas e rebuscadas na linguagem, pela linguagem e para além dela.
Quem não absorveu nada, ou nada apreendeu da comunicação franca de Abreu, estava na hora errada, na sala errada e, talvez, no contexto de repertório alienígena do que foi dado à discussão. Eu, por certo, aprendi numa manhã o que meus bem creditados 53 e um quarto de idade ainda não me haviam influído tão bem.
"Quem influencia Leila Baby?", perguntava uma peça, paulista, conceitual dos anos oitenta, que cruzamos em um festival brasileiro capixaba. Já na época, os + antenados sabiam a resposta. Aquela resposta Kill Abreu reiterou um pouco + de duas décadas depois. O teatro é contínuo e o pensamento crítico revela as gavetas de memória sincrônicas. Aquela conversa com Kill, na manhã de 27 de agosto, foi 10+.
Mas ainda não havia sido tudo. Tinha uma demonstração de processo a ser apresentado aos presentes à última etapa 5a. Edição Nortea/FestLuso. Das 11h às 12h, na Sala de Dança da Casa de Cultura de Teresina, a Mostra de Processo pelo Espetáculo “Casca de Noz”, com Dionizio Cosme do Apodi, ator e diretor, intérprete criador do Grupo O Pessoal do Tarará (Rio Grande do Norte/São Paulo). Colega nosso de outras investidas, aceitou prontamente o convite de voltar ao Piauí e também ser Nortea.
A nova língua e linguagem, em método de ator e práxis expandida pelo diálogo com o ator e diretor Cacá Carvalho, brindou à Teresina uma nova roupa dada pelo brilho determinante de Dionizio do Apodi. Esse mesmo trabalho, ou a versão + hermética, romântico-contemporânea de investir teatro vivo, já havíamos, visto alguns anos atrás, numa das últimas versões do Festival Nacional de Monólogos "Ana Maria Rêgo". Belo! Ganhou todos os Prêmios(em dinheiro), mas nunca levou, é bom que não se esqueça nunca. A PMT e sua Fundação de Cultura (Monsenhor Chaves) deram um calote no artista, sua obra e sua Cia. de Teatro.
Mas evoluamos, sem omitir memórias, e cheguemos à manhã de 27 de agosto de 2016. Apodi se nos apresentou um belo trabalho de ator, em partitura contemporânea viva-voz dos mundos e interiores bichados da fé cega, de pregoeiros dos centros urbanos e furiosos furacões destruidores da crença limpa, que talvez nem resista mesmo. A personagem bem gerada à segunda versão de "Casca de Noz". Sim, tem uma primeira, segunda e uma terceira versões.
Essa segunda visão da orbe originus, vista na cidade, traz-nos uma personagem em conflito com o deus e o diabinho, rebentados na obra e luzes do obreiro de viseira evangélico-trágico.
(Apodi, no primeiro "Casca de Noz"/foto: divulgação)
Se, na primeira versão se se detinha numa delicada e sutil entrada na alma da personagem, em conflito entre amar, ou deixar-se à casta de amor religioso, entregue à fé ascética. Nesta nova visão, as tempestades chegam mais violentas e os raios caem muito + de 10 vezes mandamentados pelas fugas e recuos. Dores e amores de negar e forçar aceitação.
Um Apodi determinante a uma personagem determinista e claramente turva dos pântanos da sobrevivência, entre os céus que nos protejam e o inferno que nos persiga. O figurino, não poderia casar melhor andrajo, do ascético, em busca de equilíbrio. Uma segunda pele cobreada, no inconsciente do filho de Eva (a "ofendida" por Mamon e decaída do Éden), que na personagem abriria licença de herança da gênesis criacionista.
Na linha divisória da loucura de viver ou morrer com fé, ou pela falta dela, a roupa se mimetiza com o homem e sua capanga-rádio portátil, sua bíblia, sua massa de modelar vermelho-sangue, a garrafinha metálica de água, peça utilitária de feiras populares, que carrega líquido precioso à sede, ou água ungida quando vira milagre na cena, tudo faz parte. Complementariza, xipofagiza parte do corpo do homem "santo", contrarregras feito furúnculos saltados na pele do pastor das ruas.
A cartografia dramática que insana o homem e sua hora, rotacionados na atmosfera da mulher amada, amplifica dinamismo de mergulho da periferia ao centro do furacão, da frenesi neo-cristã, e a volta bombardeada do núcleo impressionista do sentimento e fé, ao expressionismo do fogo fátuo que queima o mortal, dependente da fúria da própria crença.
Outros signos geram o desenho de pedagogia dramática. A letra sagrada apregoada, aberta, beijada. O círculo de giz, de Jó, de proteção a ataques de demônios, ou de territorialidades entre o dentro e o fora da casca de noz, que imprime o "Casca de Noz" às identidades de nós e outros e nosotros, mergulhados no vendaval, nas tempestades de natureza humanas apresentada ao reflexo do criado à semelhança do Divino.
Dionízio libera uma energia que atomiza arte, talento, fórmula apascentada na razão e ciência estético-dramáticas e delibera fervor cênico e favor trágico brechtiniano, de apresentar sua personagem enleada na "Casca de Noz" mesmos.
Uns quarenta minutos tão densos e fortes, que parecem + tempo e, quando a personagem se despede da mulher, interagida da plateia, e deixa tatuada no chão uma garatuja, presença do amor "perdido", uma talvez pista do darwinismo enviesado pelo criacionismo, visto que o que é + fraco fica para trás e o sobrevivente segue seu caminho para a luz da fé creditada.
"Casca de Noz" é punk aliviado pelo brega (hit religioso) e pop década douro (falha do radinho-pochete). Um libelo de liberdade criativa e uma lírica poesia moderna, pintada de agressivo neocristianista de fé ascendente cega. Reflexivo da condição humana, em suas variações de interpretações de vida e fé. Obra aberta para sentir, rejeitar, ou amar pelo que se nos é apresentado.
Há nesse invólucro da semente em gestação poética, uma profecia dramática equilibrada e um desafio artístico, posto à prova dos nove, que faz com que "Casca de Noz" gere drama, mas germine do cerume um distanciamento que permita pensar o homem, sua condição e fé, seja para o lúdico e fingimento persuasivo de ator e método, seja para um ato único de arte e crença de Apodi para a cena brasileira.
(foto final, dia 27 de agosto de 2016/acervo 5o. Nortea)
Um dia ganho a +,
por maneco nascimento
Das melhores surpresas contidas, entre tantas pérolas, no Festival de Teatro Lusófono - FestLuso 2016 - Ano Júlio Romão, a instalação da Embaixada do Nortea, dentro do Festival, foi uma inspiração e um chamamento a pensar teatro, + profusamente, e não ficar alheado só nos vestígios das luzes e dramas dos espetáculos convidados.
Na Casa da Cultura de Teresina, sempre nas manhãs de cinco dias (23, 24, 25, 26 e 27 de agosto) os encontros renderam outro Festival. Um de discussões pontuais, esclarecedoras e sinalizadoras da arte do drama e comédia que coma pelas beiradas e não dispense a antropofagia do prato principal.
Teatro, grupos, criadores-diretores, técnicas, métodos, estéticas, linguagens particulares à mesma matriz de variação sobre o mesmo tema e moto-contínuo da dinâmica de manter a pira de Baco acesa e a cena viva. Cinco dias pau dentro e sem fingidos orgasmos.
Os pontos d(rama), c(omédia), t(eatro), g(rana), m(mercados), s(sobrevivência) e outros, na ordem alfabética dramática, ganharam discussões acentuadas e pertinentes à inteligência de razão e sensibilidade colaborativas do teatro que se quer ter, ver, produzir e ganhar mercados e futuros.
5a. Edição Nortea para deixar claro que o FestLuso contém forma, fórmulas, língua e linguagem contidas, também, no Núcleo de Laboratórios Teatrais do Nordeste. Cada dia um acento agudo e circunflexionando conhecimento e pensamento gerador de propostas e propósitos, mostra, experimentos, resultados e variação de formas de ver e fazer teatro.
Na manhã do dia 27 de agosto, última manhã dos encontros, por exemplo, uma conversa produtiva, perspicaz e, sobretudo, antenada no mundo, que gira em torno da órbita do novo teatro brasileiro, foi o que se absorveu com as falas de Kil Abreu.
(Kill Abreu/acervo 5o. Nortea)
Tranquilo, objetivo, respeitoso, bom ouvinte e, com leituras afiadas sobre crítica de arte dramática e experiência de saber ver, sentir e extrair arte do teatro, repercutiu respostas sinceras, eloquentes, solidárias, políticas, crítico-estéticas e rebuscadas na linguagem, pela linguagem e para além dela.
Quem não absorveu nada, ou nada apreendeu da comunicação franca de Abreu, estava na hora errada, na sala errada e, talvez, no contexto de repertório alienígena do que foi dado à discussão. Eu, por certo, aprendi numa manhã o que meus bem creditados 53 e um quarto de idade ainda não me haviam influído tão bem.
"Quem influencia Leila Baby?", perguntava uma peça, paulista, conceitual dos anos oitenta, que cruzamos em um festival brasileiro capixaba. Já na época, os + antenados sabiam a resposta. Aquela resposta Kill Abreu reiterou um pouco + de duas décadas depois. O teatro é contínuo e o pensamento crítico revela as gavetas de memória sincrônicas. Aquela conversa com Kill, na manhã de 27 de agosto, foi 10+.
Mas ainda não havia sido tudo. Tinha uma demonstração de processo a ser apresentado aos presentes à última etapa 5a. Edição Nortea/FestLuso. Das 11h às 12h, na Sala de Dança da Casa de Cultura de Teresina, a Mostra de Processo pelo Espetáculo “Casca de Noz”, com Dionizio Cosme do Apodi, ator e diretor, intérprete criador do Grupo O Pessoal do Tarará (Rio Grande do Norte/São Paulo). Colega nosso de outras investidas, aceitou prontamente o convite de voltar ao Piauí e também ser Nortea.
A nova língua e linguagem, em método de ator e práxis expandida pelo diálogo com o ator e diretor Cacá Carvalho, brindou à Teresina uma nova roupa dada pelo brilho determinante de Dionizio do Apodi. Esse mesmo trabalho, ou a versão + hermética, romântico-contemporânea de investir teatro vivo, já havíamos, visto alguns anos atrás, numa das últimas versões do Festival Nacional de Monólogos "Ana Maria Rêgo". Belo! Ganhou todos os Prêmios(em dinheiro), mas nunca levou, é bom que não se esqueça nunca. A PMT e sua Fundação de Cultura (Monsenhor Chaves) deram um calote no artista, sua obra e sua Cia. de Teatro.
Mas evoluamos, sem omitir memórias, e cheguemos à manhã de 27 de agosto de 2016. Apodi se nos apresentou um belo trabalho de ator, em partitura contemporânea viva-voz dos mundos e interiores bichados da fé cega, de pregoeiros dos centros urbanos e furiosos furacões destruidores da crença limpa, que talvez nem resista mesmo. A personagem bem gerada à segunda versão de "Casca de Noz". Sim, tem uma primeira, segunda e uma terceira versões.
Essa segunda visão da orbe originus, vista na cidade, traz-nos uma personagem em conflito com o deus e o diabinho, rebentados na obra e luzes do obreiro de viseira evangélico-trágico.
(Apodi, no primeiro "Casca de Noz"/foto: divulgação)
Se, na primeira versão se se detinha numa delicada e sutil entrada na alma da personagem, em conflito entre amar, ou deixar-se à casta de amor religioso, entregue à fé ascética. Nesta nova visão, as tempestades chegam mais violentas e os raios caem muito + de 10 vezes mandamentados pelas fugas e recuos. Dores e amores de negar e forçar aceitação.
Um Apodi determinante a uma personagem determinista e claramente turva dos pântanos da sobrevivência, entre os céus que nos protejam e o inferno que nos persiga. O figurino, não poderia casar melhor andrajo, do ascético, em busca de equilíbrio. Uma segunda pele cobreada, no inconsciente do filho de Eva (a "ofendida" por Mamon e decaída do Éden), que na personagem abriria licença de herança da gênesis criacionista.
Na linha divisória da loucura de viver ou morrer com fé, ou pela falta dela, a roupa se mimetiza com o homem e sua capanga-rádio portátil, sua bíblia, sua massa de modelar vermelho-sangue, a garrafinha metálica de água, peça utilitária de feiras populares, que carrega líquido precioso à sede, ou água ungida quando vira milagre na cena, tudo faz parte. Complementariza, xipofagiza parte do corpo do homem "santo", contrarregras feito furúnculos saltados na pele do pastor das ruas.
A cartografia dramática que insana o homem e sua hora, rotacionados na atmosfera da mulher amada, amplifica dinamismo de mergulho da periferia ao centro do furacão, da frenesi neo-cristã, e a volta bombardeada do núcleo impressionista do sentimento e fé, ao expressionismo do fogo fátuo que queima o mortal, dependente da fúria da própria crença.
Outros signos geram o desenho de pedagogia dramática. A letra sagrada apregoada, aberta, beijada. O círculo de giz, de Jó, de proteção a ataques de demônios, ou de territorialidades entre o dentro e o fora da casca de noz, que imprime o "Casca de Noz" às identidades de nós e outros e nosotros, mergulhados no vendaval, nas tempestades de natureza humanas apresentada ao reflexo do criado à semelhança do Divino.
Dionízio libera uma energia que atomiza arte, talento, fórmula apascentada na razão e ciência estético-dramáticas e delibera fervor cênico e favor trágico brechtiniano, de apresentar sua personagem enleada na "Casca de Noz" mesmos.
Uns quarenta minutos tão densos e fortes, que parecem + tempo e, quando a personagem se despede da mulher, interagida da plateia, e deixa tatuada no chão uma garatuja, presença do amor "perdido", uma talvez pista do darwinismo enviesado pelo criacionismo, visto que o que é + fraco fica para trás e o sobrevivente segue seu caminho para a luz da fé creditada.
"Casca de Noz" é punk aliviado pelo brega (hit religioso) e pop década douro (falha do radinho-pochete). Um libelo de liberdade criativa e uma lírica poesia moderna, pintada de agressivo neocristianista de fé ascendente cega. Reflexivo da condição humana, em suas variações de interpretações de vida e fé. Obra aberta para sentir, rejeitar, ou amar pelo que se nos é apresentado.
Há nesse invólucro da semente em gestação poética, uma profecia dramática equilibrada e um desafio artístico, posto à prova dos nove, que faz com que "Casca de Noz" gere drama, mas germine do cerume um distanciamento que permita pensar o homem, sua condição e fé, seja para o lúdico e fingimento persuasivo de ator e método, seja para um ato único de arte e crença de Apodi para a cena brasileira.
(foto final, dia 27 de agosto de 2016/acervo 5o. Nortea)
Um dia ganho a +,
muito produtivo na semana Nortea.
(Nortea, em um de seus cinco dias/acervo 5o. Nortea)
terça-feira, 6 de setembro de 2016
Hoje é Dia Instrumental
Hoje tem Clube Instrumental!
por maneco nascimento
No passeio da P2 (Aquidabã Sem Número). Entre o Cine Rex e o Theatro 4 de Setembro, no caminho da calçada do Café Art'Bar.
Nos dias de terça feira e hoje é terça feira, dia 06, é dia de
086Trio & Convidados e seus instrumentos selvagens do Clube Instrumental.
086Trio & Convidados e seus instrumentos selvagens do Clube Instrumental.
Então agende-se!
Clube Instrumental.
Siga essa Melodia de sons e fúria instrumentais.
Siga essa Melodia de sons e fúria instrumentais.
Um: ZeroOitoMeiaTrio
Dois: Clube Instrumental!T
Três: Músicos selvagens
Sons e tons e + melódicos: Clube Instrumental.
Serviço:
às 19 horas.
Classificação Livre
Todas as idades e gerações e tribos e ouvidos são bem vindos!
às 19 horas.
Classificação Livre
Todas as idades e gerações e tribos e ouvidos são bem vindos!
segunda-feira, 5 de setembro de 2016
Quem disse que riso
não gera dentes
por maneco nascimento
Era sábado, dia 03 de setembro. O Theatro 4 de Setembro entrava em seu terceiro dia de festejos pelo aniversário de 122 anos. Dia Humor a toda entrada e, já pela manhã, às 10 horas, Dirceu Andrade apresentou o Show de Humor Especial, direcionado a pessoas com necessidades especiais.
O humorista recepcionou seus convidados na Galeria de Arte do Club dos Diários "Nonato Oliveira" e destrinchou piadas a não deixar ninguém sem despachar uma boa gargalhada. Era só o começo do Dia Humor, porque ainda viria muito laboratório do riso a ser experimentado pelo público, durante aquele dia.
Às 17 horas, o tempo de rir foi dedicado às crianças, adolescentes, jovens, à melhor idade e a quem + veio conspirar uma boa risada. "Bolin e Bolão" geraram gargalhada no Palco do Teatro "Torquato Neto".
Houve uma pausa, no riso, e veio a hora para literatura. O Café Literário "Genu Moraes" recebeu o dramaturgo Wellington Sampaio que lançou sua dramaturgia. "Dramaturgias em Wellington Sampaio - cena piauiense" foi lançada às 18 horas. Depois dessa ação literária, o riso voltou ao terceiro turno.
E quem disse que riso não gera dentes felizes, boas gargalhadas e espírito lavado, mentiu. Pois quando o humor entrou noite adentro, já era tempo de festival de piadas afiadas.
As estrelas do riso, João Cláudio Moreno, Amauri Jucá, Carlos Anchieta e Guiga Ferreira ganharam a plateia que compareceu, fielmente, ao Theatro 4 de Setembro.
Um grande sucesso interativo de artistas para com seu público e da recepção aos artistas, seguidos de perto pela fidelidade do riso e do gargarejo.
As imagens não falham e quem esteve no Theatro, na noite de 03 de setembro, comprovou que era um mar de gente, que gargalhava felicidade sincronizada.
Ainda naquela noite, o Espaço Cultural "Osório Jr."/Bar do Club dos Diários seria palco da nova geração de humoristas stand up. Destes que vivem standapiando onde quer que sua plateia reclame. O Teresina Comedy Club fez das suas, por voz e vez de Vinícius Karcam, Wylson dos Santos e Bruno Lima.
Quem não riu, só riu, ou gargalhou mesmo, porque bom é ser feliz. Mas ainda não tinha sido tudo, nem havia tido todo o planejado. Quem não riu, dançou. Mas dançou no Baile!
O Baile de Salão, com a Orquestra Tamoio, que abriu fogo de danças de tradição aos convidados que compareceram ao Salão Galeria de Arte do Club dos Diários "Nonato Oliveira".
Charme, elegância, músicas de baile e + de mil sorrisos no Salão. Todas as fantasias de Gala, esporte e pop liberada se misturaram, a momento de festa, confraternização e comemoração ao Theatro 4 de Setembro - 122 Anos, em fins da noite que começou com Dia Humor.
De volta, ao Club dos Diários, uma noite de tradição e volta ao deslizar de passes e casais no ritmo de som sincopado e orquestral de curtir felicidade. A noite ficou foi pequena para o Baile de Gala - Orquestra Tamoio.
Vencida + uma boa etapa, no Dia Humor - Festejos Theatro 4 de Setembro -122 Anos.
(O artista do riso e seu público/fotos: Carlos Anchieta)
por maneco nascimento
Era sábado, dia 03 de setembro. O Theatro 4 de Setembro entrava em seu terceiro dia de festejos pelo aniversário de 122 anos. Dia Humor a toda entrada e, já pela manhã, às 10 horas, Dirceu Andrade apresentou o Show de Humor Especial, direcionado a pessoas com necessidades especiais.
O humorista recepcionou seus convidados na Galeria de Arte do Club dos Diários "Nonato Oliveira" e destrinchou piadas a não deixar ninguém sem despachar uma boa gargalhada. Era só o começo do Dia Humor, porque ainda viria muito laboratório do riso a ser experimentado pelo público, durante aquele dia.
Às 17 horas, o tempo de rir foi dedicado às crianças, adolescentes, jovens, à melhor idade e a quem + veio conspirar uma boa risada. "Bolin e Bolão" geraram gargalhada no Palco do Teatro "Torquato Neto".
Houve uma pausa, no riso, e veio a hora para literatura. O Café Literário "Genu Moraes" recebeu o dramaturgo Wellington Sampaio que lançou sua dramaturgia. "Dramaturgias em Wellington Sampaio - cena piauiense" foi lançada às 18 horas. Depois dessa ação literária, o riso voltou ao terceiro turno.
E quem disse que riso não gera dentes felizes, boas gargalhadas e espírito lavado, mentiu. Pois quando o humor entrou noite adentro, já era tempo de festival de piadas afiadas.
As estrelas do riso, João Cláudio Moreno, Amauri Jucá, Carlos Anchieta e Guiga Ferreira ganharam a plateia que compareceu, fielmente, ao Theatro 4 de Setembro.
Um grande sucesso interativo de artistas para com seu público e da recepção aos artistas, seguidos de perto pela fidelidade do riso e do gargarejo.
As imagens não falham e quem esteve no Theatro, na noite de 03 de setembro, comprovou que era um mar de gente, que gargalhava felicidade sincronizada.
Ainda naquela noite, o Espaço Cultural "Osório Jr."/Bar do Club dos Diários seria palco da nova geração de humoristas stand up. Destes que vivem standapiando onde quer que sua plateia reclame. O Teresina Comedy Club fez das suas, por voz e vez de Vinícius Karcam, Wylson dos Santos e Bruno Lima.
Quem não riu, só riu, ou gargalhou mesmo, porque bom é ser feliz. Mas ainda não tinha sido tudo, nem havia tido todo o planejado. Quem não riu, dançou. Mas dançou no Baile!
O Baile de Salão, com a Orquestra Tamoio, que abriu fogo de danças de tradição aos convidados que compareceram ao Salão Galeria de Arte do Club dos Diários "Nonato Oliveira".
De volta, ao Club dos Diários, uma noite de tradição e volta ao deslizar de passes e casais no ritmo de som sincopado e orquestral de curtir felicidade. A noite ficou foi pequena para o Baile de Gala - Orquestra Tamoio.
Vencida + uma boa etapa, no Dia Humor - Festejos Theatro 4 de Setembro -122 Anos.
(O artista do riso e seu público/fotos: Carlos Anchieta)